Governo exonera delegado e investigadores
condenados por contribuírem com traficantes no interior de SP
Delegado e investigadores da Polícia Civil foram condenados por auxiliar o tráfico de drogas — Foto: Reprodução/TV TEM |
O Governo de SP exonerou um delegado e outros três investigadores
da Polícia Civil que foram condenados, em 2021, por contribuir com uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas no
estado. A demissão foi publicada em Diário Oficial nesta terça-feira
(26). Os acusados estavam presos desde 1º de setembro após o
Supremo Tribunal Federal (STF) negar os recursos de defesa.
O caso veio à tona em 2013 após denúncia do Ministério Público do Estado
de São Paulo (MP-SP). Na época, os quatros suspeitos chegaram a ser
presos por receberem propina para facilitar a ação de traficantes e
divulgar informações sigilosas aos criminosos, quando atuavam na Polícia Civil
de Sorocaba (SP). Todos respondem por vantagem indevida,
estipulada pelo artigo 316 do Código Penal.
Conforme decisão, o ex-delegado Fernando Toshiyuki Fujino foi
condenado a dois anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto. Ele
estava à frente da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise)
de Itapetininga (SP). Em 2013, quando foi preso, ele era
investigador da corporação.
Já os investigadores Carlos Roberto Munhoz e Carlos Moroni Filho
foram condenados a quatro e oito meses em regime fechado. Já a pena do
investigador William Felipe Martins Soares foi definida em dois anos
e quatro meses, também em regime fechado.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP-SP) disse não
compactuar com desvios de conduta dos oficiais e, ao ser "identificada
qualquer irregularidade, apura rigorosamente os fatos para identificar e
responsabilizar os envolvidos".
A reportagem do g1 tenta contato com a defesa dos condenados.
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