Aquela sensação de que o peso do mundo está nas costas, mesmo durante os momentos de relaxamento, pode ter uma explicação. A síndrome do pescoço de texto, tradução livre para o termo em inglês “text neck syndrome”, é uma sobrecarga nas articulações da coluna vertebral e nos músculos da região cervical, causada, normalmente, pela inclinação constante do pescoço ao mexer no celular ou outros aparelhos eletrônicos.
A má postura ao usar esses aparelhos pode adicionar até 27 kg de peso na coluna. Essa sobrecarga pode causar desde dores nos ombros e pescoço até hérnia de disco. “Além disso, a carga extra pode causar dores na região superior das costas, dor de cabeça, sensação de cansaço e redução da mobilidade do pescoço, quando a pessoa passa a sentir dificuldade de realizar movimentos com a cabeça e pescoço”, explica a professora do curso de Fisioterapia da Universidade Positivo, Christina Cepeda.
A especialista explica que, se não forem tratados, esses problemas físicos podem levar a condições mais graves a longo prazo, principalmente nos discos vertebrais e na coluna cervical. “Essa condição causa problemas de postura corporal e dores crônicas no pescoço e nos ombros, levando a uma redução da qualidade de vida e interferindo no bem-estar do paciente”, revela Christina.
Além das dores crônicas no pescoço e ombros, é fundamental ficar atento a outros sintomas, como sensação de formigamento, dormência ou fraqueza nos braços ou mãos, dificuldade para movimentar o pescoço e dor que irradia para os braços ou costas. “Se algum desses sintomas for persistente por várias horas ou dias, pode ser sinal de algum problema mais grave na coluna”, ressalta.
Como evitar o problema? Para corrigir a postura durante o uso do celular e outros eletrônicos e evitar os impactos negativos, Christina recomenda manter a cabeça erguida e o pescoço reto, sempre colocar o dispositivo móvel em uma altura confortável para evitar a inclinação da cabeça para baixo e fazer pausas regulares para alongar o pescoço e os ombros. “Caso o desconforto permaneça mesmo com esses cuidados, consulte um fisioterapeuta ou ortopedista para detectar e resolver o problema antes que se torne algo mais sério”, finaliza.
De acordo com o coordenador do curso de Educação Física da UP e coordenador técnico da UPX Sports, Zair Candido, é muito importante trabalhar o back line, ou seja, os músculos que fazem a sustentação do corpo. Eles incluem músculos da face, a plantar (sola do pé), o tendão de aquiles, músculos da barriga da perna, posteriores da coxa, quadril, dorsais e intercostais. “Se você tiver uma saúde muscular bacana nessa back line, você vai ter uma qualidade de vida melhor”, aconselha.
Assim, alguns exercícios podem ajudar a mitigar o problema, como ensina o professor:
“Sentado e com a coluna vertebral reta, aproxime o queixo do ombro direito lateralmente, segure por 20 segundos, volte devagar para o centro e, em seguida, aproxime o queixo do ombro direito, segurando por mais 20 segundos. Ainda sentado, faça uma flexão do pescoço, colocando as duas mãos na nuca e segurando para a frente durante 20 segundos. Depois, faça uma hiperextensão da cervical, puxando, elevando o queixo para cima e segurando por 20 segundos. Finalize com circundações da cabeça para os dois lados, o que ajuda a trabalhar a cervical.”
Em seguida, trabalhe a torácica. “Estique os dois braços para cima e procure manter a postura ereta por 20 segundos. Ainda com as mãos esticadas acima da cabeça, e sempre mantendo a coluna reta, faça uma inclinação para a direita e a esquerda, segurando por 20 segundos em cada uma delas. Faça, ainda, uma flexão de tronco para a frente, flexionando um pouquinho os joelhos. Tente fazer um ângulo de 90 graus do quadril e deixar o tronco paralelo com o solo e segure, com os braços esticados, por mais 20 segundos.” Esses são pequenos exercícios básicos para alongar os músculos, mesmo depois de muitas horas no celular ou computador. No entanto, Candido lembra a importância do acompanhamento de um profissional de educação física para manter o corpo em movimento. “É sempre fundamental praticar atividades físicas regularmente e não apenas exercícios básicos de alongamento. É esse movimento frequente que vai realmente ajudar a evitar dores e outros problemas mais graves”, complementa.

Aumento do diabetes piora a visão do brasileiro
Brasil ocupa a sexta posição no mundo em diabetes que aumenta o risco de graves doenças nos olhos
O Brasil tem 16,6 milhões de diabéticos e ocupa a sexta posição mundial de portadores da doença segundo dados da IDF (International Diabetes Federation). O mais grave é que a condição é a quinta maior causa de morte no País e cresce geometricamente há 25 anos. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) estar acima do peso e o sedentarismo são os principais fatores de risco que impulsionam o diabetes, condição que está associada ao desenvolvimento de graves doenças nos olhos. |
A boa notícia é que a partir deste mês de maio começa a ser comercializado no Brasil o Mounjaro (tirzepatida), injeção subcutânea que controla o diabetes. Como o Ozempic (semaglutida) deve ser aplicada semanalmente para tratar a condição. Queiroz Neto afirma que a diferença entre os dois medicamentos, além do princípio ativo, é a eficácia. Isso porque, explica, embora ambos sejam moléculas sintéticas que se ligam e ativam receptores das nossas células gástricas, uma única molécula do Mounjaro ativa dois receptores - o GIP e o GLP-1, enquanto o Ozempic só ativa o GLP-1. O único problema é que o medicamento também causa maior desconforto gástrico. Sintomas O oftalmologista afirma que não é comum sentir alteração na visão no início do diabetes. Os sintomas mais comuns do diabetes são: sede excessiva, micção frequente, perda de peso e fadiga, mas não acontece com todos. Por isso, quem tem casos na família deve passar por check-up clínico periodicamente. Um simples hemograma pode evitar graves complicações na visão, alterações cardiovasculares, lesões nos nervos, perda de sensibilidade periférica. Retinopatia diabética Queiroz Neto salienta que não basta um bom controle glicêmico para o diabético continuar enxergando. Depende também de quanto tempo convive com a doença. Depois de cinco anos pode surgir edema na mácula, porção central da retina, formação de neovasos no fundo do olho ou depósitos de sorbitol, uma substância que favorece o extravasamento de líquido dos vasos e leva à perda da visão. O tratamento deve ser contínuo, inclui aplicação de laser, injeções antiangiogênicas e cirurgia em casos de hemorragia ou descolamento da retina.
Catarata O especialista esclarece que a repetida hidratação e desidratação do cristalino altera suas fibras, antecipando a formação da catarata, opacificação do cristalino que responde por 49% dos casos de cegueira tratável no Brasil. O único tratamento é a cirurgia em que o cristalino opaco é substituído por uma lente intraocular. “No caso de diabéticos quanto antes o procedimento é feito, melhor”, afirma. Isso porque, a catarata diminui a quantidade de luz azul que chega à retina e a produção de melatonina, hormônio que regula nosso estado de alerta e sono. Resultado – Diabéticos que convivem muito tempo com a catarata ficam estressados pelas noites mal dormidas, ganham peso e maior resistência à insulina. Miopia Queiroz Neto explica que quanto mais alta a glicemia, maior a viscosidade do sangue que provoca miopia. “A viscosidade do sangue geralmente aumenta depois das refeições quando o nível de glicose sobe”, salienta. Nas mulheres, observa, os estrogênios podem fazer a absorção de água pelo cristalino ser maior e isso leva ao aumento da miopia. Períodos prolongados de jejum fazem o cristalino desidratar e a miopia desaparece. Por isso, comenta, antes de prescrever óculos, o oftalmologista verifica se o índice glicêmico está controlado. A dica do médico para manter a estabilidade da refração e glicemia é se alimentar a cada 3 horas, dando preferência aos grãos integrais, verduras e frutas em pequena quantidade. Glaucoma Queiroz Neto afirma que a retinopatia diabética pode ter como reação secundária o glaucoma. Neste caso é caracterizado pela formação de neovasos, menor irrigação sanguínea, inflamações oculares. A dificuldade de escoamento do humor aquoso causa aumento da pressão intraocular e morte de células do nervo óptico.
O especialista ressalta que o glaucoma renovascular tem evolução rápida e o campo visual perdido é irrecuperável. Por isso, é importante que toda pessoa diabética faça exames oftalmológicos anualmente. As alterações oculares que podem cegar geralmente aparecem após 10 anos, mas o tratamento contínuo pode manter a visão até o fim da vida, finaliza.

Dor de ouvido em crianças: erros comuns que podem agravar o quadro
Uso de antibióticos, puxar a orelha e até a utilização de azeite ou leite materno: médica esclarece dúvidas comuns e orienta quais são os cuidados corretos para proteger a saúde auditiva das crianças
A dor de ouvido é uma das queixas mais comuns entre crianças, especialmente em épocas de clima frio, e costuma gerar muitas dúvidas e preocupações entre os pais. Apesar de frequente, esse tipo de dor ainda é cercado por mitos que podem atrapalhar o cuidado adequado. |
“As principais causas da dor de ouvido em crianças são as otites (inflamações ou infecções do ouvido), que podem ser classificadas em dois tipos: otite externa (infecção da pele do canal auditivo externo), geralmente causada por exposição frequente à água em atividades como banhos de mar ou piscina, ou pelo uso inadequado de cotonetes, e otite média (infecção do ouvido médio), que costuma surgir após quadros gripais ou outras infecções respiratórias. No entanto, é importante destacar que nem toda dor de ouvido está ligada a infecções. Existem dores que se originam em outras regiões próximas e irradiam para o ouvido, como o bruxismo, que pode causar disfunção temporomandibular, ou de infecções de garganta e dores dentárias”, explica a Dra. Bárbara Salgueiro, otorrinolaringologista pediátrica do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco.
A exposição frequente à água, como em natação ou banhos prolongados, pode favorecer o surgimento de dor de ouvido, especialmente quando há remoção das barreiras naturais de proteção do ouvido externo. “Isso facilita a entrada de fungos e bactérias, podendo resultar na chamada otite do nadador. Nesses casos, é necessário ter atenção com os hábitos de higiene e prevenção”, comenta a médica.
Um erro comum é o uso de algodão nos ouvidos das crianças, prática que não é recomendada pelos especialistas. “O canal auditivo precisa estar ventilado, e o uso de algodão tende a abafar o local, aumentando a umidade e favorecendo a proliferação de fungos. Da mesma forma, o uso de objetos ou substâncias caseiras, como azeite ou leite materno, deve ser evitado, pois além de não trazerem alívio comprovado, podem agravar o quadro e dificultar o diagnóstico médico”, ressalta Salgueiro.
Alguns sinais devem servir de alerta para os pais e motivar a procura imediata por um otorrinolaringologista. Entre eles, a Dra. Bárbara explica que estão dores que não passam com medicação para dor comum ou que duram mais de 48 horas, febre alta (acima de 38,5°C), inchaço e vermelhidão atrás da orelha, presença de secreção saindo do ouvido, além de alterações no comportamento da criança, como irritabilidade excessiva ou sonolência.
“O tratamento inicial da dor de ouvido pode incluir o uso de analgésicos simples, como paracetamol ou ibuprofeno. Caso a dor persista, é necessária uma avaliação médica, com exame otoscópico, para determinar o tipo de otite e indicar o tratamento adequado, que pode envolver o uso de medicamentos tópicos, anti-inflamatórios ou antibióticos, dependendo da gravidade e do tipo da infecção”, diz a otorrinolaringologista.
A prevenção das dores de ouvido em crianças envolve medidas simples e eficazes. A médica comenta que a principal delas é manter o calendário vacinal em dia, especialmente contra gripes e pneumococos, que estão entre os principais causadores de infecções de ouvido. “Além disso, deve-se evitar o uso de hastes flexíveis para limpar os ouvidos, manter a higiene das mãos, usar máscara em ambientes com risco de contaminação e evitar o contato com pessoas gripadas”, completa a dra.
Muitas vezes, crianças pequenas não conseguem expressar com clareza o que estão sentindo, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, os pais devem ficar atentos a sinais como o ato de levar as mãos aos ouvidos, choro persistente, febre e secreções auriculares. Esses comportamentos podem indicar dor de ouvido, mesmo que a criança ainda não consiga verbalizar o desconforto.
Por fim, é importante desmistificar algumas crenças populares. “Nem toda dor de ouvido exige o uso imediato de antibióticos. Em muitos casos, especialmente em crianças maiores de dois anos sem sinais de gravidade, a infecção pode regredir com o uso apenas de analgésicos e observação. Outro mito comum é que a dor de ouvido impede totalmente o contato com a água da piscina, o que não é verdade em todos os casos. Se a infecção for uma otite média, por exemplo, a água da piscina não atinge o ouvido médio. Já na otite externa, o contato com a água deve ser evitado até a resolução do quadro. Também é incorreto afirmar que puxar a orelha é um teste confiável para identificar otite, já que isso pode causar dor apenas em alguns tipos de infecção e não serve como diagnóstico preciso. Por fim, práticas como colocar azeite ou leite materno no ouvido são perigosas e devem ser totalmente evitadas, pois podem agravar a infecção, causar lesões e interferir no diagnóstico médico”, esclarece a Dra. Bárbara Salgueiro.
A dor de ouvido infantil, embora comum, exige atenção e cuidado. “A orientação de um especialista é fundamental para garantir o tratamento adequado e evitar complicações. Ao desconfiar de qualquer sintoma, o melhor caminho é procurar avaliação médica e evitar intervenções caseiras sem respaldo científico”, finaliza a médica do HOPE.

Por que sentimos dores na coluna?
Neurocirurgião da Unimed Araxá comenta sobre esta e outras dúvidas
As dores na coluna estão atualmente entre as principais queixas relatadas nos consultórios médicos. Para o neurocirurgião, Guilherme Augusto Leonel de Magalhães, a explicação é lógica. “As dores na coluna existem desde que o ser humano adotou a posição ereta. Estudos indicam que as dores na coluna estão entre as principais causas de afastamento do trabalho e aposentadoria precoce em todo o mundo, o que levou especialistas a buscar formas de aliviar seus sintomas”, explica. |
Ainda segundo o médico, os tratamentos clínicos evoluíram consideravelmente. Além deles, foram criadas diversas opções cirúrgicas, principalmente na última década. “Se os resultados cirúrgicos, atualmente, são considerados bastante satisfatórios, a indicação cirúrgica, pode-se dizer com toda segurança, ainda se constitui o elemento fundamental no sucesso do tratamento”, ressalta.
Por que sentimos dores de coluna? A coluna vertebral abriga em seu interior a medula espinhal e as raízes nervosas que dão origem aos nervos espinhais, através dos quais o sistema nervoso central se comunica com as estruturas periféricas. Os discos intervertebrais são estruturas de natureza fibrocartilaginosas que separam as vértebras, absorvendo cerca de 70% a 80 % dos impactos na coluna e permitindo movimentos de flexão e extensão, além de inclinação lateral.
Em determinadas circunstâncias, os discos intervertebrais podem comprimir os elementos neurais, mais frequentemente as raízes nervosas e, em alguns casos, até mesmo a medula espinhal. “Essa condição recebe o nome genérico de hérnia de disco, podendo ocorrer em qualquer região da coluna, sendo mais comum na cervical e lombar. Apesar da hérnia de disco ser uma causa comum de dor de coluna, estenoses, infecções, tumores, artroses, osteoporose devem ser consideradas”, destaca Dr. Guilherme.
Com o passar dos anos a coluna naturalmente tende a sofrer anormalidades estruturais e alterações degenerativas que podem ser exacerbadas com o trabalho pesado, obesidade e sedentarismo. Diversos trabalhos demonstram uma forte ligação entre peso corporal, estatura baixa, sedentarismo e dores na coluna. Fatores psicológicos como depressão, distúrbios somáticos, fibromialgia, alcoolismo, divórcio e baixa renda associam-se com dores do tipo crônica. A degeneração do disco é influenciada por algumas profissões, pois o trabalho pesado pode acelerar em até dez anos este processo.
Procure ajuda Doenças de coluna, dores e cirurgias da coluna devem ser avaliadas por um neurocirurgião, desde que este profissional possua capacitação, conhecimento e experiência tanto nos tratamentos clínicos quanto nos tratamentos cirúrgicos, quando indicados. “A cirurgia da coluna vertebral, motivo de medo para vários pacientes devido ao risco de sequelas permanentes, se constitui uma cirurgia rotineira com o risco de todas as outras em geral, desde que bem indicada e realizada por um especialista com experiência na área”, explica o médico.
Toda dor na coluna deve ser bem avaliada para um diagnóstico correto na sua causa. A partir do diagnóstico da causa da dor na coluna, define-se o tratamento, que pode ser conservador — com repouso, medicação analgésica e anti-inflamatória — ou cirúrgico. A fisioterapia deve ser individualizada para cada paciente, incluindo hidroterapia, reeducação postural e pilates. Ela é recomendada tanto no tratamento conservador quanto no pós-operatório. “Quando bem avaliada com um exame neurológico detalhado e tratada corretamente, a dor na coluna tem grande chance de alívio dos sintomas”, finaliza.
 Dr Guilherme Augusto Leonel de Magalhães
Dor nas pernas, inchaço e hematomas? Pode ser lipedema
Do diagnóstico preciso ao tratamento personalizado, tratar o lipedema envolve estilo de vida, tecnologia e ciência para melhorar a qualidade de vida de mulheres com a doença
O lipedema é uma condição inflamatória crônica e progressiva que afeta principalmente as mulheres, caracterizando-se pelo acúmulo anormal de gordura em áreas específicas do corpo, como quadris, coxas e panturrilhas, poupando mãos e pés. Essa gordura, porém, não é apenas localizada, mas uma “gordura doente”, que pressiona vasos linfáticos, sanguíneos e terminações nervosas, causando dor, sensação de peso e dificuldade no emagrecimento. |
A fisioterapeuta dermato-funcional Dr.ª Talita Bessa, especialista em estética corporal e Head do Grupo Clay, explica que a condição é fortemente influenciada por hormônios femininos, como o estrogênio, o que explica seu surgimento em momentos chave da vida da mulher, como primeira menstruação, no uso de anticoncepcionais ou durante a gestação. A doença tem um componente genético significativo e afeta, em sua maioria, a região da cintura para baixo. “O lipedema é uma gordura doente. O adipócito, que é a célula de gordura, cresce desordenadamente, às vezes chegando a centímetros, e comprime vasos linfáticos, sanguíneos e terminações nervosas”, explica.
Embora frequentemente confundido com obesidade ou celulite, o lipedema é uma doença distinta, e sua visibilidade aumentou nas últimas décadas. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu oficialmente o lipedema como uma condição médica, e em 2022, a doença foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), um avanço crucial para o diagnóstico e tratamento adequados.
No entanto, no Brasil, a adoção da CID-11, que inicialmente estava prevista para 2025, foi adiada para 2027 pelo Ministério da Saúde. O adiamento, segundo o governo, se deve à necessidade de capacitação de profissionais de saúde e à adaptação de sistemas para que o diagnóstico e o tratamento da doença sejam mais eficazes e padronizados em todo o país. Isso é especialmente relevante em um contexto onde o lipedema é ainda subdiagnosticado e muitas vezes negligenciado.
A inclusão do lipedema na CID-11 representa um passo importante para que o diagnóstico da doença seja mais preciso e amplamente reconhecido, além de permitir a implementação de políticas públicas específicas e a melhoria no acesso ao tratamento.
Sintomas e diagnóstico Dor ao toque, sensação de peso nas pernas, edema no final do dia, dificuldade de emagrecimento em determinadas regiões e hematomas frequentes são sinais que podem indicar a presença da doença. “A mulher se olha no espelho e vê um tronco fino, mas pernas muito grossas. Se mesmo emagrecendo, aquele volume nas coxas ou no bumbum permanece, é um sinal de alerta”, afirma a fisioterapeuta.
Tratamento multidisciplinar: da fisioterapia à cirurgia Embora não tenha cura, o lipedema pode ser controlado com uma abordagem integrada. No Grupo Clay, a paciente é acompanhada por uma equipe multidisciplinar que inclui fisioterapeutas, nutricionistas, nutrólogas, dermatologistas e cirurgiões plásticos. “Tratar lipedema é cuidar da inflamação, e isso exige atenção à alimentação, suplementação, controle hormonal e estilo de vida. É uma jornada conjunta”, pontua Dr.ª Talita.
Entre os tratamentos não cirúrgicos, o Grupo Clay desenvolveu o protocolo LipoControl, voltado ao controle do lipedema. “Usamos recursos como ozonioterapia, ultrassom, radiofrequência em baixa temperatura, taping, pressoterapia e terapias manuais. Cada paciente evolui de maneira diferente, então o protocolo é totalmente personalizado”, destaca.
Quando necessário, a cirurgia é indicada após o controle clínico. “O procedimento cirúrgico melhora significativamente a qualidade de vida, mas é importante lembrar que a doença continua existindo. Por isso, o acompanhamento pós-operatório é essencial”, reforça.
Sobre a Clay Medicina e Estética Clay Medicina e Estética é uma clínica que segue o propósito de inspirar e ajudar pessoas a transformarem seus mundos. Tendo à frente os sócios Talita Bessa (fisioterapeuta, dermato funcional), Flávius Cabral (médico) e Tiago Alcântara (médico), ambos especialistas em cirurgia plástica, a Clay tem foco em contorno corporal, procedimentos cirúrgicos e estética de alta performance. Seja para realizar intervenções com tratamentos minimamente invasivos, a Clay acredita na evolução, na melhoria, na forma e na beleza como ferramentas para uma vida melhor.
A clínica, localizada na Avenida Santos Dumont, 877, possui salas reservadas e design sofisticado que formam um ambiente inteiramente dedicado à satisfação dos pacientes, utilizando somente equipamentos de última geração, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com dados científicos publicados em revistas médicas. Para garantir dedicação exclusiva, atua com número limitado de pacientes para promover atendimento personalizado.

Quais são os perigos de uma mastigação inadequada para a saúde? Conheça 5 dicas para evitar:
Colocar porções menores de alimento na boca e mastigar de 15 a 20 vezes o alimento são fundamentais para a digestão
A mastigação é o primeiro passo no processo digestivo e desempenha um papel crucial na saúde geral do indivíduo. Uma mastigação ineficiente, caracterizada pela trituração inadequada dos alimentos devido à falta de dentes ou ao hábito de comer rapidamente, pode acarretar diversos problemas de saúde a longo prazo. |
Um estudo publicado na Ciência & Saúde Coletiva revelou que aproximadamente um terço dos adultos entrevistados relataram dificuldades na mastigação devido a problemas dentários ou com próteses. Essas dificuldades podem levar a restrições alimentares e impactar negativamente a qualidade de vida dos indivíduos.
Quando os alimentos não são devidamente triturados, o estômago é sobrecarregado, recebendo pedaços maiores que dificultam a digestão e a absorção de nutrientes essenciais. Além disso, a má mastigação pode levar a problemas gástricos e nutricionais, que afetam o bem-estar geral.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019 revelam que 14 milhões de brasileiros acima de 18 anos perderam todos os dentes, enquanto 34 milhões perderam 13 dentes ou mais.
A perda dentária é uma das principais causas da mastigação inadequada. Cada dente possui uma função específica: os dentes anteriores são responsáveis por cortar os alimentos, enquanto os posteriores têm a função de triturá-los. A ausência de um ou mais dentes compromete essa harmonia funcional, levando os dentes remanescentes a se movimentarem para fechar os espaços vazios, o que pode resultar em uma mordida desequilibrada. Esse desequilíbrio não apenas afeta a eficiência mastigatória, mas também pode causar alterações estéticas, impactando a autoestima e a saúde emocional do indivíduo.
A Dra. Adriele Cristina Stein, dentista da Oral Sin, maior rede de clínicas de implante dentário do país, ressalta: “A mastigação é fundamental não apenas para a digestão, mas para a saúde como um todo. Negligenciar a perda de um dente, achando que os demais compensarão, é um equívoco que pode levar a sérias consequências funcionais e estéticas”.
Para melhorar a eficiência da mastigação, a dentista recomenda adotar algumas práticas, como:
1. Colocar porções menores de alimento na boca: é uma prática simples, mas essencial para melhorar a eficiência da mastigação, facilita a trituração e traz saciedade; 2. Mastigar de forma equilibrada dos dois lados da boca: A mastigação unilateral sobrecarrega os músculos de um único lado do rosto, o que pode causar dores na mandíbula, estalos ao abrir a boca e até mesmo assimetrias faciais. Alternar os lados ajuda a equilibrar a força muscular, previne o desgaste desigual dos dentes e evita dores e tensões na mandíbula; 3. Mastigar cada porção entre 15 e 20 vezes, garantindo que o alimento esteja bem triturado e misturado à saliva antes de ser engolido: esse hábito melhora a absorção de nutrientes, ajuda no controle do peso, previne problemas bucais e musculares e reduz gases e inchaço abdominal; 4. Prefira alimentos de diferentes texturas: comer alimentos mais fibrosos, como frutas e legumes crus, fortalece os músculos da mastigação e estimula a produção de saliva, essencial para a digestão; 5. Mantenha a saúde bucal em dia: consultas regulares ao dentista ajudam a corrigir problemas dentários que podem prejudicar a mastigação, como desalinhamento dos dentes, cáries ou próteses mal ajustadas.
“O dentista é o profissional mais qualificado para diagnosticar e tratar problemas relacionados à mastigação inadequada. Consultas regulares permitem a identificação precoce de possíveis complicações e a adoção de medidas preventivas adequadas”, afirma a Dra. Adriele. Investir na saúde bucal é essencial para garantir uma qualidade de vida elevada, prevenindo problemas digestivos, nutricionais e emocionais decorrentes de uma mastigação ineficiente. Sobre a Oral Sin Fundada em 2004, em Arapongas, Paraná, a Oral Sin é a maior rede de franquias de implantes dentários do país e, desde 2009 atua no segmento de franquias. Presente em todo o país, é pioneira na adoção de tecnologias digitais ligadas à odontologia. Além dos implantes, também oferece atendimento clínico em geral, próteses dentárias, estética dental, ortodontia, toxina botulínica e enxerto ósseo.
Atendimento odontológico humanizado e de excelência, acolhimento, respeito, carinho e flexibilidade no pagamento – que promove o melhor custo-benefício do mercado – estão entre seus pilares.

Mulheres têm catarata antes dos homens
Levantamento mostra que o diagnóstico entre 50 e 55 anos é 35% maior entre elas
Os hormônios sexuais femininos estão relacionados a muitas funções no organismo da mulher, inclusive à visão. Pior: Em média, a mulher brasileira entra na menopausa aos 48 anos. A queda na produção dos estrogênios faz com que o diagnóstico da catarata, opacificação do cristalino, ocorra antes entre elas. De acordo com o oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, recente levantamento realizado nos prontuários de 520 pacientes do hospital, mostra que entre 50 e 55 anos o diagnóstico de catarata é 35% maior entre mulheres por conta da menopausa. |
Causas e fatores de risco O oftalmologista afirma que isso acontece porque o epitélio, camada externa do cristalino, tem receptores de estrogênios que inibem o desenvolvimento da catarata. Por isso quando a produção desses hormônios é interrompida pela menopausa, acelera a opacificação do cristalino. No Brasil, comenta, a terapia de reposição hormonal é adotada por uma minoria de mulheres. “Isso acontece por falta de acesso ao acompanhamento médico por grande parte da população, recomendação de especialistas quando a mulher tem predisposição à formação de coágulos ou quando há casos de câncer ginecológico na família.
Queiroz Neto destaca que em toda a população a maior causa da catarata é o envelhecimento. Isso porque, o envelhecimento aumenta a produção de radicais livres e a aglomeração das proteínas do cristalino que impedem a transmissão da luz à retina. Para se ter ideia, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a catarata atinge globalmente 17% dos que têm de 55 a 65 anos, 47% dos que têm 75 anos e 73% das pessoas com mais de 75 anos.
Outras causas da catarata apontadas pelo oftalmologista são: traumas, incluindo lesões no olho, doenças e cirurgias cerebrais, diabetes, alta miopia, ingestão abusiva de sal, disfunções da tireoide, uso contínuo de corticoide para tratar doenças autoimunes e exposição dos olhos ao sol sem lentes com filtro ultravioleta. Sintomas Os sintomas da catarata elencados pelo oftalmologista são: Diminuição da visão de contraste; Dificuldade de adaptação de um ambiente claro para outro escuro; Visão dupla; Redução da visão noturna; Cegueira momentânea ao conduzir um veículo com faróis contra; Troca frequente dos óculos de grau. Tratamento Queiroz Neto afirma que a única cura para catarata é a cirurgia. O procedimento é rápido, seguro, não dói e é feito com aplicação de anestesia local. Consiste na substituição do cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular. Por isso, a escolha da lente, esférica ou asférica, tem importância significativa no resultado da cirurgia, um momento único que determina a qualidade de visão para o resto da vida. O oftalmologista explica que a lente esférica oferecida pelo SUS e planos de saúde corrige hipermetropia ou de miopia, mas não elimina as aberrações ópticas que influem na visão noturna e de contraste. Por isso a qualidade de visão é inferior. Já a lente asférica ou premium pode ser monofocal, ou seja, corrigir a miopia ou hipermetropia, tórica que corrige simultaneamente o astigmatismo, multifocal que inclui a correção da presbiopia além dos vícios de refração ou de foco estendido cuja proposta é corrigir a visão de longe e meia distância. “Todas as lentes premium corrigem também as aberrações visuais”, salienta. Por isso, a qualidade de visão é superior e a dependência dos óculos é menor, esclarece.
Para quem pensa em optar por uma lente barata para depois trocar, o oftalmologista ressalta que o explante é um procedimento de alto risco que pode causar descolamento de retina, infecção e sangramento interno no olho, aumento da pressão intraocular e queda das pálpebras. Por isso não é recomendado. Prevenção A catarata é inevitável, mas pode ser adiada. As orientações do oftalmologista são: Manter os níveis de glicemia sob controle através de hemogramas completos periodicamente, alimentação equilibrada e rica em fibras; Quando um dos pais ou ambos têm alta miopia buscar informações para conter a miopia do filho visando reduzir os riscos de descolamento de retina, degeneração miópica e catarata precoce quando chegar à idade adulta: Controlar o consumo de sal, doces e bebidas alcoólicas; Sempre proteger os olhos nas atividades esportivas de impacto; Usar óculos com lentes que filtrem a radiação UV durante a exposição ao sol, finaliza.

Dia Mundial da Síndrome de Down: entenda a importância da estimulação precoce para o desenvolvimento de bebês e crianças com a condição
A fonoaudióloga e CEO da Clínica Life, Juliana Gomes, explica como terapias especializadas auxiliam na comunicação, coordenação motora e qualidade de vida dos pacientes
No dia 21 de março, é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reforçar a importância da inclusão, do acesso a tratamentos especializados e da conscientização sobre a condição. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência da trissomia do cromossomo 21 ocorre em aproximadamente 1 a cada 1.000 nascidos vivos no mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que cerca de 300 mil pessoas tenham a síndrome. |
A Síndrome de Down é uma alteração genética causada pela presença de um cromossomo extra no par 21, impactando aspectos físicos, motores e cognitivos do desenvolvimento. Em muitos casos, o diagnóstico é feito ainda durante a gestação, por meio de exames como a ultrassonografia morfológica e o cariótipo fetal. No entanto, há situações em que os pais recebem a notícia somente após o parto, o que pode gerar dúvidas e insegurança sobre os cuidados necessários.
A informação e o acolhimento são fundamentais nesse momento, ajudando as famílias a compreenderem que a criança pode ter um desenvolvimento pleno, estudar, socializar e conquistar autonomia. “A estimulação adequada e o acesso a terapias especializadas são essenciais para que a criança se desenvolva com qualidade de vida. Quanto mais cedo o acompanhamento começa, maiores são os benefícios no longo prazo”, explica Juliana Gomes, fonoaudióloga especializada em transtornos de linguagem e CEO da Clínica Life.
A importância da estimulação precoce A estimulação precoce tem um papel essencial no desenvolvimento motor, cognitivo e emocional da criança com Síndrome de Down. Ela engloba uma série de terapias que auxiliam no fortalecimento muscular, na aquisição da linguagem, na coordenação motora e na autonomia nas atividades diárias.
A fonoaudióloga Juliana Gomes destaca que muitas crianças com a condição apresentam hipotonia muscular, uma flacidez que afeta a mastigação, a deglutição e a fala. “O trabalho fonoaudiológico é fundamental para fortalecer os músculos da face, facilitando a comunicação e a alimentação da criança. Além disso, a terapia auxilia na melhor articulação das palavras contribuindo para aquisição de fala e linguagem”, explica.
Além dos exercícios, outra estratégia utilizada para potencializar a comunicação da criança é a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), que pode incluir o uso de gestos, figuras, pranchas de comunicação e aplicativos específicos. “A comunicação alternativa facilita a interação da criança com os pais e com o mundo ao seu redor, permitindo que ela expresse vontades, sentimentos e necessidades antes mesmo de desenvolver a fala”, ressalta Juliana, que também é especialista no assunto.
A terapia ocupacional também tem um papel essencial na conquista da autonomia nas atividades diárias, como segurar um copo, usar talheres e brincar de forma independente. “Nos primeiros anos de vida, essas habilidades são estimuladas para que a criança desenvolva maior independência e participação na sociedade”, acrescenta Juliana. A especialista reforça que outras áreas da saúde podem ser fundamentais no acompanhamento, como fisioterapia, para fortalecimento muscular global, e psicologia, para favorecer a adaptação e o desenvolvimento socioemocional.
Juliana destaca que o momento ideal para iniciar as terapias é o mais cedo possível, garantindo que a criança tenha suporte desde os primeiros meses de vida. “O mais importante é que os pais busquem informação e apoio especializado assim que o diagnóstico for confirmado. Quanto antes começarmos a estimulação, mais impacto positivo teremos no desenvolvimento da criança”, orienta.
Sobre Juliana Gomes: é fonoaudióloga, especialista em comunicação alternativa e linguagem infantil, capacitada em transtornos de leitura e escrita. Atua há mais de 10 anos nos transtornos de linguagem oral, escrita e autismo. É fundadora e CEO da Clínica Life. Localizada no município de Serra, no Espírito Santo, a Clínica Life realiza cerca de 1.900 atendimentos todos os meses.
As principais terapias oferecidas no espaço incluem fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e acompanhamento psicológico, sempre adaptadas às necessidades individuais de cada paciente.

Fibromialgia se controla com conscientização e diagnóstico precoce
Informação e tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes
A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor generalizada, fadiga intensa e distúrbios do sono, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes. Embora não tenha cura, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem o controle dos sintomas e uma rotina mais equilibrada.
A condição afeta principalmente mulheres entre 30 e 60 anos e pode ser confundida com outras doenças devido à sua ampla gama de sintomas. De acordo com o Dr. Marcelo Jerez, diretor do One Day Hospital e da Clínica Alphaview, “o diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz. A dor constante, a fadiga extrema e os distúrbios do sono são sinais de alerta que não devem ser ignorados”.
Sintomas e Diagnóstico Os principais sintomas da fibromialgia incluem:
· Dor generalizada e persistente por pelo menos três meses;
· Fadiga extrema, mesmo após uma noite de sono;
· Distúrbios do sono, como insônia ou sono não reparador;
· Dores de cabeça frequentes;
· Problemas de memória e concentração (conhecido como “fibro fog”);
· Sensibilidade aumentada à dor e ao toque.
O diagnóstico é feito a partir da análise clínica, levando em conta os sintomas relatados pelo paciente e a exclusão de outras doenças que possam causar sintomas semelhantes. “Não existe um exame específico para a fibromialgia, mas médicos experientes podem identificá-la por meio de uma avaliação detalhada”, explica o Dr. Marcelo Jerez.
Tratamento e Qualidade de Vida Embora não haja cura para a fibromialgia, diversos tratamentos ajudam a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Algumas abordagens incluem:
· Medicamentos para dor e relaxantes musculares prescritos por um especialista;
· Terapias físicas, como fisioterapia e acupuntura;
· Atividades físicas de baixo impacto, como caminhadas, ioga e hidroginástica;
· Suporte psicológico para lidar com o impacto emocional da doença;
· Alimentação balanceada e hábitos saudáveis para reduzir inflamação e fadiga.
“O tratamento multidisciplinar é fundamental para que o paciente consiga retomar suas atividades diárias com menos dor e mais qualidade de vida. Na clínica Alphaview contamos com o Espaço Mulher com especialistas capacitados para auxiliar no manejo da fibromialgia e de outras doenças crônicas”, ressalta o Dr. Marcelo Jerez.
Conscientização e Apoio A informação e o suporte adequado são essenciais para que pacientes e familiares compreendam a fibromialgia e busquem atendimento médico diante de sintomas persistentes. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de um tratamento eficaz e de uma vida com mais bem-estar e autonomia.
Sobre o ONE DAY HOSPITAL O One Day Hospital foi idealizado e criado por médicos, focando na segurança e comodidade do paciente. Somos um hospital dia moderno e equipado com tecnologia de última geração, localizado em Alphaville, Barueri, São Paulo. Nossa infraestrutura inclui, além de salas cirúrgicas com equipamentos de alta tecnologia, leitos confortáveis e acolhedores, tornando-se uma experiência singular o uso de nossas instalações.
Sobre a ALPHAVIEW O Dr. Marcelo Jerez com a missão de oferecer atendimento humanizado e diferenciado aos seus pacientes, criou em 2013 o Centro Oftalmológico Alphaview, um centro de referência em Oftalmologia na região da Alphaville.
Em 2015, com o objetivo de poder avaliar o paciente como um todo e oferecer um tratamento completo e personalizado, decidiu criar o Centro Médico Alphaview, um centro de referência em cuidado especializado, com profissionais capacitados que atendem mais de 40 especialidades ambulatoriais e um centro de diagnóstico com exames laboratoriais, cardiológicos, ginecológicos e de imagem, visando oferecer ao paciente um atendimento completo e ágil em um único local.

Março Lilás: saúde feminina e prevenção do câncer de colo do útero
Março Lilás é o mês de conscientização sobre a importância de se prevenir contra o câncer do colo do útero, a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). |
Durante todo o mês, instituições de saúde pública e privada promovem campanhas para conscientizar a população feminina sobre os riscos de desenvolvimento da doença, sobre os sintomas e como se prevenir.
As ações acontecem de formas distintas de acordo com cada estado, mas todas possuem o mesmo objetivo: reduzir o número de mortes por câncer de colo do útero e promover a prevenção desde cedo.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2018, mais de 16 mil novos casos desse tipo de câncer foram registrados.
A campanha, consequentemente, alerta também sobre a importância de se proteger contra as DSTs, uma vez que o vírus HPV é a principal causa do câncer do colo do útero.
Por isso, durante todo o mês de março, mulheres são incentivadas a manter uma rotina frequente de idas ao ginecologista e a fazer exames preventivos, como o papanicolau, que ajuda a detectar a infecção causada pelo HPV e possíveis alterações no colo do útero.
O que é o câncer do colo do útero? O câncer do colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é causado pela infecção persistente do vírus do HPV, o Papilomavírus Humano.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum, sendo na maioria das pessoas infectadas assintomática, mas quando desperta sintomas, pode provocar o surgimento de verrugas genitais e coceira.
Quando a infecção por esse vírus provoca alterações celulares as chances do desenvolvimento do câncer do colo do útero são maiores.
Além da infecção por esse vírus, que acontece através de relações sexuais desprotegidas, outros fatores podem favorecer o desenvolvimento desse tipo de câncer, como outras DSTs, tabagismo e várias gestações.
Apesar de ser uma condição grave, o câncer do colo do útero pode ser facilmente prevenido através da realização periódica do exame papanicolau.
Quais os sintomas? Também faz parte da campanha do Março Lilás informar as mulheres sobre os sintomas do câncer do colo do útero. Contudo, nem sempre é fácil identificar a doença dessa forma. Em alguns casos o desenvolvimento da doença é lento e não manifesta nenhum sinal durante a fase inicial. Por esse e outros motivos é tão importante prevenir a condição. Já no estágio mais avançado, alguns sintomas podem surgir. É importante prestar atenção ao surgimento dos seguintes sinais:
• Dor abdominal associada a problemas intestinais e urinários; • Sangramento vaginal; • Sangramento após relação sexual; • Secreções vaginais anormais; • Menstruação irregular; • Fadiga; • Perda de peso sem motivo aparente; • Náuseas.
Como se prevenir? A principal forma de prevenir o câncer de colo do útero é através do exame preventivo papanicolau, que permite a coleta de células do colo do útero e que mostram se há alguma infecção ou variação nesses tecidos. O exame é simples e dura poucos minutos.
Deve ser feito por todas as mulheres com idade com 25 anos que possuem vida sexual ativa, em intervalos de três anos. Quando a mulher possui fatores de risco para a doença, pode ser solicitado uma frequência menor entre um exame e outro. Esse exame ajuda a identificar a infecção por HPV e outras possíveis complicações que possam levar ao desenvolvimento do câncer do colo do útero.
Além dos exames, a mulher também pode se prevenir recebendo a vacina contra o vírus HPV. No entanto, é importante reforçar que a vacina não dispensa a necessidade dos exames, pois não protege a mulher de todos os tipos de vírus do HPV. O uso de preservativos também deve ser uma medida preventiva contra esse tipo de vírus, prevenindo também outras doenças sexualmente transmissíveis.
Apesar de ser uma doença grave, quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura do câncer de colo do útero são grandes. Com os exames realizados de forma periódica, é possível identificar o tumor ainda em fase inicial, melhorando as chances de sucesso no tratamento. Na maioria dos casos, os sintomas surgem apenas quando o câncer se encontra em um estágio mais avançado, por isso a prevenção precisa ser incentivada.

Combate à Dengue: Governo de SP intensifica ações e alerta sobre descarte irregular de lixo
Aedes aegypti tem se adaptado às condições urbanas, tornando-se cada vez mais eficiente na reprodução em ambientes domésticos
O Governo de São Paulo intensificou ações no combate à dengue e reforçou o alerta à população sobre a necessidade de eliminar focos de proliferação, especialmente durante períodos de calor e chuvas intensas, como os vivenciados nas últimas semanas. Um dos pontos de atenção é o descarte correto do lixo, que evita a proliferação do mosquito Aedes aegypti. |
Cristiano Kenji Iwai, subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), explica que o manejo adequado dos resíduos sólidos é essencial para o combate à dengue e outras doenças.
“O descarte incorreto de garrafas, pneus ou qualquer objeto que possa acumular água cria ambientes propícios para a proliferação do Aedes aegypti. Por isso a importância de nos atentarmos, porque depende diretamente da nossa atitude como cidadãos no combate à dengue”, destaca.
Kenji orienta que os resíduos sejam adequadamente acondicionados: “Os sacos devem ser bem fechados e encaminhados para a coleta pública, garantindo que sejam descartados de forma ambientalmente correta”.
Ao longo dos anos, o Aedes aegypti tem se adaptado às condições urbanas, tornando-se cada vez mais eficiente na reprodução em ambientes domésticos. Este mosquito, com hábitos diurnos, alimenta-se de sangue humano, principalmente ao amanhecer e ao entardecer, e se reproduz em água limpa e parada, como a encontrada em recipientes dentro e fora das casas.
Com o início das chuvas no período da primavera e do verão, ocorre um aumento significativo na proliferação do mosquito. A dengue é sazonal, com a elevação de casos e risco de epidemias entre outubro e maio. Ações de combate à dengue nos Parques Estaduais Urbanos Os Parques Estaduais Urbanos geridos pela Semil recebem atenção especial nesta época do ano. Devido à sua extensão e ao ambiente aberto, com potencial para atrair mosquitos, são implementadas medidas preventivas para evitar imprevistos. Entre as ações adotadas de combate à dengue para reduzir os focos de reprodução do Aedes aegypti, destacam-se:
· Limpeza e catação de materiais para redução de pontos de acúmulo de água;
· Monitoramento de locais com alta incidência de água, especialmente durante chuvas intensas, com remoção dos pontos com água parada. Quando a retirada não é possível, são aplicados produtos de limpeza;
· Remoção constante de água de equipamentos e, quando necessário, aplicação de areia para evitar o acúmulo de água;
· Limpeza das calhas para garantir o escoamento adequado das águas pluviais;
· Ações conjuntas com as prefeituras para otimizar o combate ao mosquito e ampliar o alcance das medidas preventivas.
“Para prevenir a dengue, é fundamental eliminar qualquer foco de água parada, usar repelente e proteger os espaços urbanos com a colaboração de todos”, diz Ana Seabra, coordenadora da Coordenadoria de Parques e Parcerias. “Também é essencial adotar medidas específicas de prevenção para garantir a segurança dos visitantes e evitar a disseminação da doença.” Prevenção e cuidados Em menos de 15 minutos, é possível realizar uma varredura eficiente e eliminar os recipientes com água parada, que são ambientes ideais para a procriação do Aedes aegypti. O órgão reforça a importância de a população colaborar com a vigilância e eliminação de focos do mosquito, realizando inspeções frequentes em suas residências e áreas circunvizinhas.
Além da eliminação de criadouros, a orientação é que a população esteja atenta aos sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Em caso de suspeita, é importante buscar orientação médica imediatamente.

Dormir bem para lembrar melhor: o impacto do sono na saúde cerebral dos idosos
Médica explica como a qualidade do sono influencia a memória e o risco de doenças como o Alzheimer; veja dicas práticas para melhorar as noites na terceira idade
A qualidade do sono pode influenciar a saúde do cérebro, isso porque dormir mal tende a acelerar o declínio cognitivo e aumentar o risco de doenças como o Alzheimer, sobretudo para a população idosa. De acordo com um estudo publicado na revista médica Neurology, da Academia Americana de Neurologia, pessoas entre 40 e 60 anos que têm noites de sono ruins podem apresentar sinais de envelhecimento cerebral. Além disso, um outro estudo publicado na mesma revista sugere que pessoas entre 30 e 40 anos que costumam passar por interrupções de sono possuem duas vezes mais chances de ter problemas de memória. |
Segundo o Relatório Nacional sobre a Demência, divulgado pelo Ministério da Saúde, cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais convivem com a doença, representando aproximadamente 2,71 milhões de casos. O levantamento aponta ainda que até 2050, a projeção é que 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no país.
A relação entre o sono e a saúde cerebral Cecília Nobre, médica da área de geriatria do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, explica que o sono tem um papel fundamental na consolidação da memória e na “limpeza” de toxinas no cérebro, ajudando a manter a função cognitiva em bom estado.
“Durante o sono profundo, o organismo realiza processos importantes para a memória e para a remoção de substâncias tóxicas associadas ao Alzheimer, como a beta-amiloide”, explica Nobre. Segundo a médica, a privação de sono ou a fragmentação do descanso noturno podem comprometer esse mecanismo e aumentar o risco de doenças neurodegenerativas.
Alterações comuns no sono dos idosos Com o envelhecimento, o padrão de sono tende a sofrer alterações naturais, como a redução do sono profundo e o aumento dos despertares noturnos. “Muitos idosos também relatam sentir sono mais cedo e acordar muito cedo, o que pode prejudicar a quantidade total de descanso”, afirma a profissional. Essas mudanças podem impactar diretamente a qualidade de vida, causando fadiga, irritabilidade e dificuldades de concentração.
Além das mudanças naturais do envelhecimento, fatores como dor crônica, doenças como depressão e ansiedade, uso de medicamentos e hábitos inadequados antes de dormir podem comprometer o sono dos idosos. “O uso excessivo de eletrônicos próximo ao horário de ir para a cama e a ingestão de cafeína impactam negativamente o sono na terceira idade”, ressalta Nobre.
A médica destaca que distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva, também podem agravar o risco de doenças como o Alzheimer. “A apneia do sono reduz a oxigenação cerebral e está associada a um maior acúmulo de proteínas ligadas ao Alzheimer”, alerta. Além disso, insônia crônica e outros distúrbios podem acelerar o declínio cognitivo.
Quando procurar ajuda médica Nobre recomenda que os idosos e suas famílias fiquem atentos a sinais de alerta, como sonolência excessiva durante o dia, dificuldade constante para dormir ou manter o sono, roncos altos e pausas na respiração durante a noite. “Caso esses sintomas sejam frequentes, é fundamental procurar um médico para avaliação e tratamento adequado”, orienta.
Para diagnosticar distúrbios do sono, exames como a polissonografia podem ser indicados. “Esse exame avalia a qualidade do sono e identifica problemas como apneia e movimentos involuntários que podem prejudicar o descanso noturno”, explica a médica.
Como melhorar o sono na terceira idade? Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 45% dos casos de demência poderiam ser prevenidos ou retardados. A pasta afirma que a explicação para isso está nos fatores e no estilo de vida tidos como modificáveis como baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, depressão, inatividade física e isolamento social.
Por isso, Nobre ressalta que cuidar da qualidade do sono é uma estratégia essencial para preservar a memória e a saúde cerebral na terceira idade, sendo um dos fatores modificáveis. “Dormir bem é uma forma de proteger o cérebro e garantir mais qualidade de vida ao longo dos anos”, afirma a profissional. A médica lista cinco medidas essenciais para melhorar a qualidade do sono dos idosos:
1. Estabelecer uma rotina: manter horários regulares para dormir e acordar ajuda a regular o relógio biológico.
2. Criar um ambiente propício: manter o quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável favorece o sono profundo.
3. Evitar estimulantes: reduzir o consumo de cafeína e bebidas alcoólicas, especialmente no período noturno.
4. Praticar atividades relaxantes: leituras leves, meditação e alongamentos antes de dormir podem ajudar a induzir o sono.
5. Fazer acompanhamento médico: em caso de dificuldades persistentes, buscar orientação profissional é fundamental.

Mulheres entre 30 e 50 anos são as mais afetadas pela fibromialgia
Prati-Donaduzzi investe em pesquisas e novos medicamentos para amenizar sintomas da doença
“Dor, muita dor no corpo todo. Ela está comigo há tanto tempo que já somos amigas íntimas. Aprendi a conviver com isso, apesar de não ser nada fácil. A sensação que tenho é de estar sendo abraçada por um arame farpado o tempo todo.” Assim a secretária Claudia Aguiar descreve a fibromialgia, diagnosticada em 2013. “Mas não é só a dor. Há também a tristeza, a ansiedade, a fadiga, a sensação de inutilidade por não conseguir tomar um banho direito, porque até a água do chuveiro causa dor quando encosta no couro cabeludo”, complementa. |
A fibromialgia é causada por uma alteração no sistema nervoso central, que amplifica a percepção da dor. Seus sintomas incluem dores generalizadas pelo corpo, principalmente nas articulações, músculos, tendões e tecidos moles, com duração prolongada. Além da dor, a doença pode causar fadiga, distúrbios do sono, depressão que está associada a desequilíbrios de neurotransmissores no cérebro como a serotonina, ansiedade, dificuldades de memória e concentração, bem como alterações intestinais
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a fibromialgia afeta cerca de 3% da população brasileira, sendo mais prevalente em mulheres entre 30 e 50 anos. A razão dessa predominância ainda não é totalmente compreendida e estudos indicam que não há relação direta com os hormônios, pois a doença pode ocorrer tanto antes quanto depois da menopausa. “O principal sintoma da fibromialgia é uma dor generalizada que acomete os dois lados do corpo por mais de três meses. O diagnóstico é clínico, pois não há alterações detectáveis em exames de sangue ou radiografias”, explica o neurologista e clínico geral Conrado Friggi Bissoli.
A intensidade da dor pode variar ao longo do tempo e ser desencadeada por fatores como estresse, desenvolvimento de outras doenças como infecções virais ou eventos traumáticos.
Tratamento Claudia conta que, além de medicamentos para controlar o desconforto, investe em terapia. “As pessoas me veem e perguntam: ‘Mas você é tão alto astral, está sempre sorrindo, de bem com a vida’. Sigo assim porque não quero me tornar a reclamona. Mas já fiquei afastada do trabalho por dez dias sem conseguir me mexer, de tanta dor”, relata a secretária.
Especialistas afirmam que a fibromialgia não tem cura, mas pode ser controlada com eficácia. O tratamento combina duas abordagens: medicamentosa e integrativa. Os medicamentos têm como objetivo reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente, auxiliando também no sono e no controle do estresse. Para isso, podem ser prescritos antidepressivos, analgésicos e anticonvulsivantes. Já as terapias integrativas como fisioterapia, acupuntura e massagens, envolvem estratégias que ajudam a minimizar a dor e o impacto emocional da doença.
“O tratamento é individualizado e inclui orientações para evitar esforços pesados ou repetitivos, além da prática de alongamentos e exercícios musculares, preferencialmente com acompanhamento de um fisioterapeuta. Além disso, o uso de medicamentos para aliviar e prevenir as dores crônicas é essencial, frequentemente associado a antidepressivos, já que a doença pode causar alterações emocionais devido à dor constante e às limitações diárias”, ressalta Conrado.
Pesquisa e ciência no combate aos sintomas O rol de medicamentos para o tratamento da fibromialgia é amplo e inclui analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, relaxantes musculares e medicamentos para distúrbios do sono. “O tratamento medicamentoso da fibromialgia, além de aliviar a dor, busca melhorar a qualidade do sono e tratar sintomas associados, como depressão e ansiedade”, explica a pesquisadora da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, Amanda Bedin.
A farmacêutica paranaense tem investido e se dedicado à pesquisa de novos fármacos para tratar doenças que afetam o Sistema Nervoso Central, como o canabidiol indicado para casos de epilepsia refratária e também para doenças como distúrbios do sono, dores crônicas, ansiedade e autismo. “Temos a pesquisa e inovação no DNA da Prati-Donaduzzi e além dos medicamentos que já produzimos e que são utilizados no tratamento da doença, estamos em constante pesquisa para o desenvolvimento de novos medicamentos, que diminuem os sintomas da doença”, complementa Amanda.
Fevereiro Roxo O mês de fevereiro é marcado por uma importante ação na área da saúde. A campanha Fevereiro Roxo destaca a importância do diagnóstico precoce de doenças neurológicas como a fibromialgia, do acesso a tratamentos adequados e do suporte às famílias que lidam com essas condições. Além disso, promove a conscientização sobre a necessidade de pesquisas para encontrar novas terapias para essas doenças.

Quais são os direitos dos pacientes com câncer? | Crédito de imagem: Freepick |
Brasil deve registrar mais de 700 mil casos em 2025; no Dia Mundial do Câncer (04/02), especialista fala sobre como garantir os direitos e acesso ao tratamento
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê 35 milhões de novos casos de câncer no mundo até 2050; aumento de 77% em relação aos números estimados em 2022. Os dados projetam que uma em cada cinco pessoas desenvolverá a doença durante a vida. Só no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que devem ser feitos 704 mil novos registros da doença em 2025, com 70% dos casos concentrados nas regiões Sul e Sudeste do país. |
As projeções reforçam a importância do Dia Mundial do Câncer (04/02), que coloca em evidência o tema e acende um alerta sobre como as políticas públicas estão se organizando para atender esse volume de pacientes e assegurar seus direitos. Estatuto da Pessoa com Câncer A advogada e professora do curso de Direito do Centro Universitário Integrado, de Campo Mourão (PR), Dayana Boareto, explica que no Brasil existem diversas normas voltadas aos direitos dos pacientes oncológicos. “A principal delas é a Lei nº 14.238/2021, conhecida como Estatuto da Pessoa com Câncer. Ela estabelece, por exemplo, acesso integral e equânime a serviços de saúde, atendimento prioritário e humanizado e isenção de alguns impostos e taxas.”
Mas além desta lei, a advogada lembra que outros dispositivos legais - como o Estatuto do Idoso, o Código de Defesa do Consumidor e a Legislação Previdenciária - também garantem direitos importantes aos pacientes oncológicos. “As leis asseguram mais do que a integralidade do tratamento de saúde; elas também tratam de questões que envolvem o direito ao trabalho e à educação.”
Quais são os direitos de um paciente com câncer? O acesso ao tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o primeiro e principal direito que todo paciente oncológico tem. Mas o desdobramento do tratamento inclui diversas etapas e situações que também estão previstas na legislação. A começar pela informação clara e completa sobre a doença, opções de terapia e prognóstico.
O fornecimento sem custo de medicamentos, o acompanhamento psicológico e social e o tratamento fora do domicílio também estão assegurados, assim como a prioridade na tramitação dos processos judiciais e administrativos.
“Os benefícios previdenciários como auxílio-doença, prestação continuada (BPC) e aposentadoria por invalidez podem ser solicitados, mas nesses casos, o paciente precisa atender aos requisitos exigidos pelo INSS para cada tipo de benefício”, esclarece Dayana.
A advogada lembra que existem ainda outros direitos que não são tão comuns, mas que as pessoas com a doença podem exercer. Estão entre eles a prioridade no atendimento em serviços públicos e privados; levantamento do FGTS; quitação de financiamento de imóveis de habitação (pelo seguro habitacional); transporte coletivo gratuito; serviço de atendimento ao consumidor e judiciário de forma preferencial.
“Vale destacar que esses são apenas alguns dos direitos dos pacientes com câncer. A legislação brasileira está em constante evolução e outros direitos podem ser aplicados em casos específicos, a depender da necessidade”, destaca a professora do curso de Direito do Centro Universitário Integrado, de Campo Mourão (PR). Onde buscar ajuda para garantir esses direitos? Embora a legislação brasileira seja clara e específica no amparo aos pacientes oncológicos, a falta de recursos na saúde, a desigualdade na oferta e acesso aos serviços nas diferentes regiões do país, o excesso de burocracia do sistema previdenciário e a falta de conhecimento da população impedem o pleno exercício dos direitos desses indivíduos.
Por isso, além de assegurar que saibam o que a lei os garante, é importante também que esses pacientes conheçam quais providências podem ser tomadas quando seus direitos são violados.
Segundo Dayana, “é possível fazer uma denúncia da situação junto ao Ministério Público e à Ouvidoria do SUS do município. Outra opção é procurar auxílio de associações para pacientes com câncer, para se informar e receber orientações. O indivíduo também pode buscar um advogado para recorrer aos seus direitos na justiça”. Sobre o Centro Universitário Integrado Localizado em Campo Mourão (PR), o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC com nota máxima (5) no Conceito Institucional e nota 4 no Índice Geral de Cursos (IGC). Atento ao que o mercado necessita, busca ofertar um ensino de qualidade voltado às competências que precisam ser desenvolvidas por todos os profissionais.
Para isso, conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e corpo docente com forte experiência acadêmica e vivência prática.
Atualmente, o Integrado oferece mais de 55 cursos de graduação presencial, semipresencial e a distância - incluindo Direito, Medicina e Odontologia - e mais de 100 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.

32% dos brasileiros não foram ao dentista no último ano
Pesquisa realizada pela ABIMO com o apoio do CFO mostra que escolaridade tem impacto direto no acesso à saúde bucal - 46% dos brasileiros com escolaridade básica não passaram por uma consulta odontológica nos últimos 12 meses
Um estudo realizado pela ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos), com apoio do CFO (Conselho Federal de Odontologia) e executado pela consultoria italiana Key-Stone, revelou dados inéditos e importantes sobre a saúde bucal no Brasil. A pesquisa realizada no período de dezembro de 2023 a dezembro de 2024 analisou tanto o comportamento da população em relação à frequência às consultas odontológicas quanto o perfil dos próprios dentistas. |
De acordo com o levantamento, 68% dos brasileiros visitaram o dentista no último ano, sendo que as mulheres lideram essa estatística. Entre aqueles que disseram ter visitado o dentista, a higiene bucal foi o tratamento mais realizado: 70% dos entrevistados afirmaram ter feito. Em contrapartida, 39% deles buscaram serviço de obturação e restauração dentária.
No entanto, os dados mostram uma desigualdade no acesso ao atendimento odontológico: 75% dos pacientes com ensino superior buscaram o dentista, enquanto apenas 54% dos brasileiros com escolaridade básica fizeram o mesmo.
A pesquisa também revelou que a renda tem uma forte correlação com a frequência de consultas: 80% das pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos frequentaram regularmente o dentista, enquanto apenas 59% das pessoas com até um salário mínimo buscaram atendimento odontológico.
Para Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO, a situação financeira é determinante para o acesso ao dentista, devido ao alto custo dos tratamentos odontológicos. “Hoje, por exemplo, uma simples obturação pode custar entre R$ 500 e R$ 800. Se a pessoa não tiver condições financeiras adequadas, ela acaba adiando a consulta, e o que poderia ser resolvido com um tratamento simples se transforma em algo mais complexo”, afirma. Ele lembra que o governo federal teve um esforço significativo, por meio do Ministério da Saúde, para levar a odontologia à população por meio de assistência técnica financiada pelas prefeituras, com subsídio da União. “A proposta de saúde bucal do governo federal previa a instalação de gabinetes odontológicos pelas prefeituras para atender a população carente. Contudo, a implementação tem sido muito lenta, dificultando o acesso e ampliando as desigualdades.”
Em relação ao sistema público de saúde, a pesquisa revela que 23% dos pacientes procuraram atendimento odontológico pelo SUS, sendo que a maior parte dessa parcela apresenta níveis educacionais mais baixos e faixas de renda menores. Por outro lado, 74% dos atendimentos ocorreram na rede privada, o que evidencia que a demanda por serviços odontológicos particulares ainda supera significativamente a procura pelo SUS.
"A pesquisa revela dados importantes sobre o comportamento dos brasileiros com relação à busca pelo atendimento odontológico e deixa evidente, por exemplo, a necessidade de ampliação de oferta dos serviços de Saúde Bucal na rede pública. Felizmente há uma perspectiva de que isso possa ocorrer gradualmente por meio da aplicação da Política Nacional de Saúde Bucal, criada por meio da lei federal 14.572 de 2023 e que incluiu o Programa Brasil Sorridente no SUS. Esse foi um avanço importante que deve garantir maior acesso aos tratamentos odontológicos, beneficiando especialmente as pessoas em situação de vulnerabilidade", pontua Claudio Miyake, presidente do Conselho Federal de Odontologia (CFO).
Perfil dos dentistas no Brasil O estudo também traçou o perfil de atuação dos dentistas no Brasil, revelando que apenas 35% dos profissionais trabalham com convênios odontológicos, um percentual que sobe para 39% entre mulheres dentistas.
Além disso, procedimentos estéticos, que incluem ortodontia e tratamento de estética dentária, como clareamento ou lente de contato dental, são praticados por 86% dos dentistas entrevistados. Em contraste, a medicina estética para harmonização orofacial é a disciplina menos praticada dentro dos consultórios odontológicos, com pouco mais de um terço da amostra declarando que a pratica. Dos entrevistados, 8% preveem introduzir a técnica no futuro, 12% estão interessados em explorar essa oportunidade, enquanto quase metade (46%) não demonstra interesse em realizá-las. No entanto, observa-se uma maior difusão em consultórios nos estados da região Sul (44%) e em consultórios maiores (43% nos consultórios com pelo menos três cadeiras).

Hanseníase: entenda porque a doença ainda é um desafio no Brasil
Especialistas do CEJAM abordam sintomas, tratamentos e como buscar ajuda gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo, ficando atrás apenas da Índia, de acordo com o Ministério da Saúde. A doença, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, afeta a pele e nervos periféricos, podendo causar incapacidades físicas se não tratada. |
Entre os sintomas mais comuns estão manchas na pele que podem variar de esbranquiçadas a avermelhadas ou amarronzadas e, geralmente, apresentam também a perda de sensibilidade ao toque, calor, frio ou dor. Em alguns casos, surgem caroços, e, nos estágios mais avançados, pode haver fraqueza muscular e deformidades.
Mesmo tendo cura, o quadro carrega consigo um estigma que transcende séculos e deixa marcas emocionais e sociais. Hoje, muitos pacientes diagnosticados ainda enfrentam preconceito e discriminação.
“A hanseníase é uma doença complexa. É fundamental adotar uma visão mais ampla ao tratá-la, levando em consideração não apenas os aspectos biológicos, mas também suas implicações na vida das pessoas afetadas e as dimensões psicológicas e sociais. Só assim é possível proporcionar um atendimento integral e humanizado aos pacientes”, afirma Dra. Flávia Rosalba, dermatologista do Hospital Dia Campo Limpo, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP).
Sentimentos como ansiedade, baixa autoestima, vergonha, culpa, necessidade de se isolar e depressão podem ser experienciados por pacientes com hanseníase. Essas emoções podem se tornar grandes barreiras ao tratamento, uma vez que alguns pacientes hesitam em buscar ajuda por medo.
“No entanto, o tratamento é crucial para interromper a transmissão. Todo o cuidado é realizado com medicações em comprimidos, disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica a médica.
Outro desafio é o diagnóstico tardio da doença. A especialista enfatiza que a regularidade das consultas dermatológicas pode fazer uma grande diferença nesse aspecto, proporcionando uma análise precoce e evitando possíveis complicações de saúde.
Cuidado psicológico como parte necessária do tratamento A reabilitação física e emocional deve andar de mãos dadas, com ações integradas. Assim, o cuidado psicológico é uma parte essencial do tratamento da hanseníase, por conta de todo o impacto que a doença pode acarretar à saúde mental.
“O acompanhamento em psicoterapia é uma forma de trabalhar a aceitação e ressignificação do diagnóstico com o paciente”, complementa Ana Paula Ribeiro Hirakawa, psicóloga que atua no CER IV M’Boi Mirim, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a SMS-SP.
Ela explica que o suporte psicológico pode incluir terapias individuais e, principalmente, atividades em grupo que abordem questões de autoestima, enfrentamento e reinserção social. Nesse sentido, os grupos de apoio podem ser um reforço a mais.
Já o suporte social, inclui orientações de assistentes sociais, que podem direcionar a pessoa para programas governamentais e comunitários para inclusão e reintegração.
SUS oferece suporte A Unidade Básica de Saúde (UBS) é a porta de entrada para o cuidado dos pacientes com hanseníase. Ela dispõe de uma equipe multiprofissional que auxilia no diagnóstico, realizando os encaminhamentos necessários para centros especializados de hanseníase e reabilitação, além de também oferecer o tratamento.
A terapia, um recurso importante para o apoio a esses pacientes, também pode ser acessada gratuitamente a partir da UBS mais próxima. As unidades gerenciadas pelo CEJAM, por exemplo, possuem uma linha de cuidado dedicada exclusivamente à saúde mental, que faz toda a diferença no acolhimento e cuidado dessas pessoas.
Sobre o CEJAM O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Itu, Santos, São Roque, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos.
A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde.
O CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
No ano de 2025, a organização lança a campanha “365 novos dias de saúde, inovação e solidariedade”, reforçando seu compromisso com os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).
Siga o CEJAM nas redes sociais (@cejamoficial) e acompanhe os conteúdos divulgados no site da instituição.

Janeiro Branco: cuide da sua mente, evite o excesso de celular
Neste mundo cada vez mais agitado, cheio de estímulos e de muitos desafios, precisamos falar sobre saúde mental e emocional. A campanha Janeiro Branco tem como propósito quebrar tabus e também estimular o diálogo, inclusive em torno de questões muito presentes em nosso dia a dia que afetam nossas emoções e podem causar distúrbios psicológicos. A ideia é promover maior reflexão sobre a importância de cuidarmos da mente, assim como cuidamos do corpo, enfatizando que a saúde mental é um aspecto fundamental para nossa qualidade de vida. |
O Janeiro Branco é uma campanha de conscientização. A escolha de janeiro, um mês tradicionalmente associado ao recomeço e à renovação, simboliza a ideia de que esse é um bom momento para refletirmos sobre o bem-estar mental e a adoção de práticas saudáveis para o cuidado emocional. E, dentro deste contexto, é urgente que a sociedade dê maior atenção a um fenômeno crescente e preocupante: a dependência psicológica do celular.
Estudos já comprovaram que o uso excessivo e compulsivo do celular pode afetar significativamente a saúde emocional e psicológica. Como o celular proporciona acesso constante a informações, redes sociais e e-mails, pode gerar sobrecarga cognitiva e aumentar o estresse, já que o cérebro está constantemente processando dados e notificações.
Além disso, a pressão da sociedade para que estejamos sempre disponíveis, com a sensação de que é necessário responder rapidamente às mensagens, ou estar sempre conectado, pode causar muita ansiedade. Atualmente, as pessoas se sentem pressionadas a estar “on” o tempo todo, o que dificulta a desconexão. Muitos estão, inclusive, desenvolvendo comportamentos compulsivos ao verificar constantemente o celular – o que é conhecido como nomofobia (medo de ficar sem o celular) -, e que pode levar a um ciclo de estresse e ansiedade, afetando totalmente o equilíbrio emocional.
“É importante que os pais, educadores e toda a sociedade estejam atentos para ajudar a combater a compulsão doentia pelo celular. Muitas pessoas estão restringindo o convívio em grupo ou mesmo se isolando, já apresentando alterações emocionais e psíquicas. É preciso reintegrá-los em atividades sociais e esportivas e estimular a busca por tratamentos, com foco na mudança de comportamento, na educação digital, e, em alguns casos, com a ajuda de terapia. Precisamos apoiar e incluir todos para que consigam sair do vício e da dependência, trazê-los de volta a uma vida mais saudável e participativa”, pontua o Defensor Público Federal André Naves, especialista em Inclusão Social.
O Janeiro Branco é, portanto, fundamental para mostrar que qualquer um, atualmente, está sujeito a desenvolver transtornos emocionais. A campanha visa a combater o estigma associado a quem apresenta alterações mentais e de comportamento, estimulando a busca por apoio psicológico.
“Sabemos que a saúde emocional e psicológica é o resultado da interação entre fatores ambientais, sociais, pessoais e genéticos. Precisamos lutar contra o preconceito associado aos portadores de transtornos mentais, educando a sociedade sobre a importância de dar atenção à saúde mental tanto quanto à saúde física. E, assim, prevenindo e tratando problemas como depressão, ansiedade e até mesmo o suicídio, que são questões sérias e crescentes na sociedade contemporânea”, afirma o Defensor André Naves.
O autoconhecimento, o equilíbrio emocional e a busca de ajuda, quando necessário, são essenciais. Ao estimular o debate em torno de temas tão presentes na vida moderna, a campanha Janeiro Branco contribui para que as pessoas se sintam mais confortáveis para falar sobre suas emoções, enfrentar seus problemas emocionais de maneira saudável e buscar ajuda profissional sempre que necessário.
Cuidar da saúde mental é fundamental para o equilíbrio e a qualidade de vida. Pense nisso.

Boca, o oráculo da saúde.
Especialista cita algumas doenças podem ser identificadas no exame bucal
Acredite ou não, seu dentista pode ser o primeiro profissional de saúde a detectar sinais de osteoporose. Isso porque a perda dentária, o recuo da gengiva e dentes com mobilidade mais acentuada são indicadores dos estágios iniciais da doença, caracterizada pelo afinamento gradual da densidade óssea e que acomete mais comumente mulheres a partir dos 50 anos. |
Além da osteoporose, outras doenças podem ser identificadas pelo exame bucal. “Estudos estimam dezenas de doenças que se manifestam pela boca. Até a língua é um grande indicador de saúde. Sua coloração, textura e odor podem ser determinantes para o diagnóstico de patologias. Aos interessados em procedimentos estéticos, é crucial ir a um dentista que tenha experiência em diagnóstico e priorize um exame bucal detalhado, antes de iniciar qualquer intervenção. Caso contrário, há o risco de ‘maquiar’ vários sinais de doenças”, alerta Marcelo Kyrillos, cirurgião-dentista da clínica Ateliê Oral.
A seguir, Kyrillos cita outros exemplos de problemas de saúde que podem ser identificados na cadeira do dentista.
Refluxo: dentes rachados e deteriorados podem sinalizar refluxo gastroesofágico ou ácido. No primeiro, o ácido do estômago sobe de volta para o esôfago. Esse ácido pode chegar à boca e, eventualmente, dissolver as camadas dos dentes. A perda do esmalte dentário é permanente e, sem detecção e tratamento adequado, pode resultar na rápida deterioração dos mesmos.
Depressão ou ansiedade: a erosão dentária também pode ser um indicativo de ansiedade ou depressão. Pacientes com esse quadro, costumam desenvolver bruxismo que é o apertamento dos dentes, ocasionando ainda problemas graves de articulação e dores crônicas na região cervical, cabeça e pescoço.
Câncer de boca: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; dor persistente na boca, na garganta ou no ouvido; dificuldade ao engolir; qualquer inchaço ou nódulo na boca, na garganta ou no pescoço que não diminuem; rouquidão ou mudanças na voz que persistem, podem ser sinais de câncer oral.
Anemia: a ausência de glóbulos vermelhos saudáveis causa fadiga, palidez, falta de ar e tonturas. Outra manifestação é uma língua mais lisa e descorada (ideal é que esse músculo esteja sempre áspero e brilhante).
Diabetes: os níveis elevados de glicose no sangue podem afetar as células sensoriais do paladar, causando um gosto amargo ou gosto de sal na boca. Além disso, o diabetes pode aumentar o risco de infecções nas gengivas e nos ossos que sustentam os dentes, ocasionando a perda dentária e deixando, frequentes, as gengivas vermelhas e sensíveis. Importante ainda dar atenção ao sangramento gengival, que é frequentemente um dos primeiros sinais de doença periodontal, e pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver essa condição.
“Ir ao dentista é tão sério como os check-ups de sangue, urina, ou de imagem. Isso porque odontologia não se resume a dentes. Por isso, é fundamental escolher profissionais que priorizem um exame clínico aprofundado, considerando a saúde e a função da boca em primeiro lugar, colocando a estética somente como uma aliada”, destaca.

30% dos tumores no Brasil são de pele: Dezembro Laranja reforça a prevenção.
Campanha mostra a importância do diagnóstico precoce para combater a doença mais comum entre os brasileiros
O mês de dezembro traz à tona um tema de extrema relevância para a saúde pública: a prevenção ao câncer de pele. Batizado como Dezembro Laranja, o movimento tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos dessa doença, que é a mais comum entre os brasileiros, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Além de informar sobre os fatores de risco e formas de prevenção, a campanha também busca destacar a importância do diagnóstico precoce, essencial para aumentar as chances de cura e reduzir sequelas. |
A luz solar, enquanto vital para a vida, também pode ser uma inimiga em potencial. A exposição prolongada e desprotegida é a principal causa do câncer de pele, e os danos acumulados ao longo dos anos podem se manifestar de formas severas. Nesse cenário, o uso de protetor solar, chapéus, óculos de sol e roupas adequadas emerge como uma das principais barreiras contra a doença. Ainda assim, muitas pessoas negligenciam esses cuidados básicos, reforçando a necessidade de campanhas educativas como o Dezembro Laranja.
“O câncer de pele ocorre principalmente nas regiões mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas”, explica a Dra. Sílvia Picado, Médica Cirurgiã de Cabeça e Pescoço da Prefeitura Municipal de Santos e Diretora Social da APM Santos. “Os sinais de alerta incluem manchas que coçam, descamam ou sangram, sinais que mudam de tamanho, forma ou cor, e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Por isso, é essencial conhecer o ABCD do câncer de pele”, orienta a especialista. Segundo o critério ABCD, deve-se observar a assimetria, as bordas irregulares, as variações de cor e o diâmetro das lesões, sendo que diâmetros superiores a 6 mm merecem atenção.
Entre os tipos de câncer de pele, o carcinoma basocelular é o mais comum e, apesar de atingir camadas mais profundas da pele, não está associado a altas taxas de mortalidade. O carcinoma espinocelular, por sua vez, pode causar sintomas como enrugamento e perda de elasticidade nas áreas afetadas. Já o melanoma, embora menos frequente, é o mais agressivo e exige maior atenção devido à sua alta taxa de mortalidade. “Quando diagnosticado precocemente, o melanoma apresenta altas chances de cura. Por isso, qualquer alteração na pele deve ser avaliada por um médico”, reforça a Dra. Sílvia.
A especialista também destaca a importância de medidas preventivas no dia a dia. “Além de usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, é necessário reaplicá-lo a cada duas horas ou após mergulhos e transpiração intensa. Também é importante utilizar protetor labial e lembrar de proteger o couro cabeludo, especialmente os calvos”, afirma. Outro ponto relevante é evitar o bronzeamento artificial, prática que está associada ao aumento significativo do risco de desenvolver a doença.
O tratamento do câncer de pele varia conforme o tipo e o estágio da doença, mas geralmente inclui cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. “Com o diagnóstico precoce, é possível realizar cirurgias menos agressivas, reduzindo as sequelas e aumentando as chances de recuperação”, finaliza a Dra. Sílvia Picado. Portanto, o recado é claro: cuidar da pele é mais do que uma questão de estética; é uma questão de saúde.
Sobre Sílvia Picado A Dra. Sílvia Picado possui graduação em Ciências Médicas pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Concluiu Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço em 2015 e obteve o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) no mesmo ano, tornando-se membro efetivo e integrante da atual comissão de marketing da SBCCP.
Em 2019, a Dra. Sílvia Picado concluiu o mestrado no programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atualmente, exerce o cargo de professora na UNILUS e é a Diretora Social da Associação Paulista de Medicina de Santos (APM Santos).

Causas, tipos e tratamentos: saiba tudo sobre feridas em pacientes diabéticos.
Conscientização do Diabetes - momento importante para alertar sobre os riscos e entender melhor o tratamento adequado às feridas
O diabetes é uma doença crônica que pode causar uma série de complicações de saúde, e as feridas estão entre as mais frequentes e preocupantes. As feridas em pacientes diabéticos têm uma maior prevalência devido a uma combinação de fatores que tornam o processo de cicatrização mais lento e as infecções mais comuns: a má circulação sanguínea, a neuropatia (dano nos nervos) e a resposta imunológica comprometida. |
Novembro, Mês Mundial de Conscientização do Diabetes, foi um momento importante para alertar sobre os riscos e entender melhor o tratamento adequado às feridas em pacientes diabéticos. Em todo o país, ações voltadas à informação, educação e prevenção sobre a doença ajudam no enfrentamento de complicações como feridas crônicas e amputações.
Uma delas é o projeto social Dia D, da Cicatriclin, referência nacional no tratamento de feridas e cuidados com pacientes diabéticos, que leva à população dicas de educação física, serviços de podologia e de nutrição, entre outros. O resultado é o aumento no número de diagnósticos precoces, maior adesão a tratamentos preventivos e a redução nos casos de complicações graves associadas à diabetes - menos amputações, menos hospitalizações e uma melhora visível na qualidade de vida dos brasileiros.
Os tipos de feridas mais comuns em pessoas com diabetes são as úlceras nos pés (conhecidas como “pé diabético”) e feridas em outras áreas de pressão, como os calcanhares e a região sacral (no fim da coluna, próximo ao cóccix).
O pé diabético é, sem dúvida, uma das complicações mais sérias, responsável por grande parte das amputações em diabéticos. Essas lesões ocorrem principalmente devido à perda de sensibilidade, causada pela neuropatia, e à má circulação nos membros inferiores, que impede o fornecimento adequado de oxigênio e nutrientes às células, dificultando a cicatrização.
O que torna as feridas em diabéticos diferentes daqueles de outros pacientes. As feridas em diabéticos têm características específicas que as diferenciam de lesões em outros pacientes. Elas frequentemente aparecem como úlceras abertas, com bordas irregulares, pele endurecida ao redor e, muitas vezes, com presença de necrose (tecido morto). Além disso, podem drenar pus, ter um odor forte e exibir sinais de infecção, como vermelhidão e calor na área afetada. A progressão de uma ferida que inicialmente parece pequena pode ser rápida e devastadora se não tratada adequadamente.
Essas feridas podem complicar e gerar graves consequências para a saúde devido à vulnerabilidade dos pacientes a infecções e à dificuldade do corpo em curar feridas. A combinação de má circulação e sistema imunológico enfraquecido significa que até mesmo pequenos ferimentos podem se transformar em grandes infecções, que podem atingir os ossos ou resultar em gangrena. Em muitos casos, se essas complicações não forem controladas, a amputação pode se tornar necessária. Como deve ser o tratamento de feridas em pacientes com diabetes?
O tratamento das feridas em diabéticos deve ser feito de forma multidisciplinar. A primeira medida é o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue, já que a hiperglicemia interfere diretamente no processo de cicatrização. O acompanhamento de um médico especializado, como o angiologista ou cirurgião vascular, é fundamental, e um especialista em tratamento de feridas também deve ser consultado para tratar a pele e as lesões em si.
Ao lidar com a ferida, o profissional deverá fazer a limpeza e o desbridamento (remoção de tecidos mortos), com o uso de curativos específicos para úlceras e, em casos mais avançados, terapias mais intensivas, como a terapia por pressão negativa ou enxertos de pele. Além disso, o uso de antibióticos pode ser necessário para controlar infecções.
Os pacientes também são orientados a reduzir a pressão nas áreas afetadas, usando calçados especiais ou mantendo repouso. A avaliação contínua por uma equipe multidisciplinar é essencial para prevenir complicações mais graves.
A Cicatriclin, maior rede de tratamento de feridas do Brasil, possui em todas suas unidades equipe médica e estrutura completas para o atendimento de pacientes com diabetes e o tratamento de suas feridas. Além disso, dra. Bianca Oliveira, fundadora da rede, está à disposição para entrevistas sobre o assunto e sobre o projeto social Dia D.


Terapias complementares podem ser utilizadas no tratamento da fibromialgia; entenda como.
Especialista da Unimed Araxá explica as abordagens mais recomendadas e seus benefícios
A fibromialgia é uma condição complexa e desafiadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo o médico reumatologista da Unimed Araxá, Carlos Eugênio Parolini, a doença é caracterizada por dores crônicas generalizadas, fadiga, distúrbios do sono e dificuldades cognitivas (concentração, raciocínio, controle dos pensamentos, aprendizagem, etc.). “Embora o tratamento convencional com medicamentos e fisioterapia desempenhe um papel importante no manejo da doença, muitas pessoas também buscam terapias complementares para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida”, ressalta. |
Especialista em tratamentos de fibromialgia, o médico destaca que uma das abordagens mais recomendadas é a prática de exercícios regulares. “Eles podem incluir alongamentos (pilates), atividade aeróbica de baixo impacto como a caminhada, natação e hidroginástica. O treinamento de força também é benéfico para fortalecer os músculos e diminuir a sensação de fadiga”, indica.
A alimentação saudável também desempenha um papel importante. “O uso de dieta anti-inflamatória (restrição de açúcares, farinha refinada) e rica em frutas, vegetais, grãos integrais, além de ácidos graxos e ômega 3 (linhaça, sardinha, salmão, etc.) podem também beneficiar o tratamento. A dieta pode ser acompanhada do uso de suplementos como o magnésio (dimalato) e melatonina. Fora isso, temos as atividades físicas integrativas (mente e corpo) associadas à meditação, respiração e autocontrole: yoga, tai chi e lian gong”, destaca.
Técnicas corporais 1) Acupuntura: sistêmica (agulhas em vários pontos distribuídos no corpo), auriculoterapia (agulhas na orelha), acupuntura com laser (sem agulhas, indolor), eletroestimulação com agulhas; 2) Massoterapia: alívio da tensão muscular; 3) Osteopatia: liberação das fáscias e músculos; 4) Hidroterapia: terapia da água aquecida, assistida por fisioterapeuta para liberar as tensões musculares; 5) TDCS: estimulação elétrica transcraniana, para diminuir a dor; 6) EMT: estimulação magnética transcraniana para diminuir a dor; 7) Reiki: foco no campo energético; 8) Terapia crânio-sacral: equilíbrio do sistema nervoso e das tensões.
Atividades e terapias cognitivo-comportamental: 1) Meditação: alívio da dor, controle do estresse, autoconhecimento; 2) Psicoterapia cognitivo-comportamental – realizada por psicólogo – reestruturação dos pensamentos; 3) Arteterapia: melhora da expressão emocional; 4) Musicoterapia: melhora da expressão emocional; 5) Participação em grupos de apoio com equipe multidisciplinar.
Importante A educação do paciente no sentido de saber o que é a fibromialgia, que tem tratamento, que não leva à invalidez e a importância do conhecimento sobre o autocuidado com sua mente e seu corpo são pontos essenciais no manejo da fibromialgia. Por isto, torna-se imprescindível o tratamento do paciente com fibromialgia por equipes interdisciplinares (médico reumatologista, psicólogo, terapeutas, educadores físicos e nutricionista). “O reumatologista é o especialista responsável para tratar o paciente com fibromialgia e direcioná-lo para quais terapias melhor o atendem naquele momento, em uma decisão compartilhada”, finaliza Dr. Carlos Parolini. |
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