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sexta-feira, 8 de abril de 2022

Saiba quem é o Capãobonitense, Delegado da Polícia Federal que pode ser a surpresa nas eleições de Rondônia este ano

“Se o medo nos levar a deixar de fazer o que é certo,
então estamos na profissão errada”

No prazo-limite para se filiar e concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados por Rondônia este ano, o delegado da Polícia Federal Flori Júnior ingressou no Podemos e já começou a se preparar para trocar o ambiente policial pelas visitas a eleitores.

Na Polícia Federal há 12 anos, o jovem delegado de 42 terá sua base eleitoral em Vilhena, mas já amarrou apoios para a sua candidatura em todo o Estado. Seu grupo político, do qual faz parte o vereador Samir Ali, prevê que a coligação do Podemos pode eleger até dois deputados federais, e ele será um.

Após comandar operações que prenderam políticos importantes em Rondônia, o delegado foi transferido para Sorocaba, no interior de São Paulo, mas a ligação com a Amazônia era mais forte, e ele pediu para retornar.

De volta ao comando da Delegacia da PF em Ji-Paraná, Flori implodiu um esquema de propinas que levou quatro prefeitos para a cadeia. As imagens do recebimento de dinheiro viralizaram no Brasil, ao serem exibidas em diferentes emissoras de TV.

Apesar dos riscos de morte que enfrenta, decorrentes de suas ações policiais, o delegado diz que não teme eventuais atentados: “se o medo nos levar a deixar de fazer o que é certo, então estamos na profissão errada”, argumenta.

Sobre sua primeira participação na política, Flori, que herdou do pai (advogado no interior de São Paulo) o nome e a vocação para a atividade, explica: “contribuí como policial, e agora gostaria de ajudar Rondônia também como representante do Estado em Brasília, Me coloquei à disposição porque acredito ser possível exercer um mandato aliando ética e transparência”.

A coordenação da campanha de pré-candidatura analisa que a vinda do delegado da PF como candidato alia seriedade com alto grau de capacidade para “espantar” corruptos e fazer com que as verbas e projetos sejam aplicados com eficiência máxima em prol da população. Segundo pessoas próximas, seria a cara de uma nova política, com o lema “dinheiro com olheiro”, significando que, se eleito, o delegado irá lutar pelo envio de recursos ao Cone Sul e todo Estado de Rondônia, mas que irá fiscalizar com lupa a sua aplicação.

Já analistas políticos veem o delegado Flori como uma opção verdadeira a políticos antigos e que tem sua base em grupos familiares. “A proposta é dar voz a novas lideranças, novas cabeças, não ficar preso a compromissos com maridos, esposas, sogro, primo, papagaio e gato de dentro de casa. A cidade de Vilhena é maior que isso, merece mais que isso, merece ser verdadeiramente do povo”, vem dizendo o pré-candidato.

Dois anos atrás, quando o “xerife” sequer cogitava entrar na vida pública, o FOLHA DO SUL ON LINE publicou seu perfil, mostrando sua profunda ligação com a Amazônia, para onde voltou para colocar ordem em alguns municípios. (Fonte Folha do Sul On line)

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