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SAÚDE

Outubro rosa: Médico esclarece mitos entre próteses de silicone e câncer de mama e explica detalhes sobre cirurgia reconstrutora



Dr. Luiz Haroldo Pereira, membro e ex-presidente da SBCP, afirma que o percentual de pacientes com próteses que desenvolvem câncer de mama está abaixo da média geral. Além disso, o cirurgião diz que cirurgia reconstrutora já pode ser feita junto à mastectomia na maioria dos casos

Outubro Rosa, o mês da conscientização sobre o câncer de mama chegou e com ele, muitas dúvidas surgem sobre a doença que vem mostrando um crescimento alarmante no Brasil, segundo o INCA. Acometendo majoritariamente mulheres, uma das preocupações além da saúde, é que o diagnóstico também mexe com a autoestima mesmo após o tratamento.

No entanto, de acordo com o Dr. Luiz Haroldo Pereira, cirurgião plástico membro e ex-presidente da SBCP com mais de 40 anos de experiência, com a evolução da tecnologia e das cirurgias estéticas, não precisa mais ser assim, já que hoje consegue-se detectar o câncer em estágio inicial e em alguns casos, a cirurgia reparadora pode ser feita de imediato, junto com a mastectomia.

“Quando falamos sobre reconstrução, precisamos avaliar primeiro o câncer de mama. Hoje a doença pode ser descoberta na fase mais precoce possível, com meio centímetro. E quanto menor o câncer, mais opções de reconstrução nós temos”, explica o médico.

Na maioria dos casos, a retirada completa da mama, o que muitas mulheres temem, não é mais necessária. “Cerca de 95% dos pacientes podem fazer a quadrantectomia, que retira somente a região comprometida, fazendo um quadrante. A mastectomia radical, que retirava toda a mama, ficou no século passado”.

Após a retirada e a avaliação para certificar que o câncer foi retirado em sua totalidade, a reconstrução já pode ser feita. “De modo geral, as reconstruções são feitas ao mesmo tempo. Você tira a lesão e já reconstrói. Se a mama foi muito retirada, colocamos um expansor para manter a pele e muitas vezes já podemos colocar uma prótese embaixo do músculo, em casos mais brandos”. 

O médico também é categórico ao afirmar que os implantes não têm qualquer ligação com o aumento da probabilidade de desenvolver câncer de mama. “O percentual é bem pequeno. Porque são pacientes que passaram pelo pré-operatório, em que estudamos radiologicamente as mamas. Então muitas vezes conseguimos detectar algo precoce antes dos implantes. Existem estudos que alegam que a proporção é inclusive menor em pacientes com próteses, mas de modo geral, não tem ligação comprovada”.

Caso a paciente tenha próteses e seja diagnosticada com câncer de mama, de fato a retirada do implante será necessária. “Será feita a retirada, o quadrante e a avaliação da reconstrução que pode ser feita. Só em casos muito específicos e radicais que a reconstrução não será feita no mesmo momento, mas é raro. E pouco tempo depois, a paciente já poderá colocar o silicone novamente, se quiser”.

E como o principal é sempre manter os exames em dia, o médico tranquiliza pacientes com próteses sobre a mamografia: “Com os implantes modernos, o risco de haver um rompimento é mínimo. Até porque, hoje existe a mamografia digital e a ressonância magnética, que não fazem nenhum trauma na região mamária. O importante é não deixar de fazer os exames regularmente”, conclui.

Saiba mais sobre Dr. Luiz Haroldo Pereira
Dr. Luiz Haroldo Pereira, que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. O médico já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspiração, implantes de silicone e outros procedimentos.


Envelhecimento e saúde mental: um olhar mais afundo



O envelhecimento é um processo natural da vida, acompanhado de diversas transformações físicas e emocionais. Embora fundamental para uma velhice feliz e saudável, a saúde mental é muitas vezes negligenciada neste processo.

Ao longo dos anos, com a aposentadoria, perda de entes queridos, deterioração da saúde física e limitações naturais da idade, são desencadeados sentimentos de tristeza, solidão e angústia.

“Percebemos o envelhecimento, em geral, quando percebemos o envelhecimento dos nossos pais, seja pelo andar mais lento, por vezes curvado, pequenos lapsos de memória ou dificuldade em executar ações que até pouco tempo atrás faziam parte de suas rotinas”, explica a psicanalista Maristela Carvalho. 

Há outras situações que evidenciam o passar dos anos, como um maior cansaço ao longo do dia, sem a mesma disposição de antes, ou observar que os filhos, antes crianças pequenas e dependentes, num piscar de olhos criam asas e tornam-se adolescentes, jovens adultos, com autonomia e independência.
 
Saúde física e mental: atenção
Enquanto a saúde física já está claro para a grande maioria que pode e deve ser cuidada ao longo da vida, através da prática de exercícios e cuidados com a alimentação, pouco se fala sobre os diversos cuidados que também devemos ter, ao longo da vida, para preservar e prevenir problemas com a saúde mental.

A falta de informação contribui para esse cenário, que até pouco tempo atrás era dominado por pensamentos de que problemas mentais são comuns na velhice e fazem parte do processo de envelhecimento. Mas isso está mudando. Não podemos aceitar essas questões como ‘normais’, muito menos negligenciar quando são identificadas em pessoas próximas.

Saúde mental na terceira idade
A velhice precisa ser preparada, porque a mudança física é brusca, alerta Maristela. 

“Não ter mais as atividades que tinha com 40, 50, 60 anos, requer encontrar novos interesses e novas atividades, que se adequem ao momento físico e emocional do presente. Para essa descoberta, o processo de autoconhecimento é fundamental e permitirá redescobrir interesses.” 

Essa mudança não é fácil, especialmente quando estamos sozinhos. Mudanças geram demandas e amadurecimento. É preciso estar preparada para assistir à chegada dessas novas etapas com outro olhar”, orienta a psicanalista.

O primeiro grande passo para manter a saúde mental em dia é ter uma vida social ativa. Participar de atividades sociais, cultivar amizades e manter contato com a família são fundamentais para combater a solidão e a depressão.

A atividade física também deve ser praticada regularmente, com orientação profissional. Além de reduzir o estresse, manter-se em movimento proporciona melhora do humor e da autoestima.

Além do corpo, a mente também deve estar em movimento. Ler, fazer palavras cruzadas, aprender novas habilidades, participar de atividades individuais ou em grupo estimulam o cérebro e ajudam a prevenir o declínio cognitivo.

“O idoso está sempre relembrando o passado, o tempo em que era ativo, protagonista na vida das pessoas com quem convivia”, observa a psicanalista. 

Perder essa posição e observar cada vez mais a sua dependência deve acontecer gradativamente, permitindo que essa mudança de ciclo seja acompanhada por novos interesses e redescobertas de vida.

Por fim, em caso de dúvidas ou caso haja mudanças repentinas de hábitos, não hesite em procurar um profissional.

“Olhar para a nossa história de forma diferenciada, entender as nossas dores, o nosso percurso, as dificuldades, é importante para que possamos agir de acordo com esta nova realidade. Contar com a ajuda profissional, como um psicoterapeuta, auxiliará neste processo, abrindo janelas e portas”, sugere Maristela.

Cuide de seus idosos, construa uma rede de apoio e permita que ele se sinta amado e acolhido. Desta forma, é possível garantir uma velhice mais feliz e saudável.

Maristela Carvalho é formada em pedagogia pela PUC/SP; em psicanálise pelo Centro de Estudo Psicanalítico; e em psicologia pela Université Lumière Lyon II, na França. É membro do Grupo APOIAR e do Centro de Refugiados da USP, nos quais presta serviços de apoio à saúde mental para refugiados e pessoas em situação de vulnerabilidade social, e do Órion Instituto Médico.


Bruxismo afeta uma em cada cinco crianças


Especialista explica que o hábito de ranger os dentes pode ser mais intenso em crianças em idade pré-escolar, devido a particularidades estruturais e funcionais dos dentes de leite


O bruxismo, caracterizado pelo ranger ou apertar involuntário dos dentes, é um transtorno que afeta uma parte significativa da população infantil. Segundo estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, aproximadamente 40% das pessoas sofrem desse distúrbio e estima-se que entre 14% e 20% das crianças sejam impactadas. A Associação Brasileira de Odontologia indica que na infância, a patologia costuma ser mais recorrente em três períodos: dos dois aos quatro anos, dos 10 aos 12, e aos 18.  

Amanda Higa, especialista em disfunção temporomandibular e dor orofacial da Clínica Omint Odonto e Estética, descreve que “o bruxismo infantil pode ser desencadeado por uma combinação de fatores, incluindo genética, refluxo, uso de certos medicamentos, ansiedade, estresse, problemas respiratórios, qualidade do sono e até mesmo alterações neurológicas e comportamentais”.

A especialista explica que na infância o bruxismo tende a ser mais intenso nas crianças na fase pré-escolar, por conta das particularidades estruturais e funcionais dos dentes de leite, um comportamento considerado normal nessa idade e que geralmente desaparece. Mas pode persistir e desenvolver-se em crianças mais velhas, já com dentição permanente.  

“Esse transtorno pode ocorrer tanto durante o sono, sendo uma atividade inconsciente e com produção de sons, quanto no estado de vigília, ou seja, acordado, qualificado como um movimento semivoluntário da mandíbula, podendo ser um hábito ou tique”, esclarece.  
 
Diagnóstico e tratamento 
Identificar o bruxismo nas crianças pode ser desafiador, especialmente porque muitas vezes ocorre durante o sono. Os pais devem ficar atentos a sinais como ranger de dentes, dor de cabeça, zumbido nos ouvidos, dores musculares no rosto e estalos na mandíbula. “O diagnóstico é realizado a partir de uma anamnese cuidadosa e avaliação clínica para identificar desgastes dentários, linha alba (uma elevação esbranquiçada e linear que se forma nas bochechas) e dores na face”, explica Higa. 

O uso em excesso de smartphones, tablets e videogames também pode desencadear o bruxismo. A luz emitida por esses dispositivos, conhecida como “luz azul”, é um estimulante cerebral, o que tende a afetar a produção do hormônio do sono.  

Ter um horário regular para dormir e evitar atividades estimulantes antes de repousar são hábitos simples que ajudam. “A má qualidade do sono contribui para o surgimento de problemas, como cognição prejudicada, redução do desempenho acadêmico, maior risco de desenvolver obesidade, e dificuldades comportamentais e de controle da emoção”, destaca Higa. 

O tratamento do bruxismo em crianças pode variar, dependendo da causa e da gravidade. Entre as opções estão o uso de protetores bucais feitos sob medida para prevenir o desgaste dos dentes, intervenções comportamentais e psicológicas, como técnicas de relaxamento e, em alguns casos, a correção de problemas de oclusão dentária. 

Em determinadas situações, o bruxismo pode estar associado a problemas respiratórios, gastroesofágicos e distúrbios do sono, o que reforça a importância de uma avaliação por diferentes profissionais. “Hoje, o tratamento é multidisciplinar e, às vezes, além do dentista é necessário envolver um otorrinolaringologista, psicólogo, gastroenterologista e até mesmo um especialista em sono”, acrescenta a especialista.  

Se não tratado adequadamente, o bruxismo infantil pode levar a problemas mais sérios, como desgaste significativo da arcada dentária, dores orofaciais e até mesmo danos às articulações temporomandibulares (ATM). Por isso, é recomendado que os pais acompanhem a saúde oral da criança com visitas regulares ao dentista, para que, caso necessário, se inicie o tratamento precocemente, evitando maiores complicações.


Outubro Rosa: Como a prática de Yoga ajuda a combater o problema?


O Yoga ajuda a melhorar a qualidade de vida de pacientes com câncer de mama e combate alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolvê-lo, explica a professora de Yoga, especializada no Método Kaiut Yoga, Bruna Tiboni Kaiut



Outubro Rosa é um movimento anual que acontece todo ano para lembrar a importância de cuidar da saúde e prevenir o câncer de mama.

Segundo o INCA - Instituto Nacional do Câncer, estima-se que haja 73.610 novos casos em 2024, o que o torna novamente o tipo de câncer mais presente em mulheres no Brasil.

Sintomas do câncer de mama
Os sintomas do câncer são diferentes em cada mulher, e algumas podem, inclusive, não apresentar nenhum desses sinais, por isso, é importante ficar atenta a qualquer mudança para um diagnóstico precoce. Confira os principais:

- Caroço ou nódulo no seio;
- Alterações no tamanho ou formato do seio;
- Inchaço ou dor nas axilas;
- Mudanças na pele do seio (vermelhidão ou ondulações);
- Secreção anormal pelo mamilo.

Fatores de risco para o câncer de mama
Apesar de ser majoritariamente influenciado pela genética e histórico familiar da paciente, existem outros fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença. Confira os principais:

1. Sedentarismo;
2. Consumo excessivo de álcool;
3. Sobrepeso ou obesidade;
4. Exposição prolongada a hormônios (como uso de reposição hormonal inadequada);
5. Tabagismo.

O Yoga pode ajudar a amenizar sintomas e prevenir a doença
Existem diversos estudos que comprovam a melhora na qualidade de vida de pacientes oncológicas, além de combater fatores de risco para o câncer de mama, como explica a professora de Yoga, especializada no Método Kaiut Yoga, Bruna Tiboni Kaiut.

“Vários estudos já mostram os benefícios do yoga em assistência emocional e física para pacientes em tratamento oncológico, mas ele também ajuda a combater hábitos nocivos que aumentam o risco de desenvolver o problema, como o sedentarismo e desregulação hormonal.”

“Outro ponto importante de ser lembrado é que o Yoga é mais que as suas práticas, mas também é um estilo de vida que inclui, atividades físicas, uma alimentação equilibrada, sono de qualidade, controle do estresse, etc., o que faz com que o risco fora a genética seja reduzido”, explica Bruna Tiboni Kaiut.

Sobre Bruna Tiboni Kaiut 
Bruna Tiboni Kaiut é professora especialista no Método Kaiut Yoga, com formações pelo Instituto Kaiut Yoga e Una Yoga, empresária, proprietária da unidade do Kaiut Yoga Batel em Curitiba e da TK redação empresa especializada em tradução e redação de documentos.


Dormir com as pernas elevadas pode prevenir varizes? Descubra!



Uma pessoa que tem o hábito de ficar em pé ou sentada por longos períodos já pode ter se deparado com pés e tornozelos inchados ao final do dia. Outros sintomas possíveis são dores, desconforto, sensação de perna cansada ou pesada, coceira na pele, dormência etc. Eles são frequentes em quem sofre com varizes.

As reclamações são recorrentes e as causas das varizes podem ser variadas. Muitas pessoas ainda acham que essa é uma preocupação apenas estética. No entanto, ela vai além. Trata-se de uma doença que compromete a qualidade de vida. É preciso entender sobre ela para saber, por exemplo, se dormir com as pernas elevadas resolve o problema.

Dormir com as pernas elevadas é eficaz contra varizes?
Depois de saber um pouco mais sobre as varizes, você acha que é possível fazer algo para evitar que elas apareçam? Dormir com as pernas elevadas seria bom para prevenir o surgimento delas?

A verdade é que, até o momento, não há um método que evite o aparecimento das varizes. O que se faz é tratar os sintomas e as consequências depois que elas surgem. Ou seja, elas vão aparecer em quem tiver a tendência, independentemente do que a pessoa faça. Atitudes pessoais, no entanto, ajudam muito na qualidade e intensidade dos sintomas, além de colaborarem com a saúde da perna como um todo.

Logo, dormir com as pernas elevadas não previne varizes. Porém, o hábito costuma trazer benefícios para quem já tem o problema: ele ameniza os sintomas (reduzindo o edema de pés e tornozelos). Isso, claro, deve ser aliado a outros cuidados e ao tratamento cuidadoso para que as dificuldades não piorem com o tempo.

Quais hábitos podem amenizar os sintomas?
Embora ainda não existam informações sobre aspectos que previnam as varizes, sabe-se de fatores que oferecem maior risco para desenvolver a doença ou aumentar os sintomas, por exemplo, elementos genéticos e ocupacionais, sedentarismo, obesidade etc.

Então, confira algumas medidas que podem agregar mais qualidade de vida e aliviar os incômodos.

Praticar exercícios físicos regularmente
A prática de exercícios físicos é muito importante para amenizar os desconfortos das varizes, já que o sedentarismo oferece maior risco para o agravamento do problema. Além disso, as atividades mantêm as pernas ativas e aliviam dores. Elas também ajudam na perda de peso e previnem a obesidade.

Entretanto, preste atenção na hora de escolher os exercícios. Deve-se priorizar os que mantêm suas panturrilhas em movimento, como caminhadas, ciclismo, natação, hidroginástica e pilates. A flexão do tornozelo, se você fica muito sentado, é outro exercício muito recomendado, pois as panturrilhas são fundamentais para a boa circulação e diminuição do inchaço nos membros inferiores.

Diminuir o consumo de sal
O consumo de sódio em excesso faz com que as células retenham líquido, eleva a pressão arterial e dificulta a circulação sanguínea. As consequências para quem tem varizes podem ser: desconforto, pois as pernas podem ficar mais inchadas. Por isso, o ideal é reduzir o seu consumo.

Tente manter distância de alimentos industrializados e processados, que contêm níveis elevados de sal e são vilões da boa saúde. Leia os rótulos para detectar a presença deles e prefira consumir alimentos ricos em fibras. As frutinhas vermelhas, como cerejas, cranberry são boas amigas na alimentação de quem sofre com varizes.

Usar meias de compressão
Em vários casos, os médicos especialistas em varizes orientam seus pacientes a usarem meias de compressão para alívio dos sintomas. Elas ajudam melhorando o retorno venoso, reduzindo dor e inchaço.

Geralmente, as meias de compressão são indicadas para quem tem varizes ou já teve trombose, para gestantes e em outros casos específicos. Siga as recomendações do seu médico para utilizá-las adequadamente. Também são usadas durante as caminhadas e corridas. Existem modelos específicos para este fim. As meias hoje são modernas, elegantes, confortáveis e podem ser usadas sem medo em situações sociais. Seu médico poderá lhe dar estas dicas!

Agora você sabe que dormir com as pernas elevadas não previne varizes, mas pode melhorar o desconforto, junto com outras medidas que citamos. É importante seguir as dicas e as recomendações dos especialistas sobre esse assunto. Coloque essas orientações em prática e tenha mais qualidade de vida!

Fonte: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar, Professor Livre Docente em Cirurgia Vascular - FMUSP, Diretor Médico da Spaço Vascular, Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.


Perda urinária: quando se preocupar?



A perda urinária, também conhecida como incontinência urinária, é um problema mais comum do que se imagina e pode afetar pessoas de todas as idades.

No entanto, não é normal perder urina, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros.

Caso esteja ocorrendo com relativa frequência, ainda que em pequenas quantidades, o problema deve ser investigado e tratado.

Algumas situações exigem atenção especial:
· Perda de urina ao tossir, espirrar ou fazer esforço físico: pode indicar fraqueza nos músculos do assoalho pélvico.

· Urgência urinária: sentir uma necessidade súbita e forte de urinar, muitas vezes acompanhada de perda de urina.

· Incontinência urinária noturna: acordar à noite diversas vezes para urinar ou fazer xixi na cama.

· Dificuldade para controlar a bexiga: não conseguir segurar a urina por muito tempo.

· Dor ao urinar: pode indicar uma infecção urinária ou outro problema.

· Sangue na urina: sinal de alerta que deve ser investigado imediatamente.

Principais causas
As causas da perda urinária podem variar, como no caso de enfraquecimento do assoalho pélvico decorrente de gravidez e parto; diminuição dos níveis de hormônios femininos, na menopausa, afetando a bexiga e a uretra; ou perda da força e função de músculos e nervos da bexiga por conta do envelhecimento.

Algumas questões de saúde podem estar envolvidas. Em caso de obesidade, o excesso de peso pode pressionar a bexiga e causar incontinência. Doenças como a esclerose múltipla e o mal de Par-kinson podem afetar o controle da bexiga. Algumas cirurgias também podem causar danos aos nervos que controlam a bexiga.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da incontinência urinária envolve uma avaliação médica completa, que inclui informações sobre sintomas, hábitos e histórico médico; exame físico da região abdominal e pélvica, além de exames complementares, como teste de urina, ultrassonografia, urofluxometria e outros, dependendo da suspeita.

O tratamento da incontinência urinária depende da causa e da gravidade do problema. Algumas opções de tratamento incluem:

· Fisioterapia: exercícios perineais para fortalecer os músculos do assoalho pélvico.

· Medicamentos: para tratar a bexiga hiperativa ou relaxar os músculos da bexiga.

· Dispositivos médicos: cones vaginais, eletroestimulação da musculatura do assoalho pélvico e outros dispositivos podem ser utilizados.

Tratamento cirúrgico
Muitas vezes, será necessária a correção cirúrgica. Neste caso, diversas são as técnicas e formas de cirurgia, sempre visando o melhor resultado com o menor tempo de recuperação.

“Uma das opções é a cirurgia vaginal, que é considerada minimamente invasiva por utilizar um orifício natural do corpo da mulher: a vagina. Por este meio, é possível acessar o assoalho pélvico e realizar a correção necessária”, afirma o Dr. Alexandre.

Segundo o especialista, a cirurgia permite que haja manipulação mínima na cavidade pélvica, promovendo pronta recuperação e não deixando cicatriz aparente.


A cirurgia metabólica como aliada no controle do diabetes tipo 2


Endocrinologista da Unimed Araxá explica como ela funciona, benefícios e o papel do paciente no processo

Endocrinologista Najla Mattar

Já imaginou poder controlar o diabetes tipo 2 (DM2) sem depender de medicamentos diários? Para muitos pacientes, a cirurgia metabólica (CM) tem se destacado como uma ferramenta poderosa para alcançar essa realidade, abrindo novas portas para uma vida com mais saúde e qualidade. “Essa perspectiva, embora não seja uma ‘cura’ definitiva, representa um avanço significativo na busca por uma vida livre das complicações do diabetes”, afirma a endocrinologista da Unimed Araxá, Najla Mattar.

O diabetes tipo 2 
O diabetes tipo 2 é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil são quase 15 milhões de pacientes. Suas complicações, como doenças cardíacas, AVC, problemas renais e perda de visão, podem ser devastadoras. “Para pacientes com DM2 e obesidade que falharam nas mudanças do estilo de vida (MEV) e ao tratamento medicamentoso, a cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz”, conta a médica.

Cirurgia Metabólica
Cerca de 85% dos pacientes com DM2 vivem com sobrepeso ou obesidade. A cirurgia metabólica, indicada para pacientes com DM2 e obesidade (IMC acima de 30 kg/m2), vai além da simples perda de peso. Ela promove mudanças metabólicas que impactam diretamente no controle da glicemia, muitas vezes levando à remissão da doença, ou seja, à suspensão da necessidade de medicamentos, em até 65% dos pacientes após 5 anos.

Critérios 
A decisão de realizar a cirurgia exige uma avaliação criteriosa por uma equipe multidisciplinar. “Fatores como idade, tempo de doença, uso prévio de insulina, presença de complicações e outras condições de saúde são levados em consideração para garantir a segurança e o sucesso do procedimento. Lembrando que é necessário falência das MEV e do tratamento medicamentoso antes da cirurgia”, explica a Dra. Najla Mattar.

Benefícios 
A cirurgia metabólica não apenas melhora o controle glicêmico, mas também reduz o risco de complicações cardiovasculares, melhora o perfil lipídico e promove uma perda de peso significativa. Esses benefícios se traduzem em mais qualidade de vida, permitindo que os pacientes retomem atividades que antes eram limitadas pela doença.

O papel do paciente
Embora a cirurgia seja um passo importante, o paciente desempenha um papel crucial no sucesso do tratamento. “Manter hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, é essencial para garantir resultados duradouros”, alerta a endocrinologista. “Embora a CM seja uma ferramenta poderosa, o acompanhamento médico e a adoção de um estilo de vida saudável são fundamentais para alcançar resultados duradouros”, finaliza.


Dia do Psiquiatra: A importância de ter ajuda profissional para cuidar da sua saúde mental


Um acompanhamento especializado é importante para entender melhor cada situação e oferecer um suporte personalizado, afirma o Médico Psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento


Um profissional de saúde mental é essencial para identificar e tratar transtornos mentais (Foto: Reprodução/FreePik)

No dia 13 de agosto, foi comemorado o dia do psiquiatra, um profissional cada vez mais importante no dia a dia de todos para tratar e prevenir transtornos mentais; durante todo o mês é realizado um trabalho de conscientização sobre a importância desses profissionais.

A saúde mental nunca esteve em tanto debate quanto atualmente, e isso se deve ao aumento de casos de transtornos mentais em todo o mundo em decorrência de mudanças no estilo de vida e uso excessivo de redes sociais. Mas junto com essa preocupação, também surge um problema, o “auto-tratamento”.

Muitas pessoas ainda não têm total noção de que transtornos mentais, como qualquer outra condição, precisam de auxílio profissional para serem adequadamente diagnosticadas e tratadas, e acabam se auto-diagnosticando e não procurando um especialista.

“Um profissional de saúde mental é essencial para identificar e tratar transtornos mentais, coisas que nunca devem ser feitas por alguém sem qualificação”.

“Um acompanhamento especializado é importante para entender melhor cada situação e oferecer um suporte personalizado”, explica o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento.

Quais condições um médico psiquiatra trata?
- Depressão;
- Transtorno de Ansiedade Generalizada;
- Transtorno Bipolar;
- Esquizofrenia;
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC);
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
- Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT);
- Entre outras.

A banalização dos transtornos mentais
De acordo com o Médico Psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, atualmente existe um processo perigoso de banalização de transtornos mentais que afeta também a credibilidade de profissionais.

“Não é incomum achar hoje em dia pessoas que se auto-diagnosticaram com algum transtorno mental com base em informações tiradas da internet e ‘testes’ em redes sociais, isso tem acontecido principalmente com o TDAH, que se tornou um alvo perigoso.”

“Isso gera muitos diagnósticos errados, tratamentos incompletos ou inexistentes e descredibiliza os profissionais por tornar aparentemente ‘fácil’ fazer um diagnóstico.”

“É preciso ter consciência de que um transtorno pode ser muito perigoso se não tratado ou se mal tratado, por isso, sempre deve-se procurar ajuda especializada”, afirma Dr. Flávio H. Nascimento.

Sobre Dr. Flávio H. Nascimento
Dr. Flávio Henrique é formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.


Confira 5 dicas para aliviar as cólicas menstruais no frio



Ginecologista traz dicas de como amenizar as dores e desconfortos durante o período menstrual

Muitas mulheres sofrem com terríveis cólicas menstruais, que podem afetar diretamente a produtividade e qualidade de vida. Com a chegada da frente fria, o corpo é submetido a baixas temperaturas e fica mais sensível à dor. A razão é que, com o frio, os vasos sanguíneos se comprimem, podendo intensificar as cólicas. É comum o uso de medicamentos de farmácia, especialmente analgésicos e anti-inflamatórios, para o alívio momentâneo, porém existem outras formas de contribuir para o alívio das dores, sem abusar de remédios.

Apesar das cólicas serem comuns, essas dores podem estar atreladas a outras condições, como a endometriose, que atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, impactando profundamente a saúde da mulher. Segundo o ginecologista Dr. Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, quando as dores acontecem fora do período, é um sinal para buscar acompanhamento médico e iniciar um tratamento, portanto, o importante é observar os sinais que o corpo dá e se os sintomas persistirem, é recomendado procurar ajuda médica o quanto antes.

Confira algumas dicas do especialista para aliviar as cólicas em casa:
1 - Compressas de água morna
Uma das técnicas mais antigas e mais reconfortantes no período de cólica, pode ser explicada pelo fato do calor ativar o fluxo sanguíneo e amenizar as dores. Para fazer, basta colocar uma bolsa de água morna ou compressa no local das cólicas e deixar por cerca de 15 minutos. É importante proteger a pele do contato direto, colocando um pano entre a bolsa e a pele para evitar queimaduras.

2 - Aposte em bebidas quentes
As bebidas quentes têm o mesmo efeito da bolsa de água quente, auxiliando no alívio das dores. Porém, evite bebidas com cafeína, que tem o potencial de agravar as dores em algumas mulheres. Aposte em chás, como de camomila, hortelã, alecrim, louro e lavanda, que possuem propriedades relaxantes, calmantes e anti-inflamatórias.

3 - Atenção com a alimentação
Alguns alimentos, como doces e comidas mais gordurosas, podem causar inchaço e retenção de líquido em alguns organismos, aumentando o aparecimento de cólicas menstruais. Por isso, durante o ciclo, é interessante manter uma dieta mais equilibrada, evitando o excesso de açúcares e gorduras, dando prioridade para legumes, verduras, frutas e carnes magras, além de ingerir bastante água.

4 - Mantenha hábitos saudáveis
Exercícios físicos ajudam muito na diminuição da dor durante o período menstrual. Novamente, as atividades físicas aumentam o fluxo sanguíneo, liberando endorfina, auxiliando no controle das dores. Em contrapartida, fumar pode ser ainda mais prejudicial nessa época, por conta da vasoconstrição que o tabaco causa. Dessa forma, evitar fumar também é a melhor opção para amenizar as cólicas.

5 - Descanso
O estresse atrelado a um estilo de vida corrido, contribui bastante para o aumento das cólicas. Quando o corpo descansa durante um sono de qualidade, o equilíbrio é restabelecido. Então, o descanso aliado aos hábitos saudáveis, contribuem para um ciclo menstrual com menos desconforto.

Clínica Bellelis - Ginecologia -
O ginecologista Patrick Bellelis é Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), do Hospital do Câncer de Barretos.


Dores no corpo causadas pela ansiedade



Nos últimos tempos, com a possibilidade de estar cada vez mais municiado de informações sobre tudo, pelo avanço do advento tecnológico que despeja a cada segundo uma série de conteúdos sobre os mais variados assuntos, principalmente, sobre a saúde mental e suas diversas complexidades, podemos confirmar o quanto a conexão entre mente e corpo é poderosa e os efeitos devastadores da ansiedade demasiada em nosso corpo. 

Quando o nível de estresse e de ansiedade de uma pessoa, ultrapassa a normalidade, certamente, o corpo vai gritar e apresentar vários sintomas desconfortáveis, como um alerta de que algo precisa ser feito, como por exemplo: dores de cabeça intensas.

O estresse constante pode resultar em enxaquecas e dores de cabeça tensionais. Às vezes, essas dores aparecem sem um motivo claro, mas são um reflexo direto do nosso estado emocional. 

Outro sintoma intenso são as tensões musculares, principalmente, concentradas nos ombros e pescoço. A pessoa tem a sensação de que está carregando o peso do mundo. 

Essa rigidez muscular é muito comum em estados de estresse e ansiedade elevados e podem se agravar, especialmente nessas áreas, provocando ainda mais inflamações musculares. 

Juntamente com esses sintomas descritos, podemos também ter o agravamento e a associação dos problemas digestivos. Nestes caos, são aquelas situações em que, o famoso “frio na barriga” extrapola e vai além do clichê. A ansiedade pode desencadear síndromes como a do intestino irritável, causando desconforto e dores abdominais severas. 

E quem nunca, em uma crise de ansiedade, sentiu dores no peito? Sim, elas surgem e podem provocar aquela sensação de aperto no peito, gerando a falsa ilusão e até confundindo os sintomas com possíveis problemas cardíacos.

Embora seja sempre importante checar com um médico, frequentemente, essas dores estão ligadas a crises de ansiedade. 

Ainda sobre os sintomas de dores no corpo, refletidos pela ansiedade e estresse, não podemos esquecer da fadiga e insônia intensa.

Quando nosso corpo e mente estão exaustos, a tendência é que essa exaustão traga como consequência, noites mal dormidas e uma sensação constante de cansaço, agravando ainda mais os sintomas físicos. 

Enfim, quando falamos de saúde mental, muitos são os parâmetros que devemos observar para conseguir ter harmonia e tranquilidade para encarar os desafios diários, sem sofrer com as dores da mente ou do corpo.

Refletindo sobre isso, sabemos que para muitas pessoas, as dores da ansiedade se caracterizam como uma realidade diária, mas é possível buscar alívio com a terapia para trabalhar o autoconhecimento.

Desenvolver e praticar técnicas de respiração, terapias energéticas e ampliar os cuidados conscientes consigo mesmo. Esses são passos essenciais para restaurar o equilíbrio e a tranquilidade, sempre começando pelo simples e aprendendo a ouvir o corpo.

Dra. Andréa Ladislau /  Psicanalista


Dia do Cardiologista: médica alerta sobre a importância dos cuidados com a saúde do coração


Dia do Cardiologista é comemorado no dia 14 de agosto (Crédito: Freepik)

No Dia do Cardiologista, comemorado em 14 de agosto, a Dra. Julianny Freitas Rafael reforça a importância de manter a saúde cardiovascular em dia. Entenda como a consulta regular com um cardiologista pode salvar vidas

O Dia do Cardiologista é celebrado anualmente em 14 de agosto, uma data que não só homenageia esses profissionais, mas também chama a atenção para a importância da prevenção e do cuidado contínuo com a saúde do coração. No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Isso equivale a mais de 380 mil óbitos por ano, uma estatística alarmante que poderia ser reduzida com medidas preventivas e consultas regulares com um cardiologista.

Consulta médica regular auxilia na prevenção
Uma consulta com o cardiologista vai além de ouvir o coração com o estetoscópio. Esse profissional realiza uma avaliação completa que inclui histórico familiar, hábitos de vida, exames clínicos e laboratoriais, essenciais para detectar precocemente qualquer anormalidade.

A cardiologista especialista em arritmias cardíacas, Julianny Freitas Rafael esclarece que é recomendado fazer uma avaliação cardiológica anualmente a partir dos 45 anos para os homens e dos 50 anos para as mulheres, ou antes se houver histórico familiar de doenças cardiovasculares.

“A visita regular ao cardiologista é fundamental, especialmente para aqueles com fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, e sedentarismo,” explica a Dra. Julianny. “Esses fatores aumentam significativamente as chances de desenvolver doenças coronarianas e outros problemas cardíacos graves.”

Estilo de vida contribui para a saúde do coração
As doenças cardíacas, como infarto e insuficiência cardíaca, são amplamente associadas a fatores de risco modificáveis, como a má alimentação e a falta de exercício. De acordo com a SBC, a adoção de um estilo de vida saudável pode reduzir em até 80% o risco de doenças cardiovasculares. Isso inclui uma dieta balanceada, rica em frutas, legumes e grãos integrais, além da prática regular de atividades físicas.

“A prevenção começa com pequenas mudanças no dia a dia”, reforça Dra. Julianny. “A simples escolha de subir escadas em vez de usar o elevador, por exemplo, já pode fazer uma grande diferença ao longo do tempo.”

Estatísticas que alarmam
Segundo o Ministério da Saúde, a cada minuto, uma pessoa morre de doenças cardíacas no Brasil. Essas estatísticas colocam o país em alerta e destacam a necessidade de conscientização e ação preventiva. Mesmo entre os jovens, o aumento de casos de hipertensão e colesterol elevado preocupa os especialistas, uma vez que essas condições, se não tratadas, podem evoluir para complicações sérias em fases posteriores da vida.

A conscientização e a educação sobre os fatores de risco são passos essenciais para reduzir a incidência de doenças cardíacas. O cardiologista desempenha um papel fundamental nesse processo, não apenas diagnosticando e tratando, mas também orientando seus pacientes sobre como adotar um estilo de vida mais saudável.

“Educar o paciente também é uma importante função do cardiologista”, afirma Dra. Julianny. “Entender os riscos e saber como mitigá-los pode ser o diferencial entre uma vida longa e saudável e complicações graves no futuro.”

Sobre a Dra. Julianny Freitas Rafael - Médica cardiologista. Arritmologista da Casa de Saúde São José (CSSJ), Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC). Médica Cardiologista da Unidade Coronariana da CSSJ. Mestre em Ciências Cardiovasculares pelo INC. Especialista em Estimulação Cardíaca Eletrônica Implantável pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) / DECA AMB. Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)/ Associação Médica Brasileira (AMB). Especialista em Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca do Hospital Quali Ipanema. Capixaba, mas mora no Rio de Janeiro desde 2012. Mãe orgulhosa da Maria Luiza, de 6 anos.


Agosto Dourado - o mês dos cuidados com a amamentação



A Importância da amamentação nos primeiros meses para proteger o bebê de doenças, promover a nutrição, desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento da cavidade oral, desenvolvimento facial e da fala

Agosto é conhecido como o “Agosto Dourado”, um mês dedicado à conscientização e incentivo à amamentação. A fonoaudióloga Dra. Lourena Costa, especialista em Neurodesenvolvimento, explica a importância e os benefícios dessa prática para os bebês e as mães.

A amamentação é fundamental para a nutrição e o desenvolvimento do recém-nascido. Segundo a Dra. Lourena, o aleitamento materno oferece todos os nutrientes que o bebê necessita, além de atuar como a primeira forma de imunização até que ele receba as primeiras vacinas. “O aleitamento materno além de nutrir com tudo o que o recém-nascido precisa e ser a primeira forma de imunização até as primeiras vacinas, também promove um vínculo com a mãe, dando ao bebê conforto, segurança e o regulando emocionalmente.”

Benefícios da amamentação
Os benefícios da amamentação são inúmeros tanto para o bebê quanto para a mãe. Dra. Lourena destaca que a amamentação protege o bebê de diversas doenças, promove melhor nutrição, desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento da cavidade oral, desenvolvimento facial e da fala. Além disso, evita nova gravidez quando em aleitamento materno exclusivo, protege contra o câncer de mama, tem menor custo financeiro, promove o vínculo afetivo entre mãe e filho e melhora a qualidade de vida da família. Ela ressalta ainda que “o leite materno é um alimento completo para o bebê, protege contra inúmeras infecções e está sempre pronto e na temperatura certa para o bebê”.

Desenvolvimento da fala e linguagem
A sucção no seio materno é um fator crucial para o desenvolvimento da fala e linguagem do bebê, pois movimenta os músculos e estruturas da cavidade oral e da face, responsáveis pela articulação dos sons da fala. Dra. Lourena enfatiza que, se essa dinâmica de estimulação não ocorre, as estruturas não estarão preparadas para novas funções, como mastigação e, posteriormente, a fala. Ela recomenda a ajuda e orientação de um profissional quando há dificuldade ou impossibilidade de aleitamento materno.

Importância da posição do bebê
A posição do bebê durante a amamentação é igualmente importante, influenciando na sua sucção e deglutição. Dra. Lourena explica que um bebê mal posicionado pode ter dificuldade na manutenção da pega, na sucção e extração do leite, tornando o momento mais difícil e cansativo para ambos. A postura da cabeça do bebê deve estar sempre mais elevada que o restante do corpo para evitar engasgos e outras intercorrências.

Desafios comuns e como superá-los
Os desafios mais comuns durante a amamentação, como demora para a descida do leite, dificuldade na pega, ingurgitamento mamário, bico do peito plano ou invertido e baixa produção de leite, podem ser tratados com a avaliação e acompanhamento de profissionais especializados, como fonoaudiólogos e médicos.

Apoio da fonoaudiologia
Dra. Lourena destaca o papel da fonoaudiologia no apoio às mães e bebês que enfrentam dificuldades na amamentação. A fonoaudiologia promove orientação e manejo do aleitamento materno, ajudando nas dificuldades de pega, posição e rotinas da amamentação, além de realizar o teste da linguinha, exame neonatal obrigatório. Ela também recomenda técnicas específicas para a extração e armazenamento do leite materno, permitindo que as mães continuem amamentando mesmo após o retorno ao trabalho.

Mitos sobre amamentação
Existem muitos mitos sobre a amamentação que precisam ser desmistificados. Um dos mais comuns é que o leite materno é fraco, o que não é verdade. Dra. Lourena reforça que o leite materno é o melhor alimento para os bebês, rico em nutrientes necessários em cada fase do aleitamento exclusivo. Outro mito é que mulheres com bico plano ou invertido não conseguem amamentar, quando, na verdade, existem técnicas e recursos que podem auxiliar nesse processo com a ajuda de profissionais.

Alimentação da mãe
A alimentação da mãe também influencia a qualidade do leite materno. A fonoaudióloga recomenda uma dieta rica em frutas, cereais integrais, legumes, verduras, peixe bem cozido e muita água, evitando alimentos processados, leite de vaca, laticínios e carne vermelha.


Coqueluche: o que é, quais as fases e como prevenir?



Crianças menores de 1 ano de vida representaram mais de 52% das ocorrências no Brasil e Pequeno Príncipe reforça a importância da vacinação

coqueluche, também conhecida como tosse comprida ou tosse convulsa, é uma doença infecciosa aguda. Ela é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta as vias respiratórias, que levam o oxigênio até os pulmões. No Brasil, a coqueluche é controlada devido à vacinação em massa. Entretanto, o aumento dos casos no país e no mundo chamam a atenção para o tema. Diante desse cenário, o Pequeno Príncipe, o maior e mais completo hospital pediátrico do país, alerta mais uma vez para a importância de manter o calendário vacinal das crianças em dia. 

Os dados nacionais de 2019 a 2024 mostram que as crianças menores de 1 ano de vida representaram mais de 52% dos casos de coqueluche. Em seguida, crianças entre 1 e 4 anos, com cerca de 22%. De 2019 a 2023, todas as 27 unidades federativas do Brasil notificaram casos da enfermidade. O Paraná foi o quarto estado com maior registro e, entre janeiro e junho de 2024, contabilizou 16 ocorrências da doença.

A médica e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, explica que a doença é considerada um problema de saúde pública. Isso devido à longa duração do quadro dos pacientes infectados. “Pessoas de todas as faixas etárias podem contrair a coqueluche, mas as crianças menores de 1 ano são mais suscetíveis a desenvolvê-la com graves sintomas”, aponta.
 
Fases e sintomas da coqueluche
O contágio ocorre por meio das gotículas de saliva expelidas na tosse, espirro ou até mesmo na fala, com o contato direto da pessoa infectada com um indivíduo não vacinado. Os sintomas da coqueluche podem variar conforme a idade do paciente e a gravidade da infecção. Em geral, a enfermidade apresenta três estágios:

- Estágio catarral: assemelha-se a um resfriado comum, com coriza, febre baixa, espirros e uma tosse leve e ocasional.

- Estágio paroxístico: caracterizado por episódios de tosse intensa e incontrolável, seguidos por um som agudo ao inspirar. Esses episódios podem ser tão severos que causam vômito, exaustão e até mesmo morte súbita em crianças menores de 1 ano.

- Estágio de convalescença: a tosse gradualmente diminui em frequência e intensidade.

Complicações da doença
A coqueluche pode levar a complicações sérias, especialmente em crianças até 1 ano, como pneumonia, engasgos, fraturas de costelas devido à tosse intensa, lesão cerebral e até óbito. Em adolescentes e adultos, a doença pode causar complicações como incontinência urinária, desmaios e pneumonia.
 
Qual é a vacina para coqueluche? 
O Ministério da Saúde reforça que a principal forma de prevenção da coqueluche é por meio da vacinação de crianças ainda nos primeiros meses de vida. A vacina tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São três doses: aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade. Depois, um reforço aos 15 meses e um aos 4 anos.

Além disso, há recomendação de imunização de gestantes, a partir da 20ª semana, e puérperas, em todas as gestações. A vacinação evita o contágio ao recém-nascido, pois permite a transferência de anticorpos ao feto e protege o bebê nos primeiros meses de vida, até que possa ser imunizado.

Na rede privada, há uma versão acelular da tríplice bacteriana, feita com proteínas, que diminui as chances de efeitos colaterais após a aplicação. Na versão infantil, é aplicada em crianças a partir dos 4 anos de idade, com reforço a cada dez anos. Já o tipo adulto é recomendado como reforço para crianças entre 9 e 11 anos, adolescentes, adultos e idosos.

Sobre o Pequeno Príncipe
Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de cem anos para crianças e adolescentes de todo o Brasil. É referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Com 369 leitos, incluídas as 76 UTIs, atende em 47 especialidades e áreas da pediatria, que contemplam diagnóstico e tratamento, com equipes multiprofissionais, e promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, realizou cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. E, pelo terceiro ano consecutivo, a instituição figura como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, de acordo com um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.


São Paulo registra mais de 6 mil atendimentos relacionados à hepatite C em 2023

Crédito Foto: Freepik/ Divulgação

Doença é uma das principais causas de cirrose hepática e câncer de fígado, explica médico do Hospital Japonês Santa Cruz 

Levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que o estado de São Paulo registrou mais de 6 mil casos de incidência e detecção de hepatite C em 2023 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apresentando uma diminuição de 20% comparado com o ano anterior, quando foram registrados 7.607. A doença pode se apresentar de forma aguda ou crônica, sendo que entre 60% e 85% dos casos evoluem para a forma crônica ou para uma cirrose hepática. 

O mês de julho traz uma importante campanha instituída pela lei n° 13.802/2019. O dia 28 é marcado como o Dia Nacional de Combate à Hepatite, que visa conscientizar a população sobre os riscos das hepatites virais e a importância da prevenção.

A hepatite viral é uma inflamação do fígado causada por vírus específicos, sendo os mais comuns os vírus das hepatites A, B, C, D e E. Cada tipo de vírus é transmitido de maneira diferente e pode causar diferentes graus de gravidade da doença. As hepatites virais são responsáveis pela morte de 1,3 milhão de pessoas por ano, aproximadamente 3,5 mil por dia. As mais preocupantes são a hepatite B e C, que com o tempo podem se tornar crônicas. De acordo com os dados do Relatório Global sobre Hepatite de 2024, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 300 milhões de pessoas vivam com hepatite B e C no mundo.

“Na maioria das vezes, as hepatites são infecções silenciosas. Ou seja, não apresentam sintomas”, relata o infectologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Silvio Bertini. “Entretanto, quando os sinais são presentes, podem se manifestar como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, completa.

A hepatite A é geralmente transmitida por água ou alimentos contaminados, ou pelo contato direto com uma pessoa infectada. Já a hepatite B pode ser transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A hepatite C, por sua vez, é transmitida principalmente por meio do contato com sangue contaminado e é uma das principais causas de cirrose hepática e câncer de fígado. Hepatite D e E são também causadas por vírus específicos e têm suas próprias peculiaridades, como a dependência do vírus da hepatite B para a replicação no caso da hepatite D, e a transmissão fecal-oral para a hepatite E.

Tratamento e prevenção
“O tratamento varia de acordo com o tipo de hepatite e a gravidade da doença. Por exemplo, a hepatite A e a hepatite E não possuem um tratamento específico. Recomenda-se repouso, hidratação adequada e uma dieta equilibrada. Em casos mais graves, o médico recomendará medicamentos apropriados para combater a doença. No caso da hepatite B e C, geralmente o tratamento envolve o uso de medicamentos antivirais, visando suprimir a replicação viral e reduzir o risco de complicações hepáticas graves”, explica o especialista.

Já a hepatite D, o tratamento visa controlar a infecção pelo vírus da hepatite B, podendo ser usados os mesmos medicamentos prescritos para tratar pacientes com hepatite D crônica.

“As principais medidas de prevenção incluem a vacinação contra a hepatite A e B, o uso de preservativos durante as relações sexuais, o cuidado com a higiene pessoal e alimentar, e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal”, destaca o médico, ressaltando a importância da conscientização. “A conscientização fez com que o número de casos da doença diminuísse, mas ainda milhões de pessoas convivem com o vírus da hepatite sem conhecimento, aumentando o risco de transmissão para outras pessoas e o agravamento da doença”, conclui.


Câncer de cabeça e pescoço é o quinto entre os homens


O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que em 2024 serão diagnosticados aproximadamente 48 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil, cuja média anual fica entre 35 mil e 40 mil. Esse tipo de câncer corresponde a 3% do total e é o quinto entre os homens.

Julho Verde é uma campanha fundamental para a conscientização e prevenção do câncer de cabeça e pescoço, que inclui tumores na boca, língua, garganta, laringe e outras áreas. “O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura do câncer de cabeça e pescoço. Campanhas como esta são essenciais para conscientizar a população sobre a importância de manter uma rotina de exames preventivos”, disse Thayles Moraes, oncologista da Pró-Saúde.

A campanha também tem o objetivo de promover hábitos saudáveis para reduzir a incidência desse tipo de câncer, especialmente entre os homens, que são mais afetados. Os principais fatores de risco incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecção por HPV e exposição ocupacional a substâncias cancerígenas. 

Os principais sintomas desse tipo de câncer são:

– Lesões na cavidade oral ou nos lábios, que não cicatrizam por mais de 15 dias;

– Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas;

– Nódulos no pescoço;

– Rouquidão persistente;

– Dor de garganta que não melhora com o uso de antibiótico;

– Dor ou dificuldade para engolir ou respirar;

– Sangramento ou secreção persistente pelo nariz;

– Dor no ouvido ou dificuldade para ouvir;

– Dores de cabeça e tosse persistente.

Você sabia?

A vacina contra o HPV é uma importante medida preventiva, eficaz contra infecções que podem levar a vários tipos de câncer, como o de cabeça e pescoço.

Criada pela Associação de Câncer de Boca e Garganta, com apoio da Organização Mundial da Saúde, o tema de 2024 é “Vejo flores em você: Não permita que tumores brotem!” Eventos ao longo do mês buscam orientar sobre a prevenção e tratamento, além de oferecer exames preliminares para detecção de casos suspeitos. A campanha ganha força a cada ano, reforçando a importância do diagnóstico precoce e de hábitos saudáveis.

Então, o melhor a se fazer é prevenir. “É importante, portanto, que as pessoas tenham hábitos saudáveis, evitem beber e fumar, e se vacinem contra o HPV. Medidas como estas podem reduzir significativamente a incidência desse tipo de câncer. Por isso, é importante fomentar o engajamento nessas práticas de prevenção”, finalizou Moraes.


Esclerose múltipla: veja sinais e sintomas a que você deve ficar atento


Neurologista da Unimed Araxá explica ainda como é o curso da doença e como tratamentos ajudam a acelerar a recuperação das crises

A esclerose múltipla (EM) é uma doença potencialmente incapacitante do cérebro e da medula espinhal (sistema nervoso central). Segundo a médica neurologista da Unimed Araxá, Yvely Iunes Akel, nesta patologia o sistema imunológico ataca a bainha protetora (mielina) que cobre as fibras nervosas e causa problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Eventualmente, a doença pode causar danos permanentes ou deterioração das fibras nervosas.

“Os sinais e sintomas da EM variam amplamente entre os pacientes e dependem da localização e gravidade do dano às fibras nervosas no sistema nervoso central. Algumas pessoas com EM grave podem perder a capacidade de andar de forma independente ou de deambular. Outros indivíduos podem experimentar longos períodos de remissão sem quaisquer novos sintomas, dependendo do tipo de EM que apresentam”, explica a médica.

Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas da EM podem diferir muito de pessoa para pessoa e ao longo do curso da doença, dependendo da localização das fibras nervosas afetadas. Os sintomas comuns incluem: 

- Dormência ou fraqueza em um ou mais membros, que normalmente ocorre em um lado do corpo de cada vez 

- Formigamento 

- Sensações de choque elétrico que ocorre com certos movimentos do pescoço, especialmente inclinar o pescoço para frente (sinal de Lhermitte) 

- Falta de coordenação 

- Marcha instável ou incapacidade de andar 

- Perda parcial ou total da visão, geralmente em um olho de cada vez, muitas vezes com dor durante o movimento ocular 

- Visão dupla prolongada 

- Visão embaçada 

- Vertigem 

- Problemas com a função sexual, intestinal e da bexiga 

- Fadiga 

- Fala arrastada 

- Problemas cognitivos 

- Distúrbios de humor 

Curso da doença
A maioria das pessoas com EM apresenta um curso de doença remitente recorrente. Eles experimentam períodos de novos sintomas ou recaídas que se desenvolvem ao longo de dias ou semanas e geralmente melhoram parcial ou completamente. Essas recaídas são seguidas por períodos tranquilos de remissão da doença que podem durar meses ou até anos.

Pequenos aumentos na temperatura corporal podem piorar temporariamente os sinais e sintomas da EM. Estas não são consideradas recidivas verdadeiras da doença, mas pseudorecaídas. “Pelo menos 20% a 40% das pessoas com EM remitente-recorrente podem eventualmente desenvolver uma progressão constante dos sintomas, com ou sem períodos de remissão, dentro de 10 a 20 anos após o início da doença. Isso é conhecido como EM secundária progressiva”, conta a Dra. Yvely. 

O agravamento dos sintomas geralmente inclui problemas de mobilidade e de marcha. A taxa de progressão da doença varia muito entre pessoas com EM secundária progressiva. Algumas pessoas com EM apresentam um início gradual e uma progressão constante de sinais e sintomas sem quaisquer recidivas, conhecida como EM primária progressiva. 

Apesar de não haver cura para esta patologia, existem tratamentos que ajudam a acelerar a recuperação das crises, modificar o curso da doença e controlar os sintomas. “Consulte um neurologista de sua confiança se sentir algum dos sintomas acima por razões desconhecidas”, finaliza.


Palpitações: como diferenciar entre problemas do coração e ansiedade? Médica explica


A sensação de batimentos acelerados pode ocorrer tanto em arritmias quanto em crises de ansiedade. - Foto: Reprodução/ Freepik

Mais de 20 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de arritmia cardíaca. Todos os anos, a doença causa mais de 320 mil mortes súbitas no país

Apesar de compartilharem sintomas semelhantes, como palpitações e sensação de desconforto no peito, arritmias cardíacas e doenças emocionais como ansiedade e estresse são condições distintas que requerem abordagens diferentes para diagnóstico e tratamento.

“Arritmias cardíacas ocorrem quando há um problema nos sinais elétricos que regulam os batimentos do coração, resultando em ritmos irregulares”, explica a cardiologista especialista em eletrofisiologia Julianny Freitas Rafael. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), esse descompasso afeta mais de 20 milhões de pessoas no Brasil, gerando mais de 320 mil mortes súbitas por ano.

Por outro lado, ansiedade e estresse são respostas emocionais a situações desafiadoras e podem provocar sintomas físicos semelhantes. Segundo o Ministério da Saúde, os transtornos de ansiedade afetam 9,3% da população brasileira, e o estresse é uma condição comum no mundo moderno. A pesquisa Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Covitel) de 2023 revelou que 26,8% dos brasileiros relatam sofrer com ansiedade, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o Brasil como o país com maior prevalência do problema.

“A sensação de palpitações e batimentos acelerados pode ocorrer tanto em arritmias quanto em crises de ansiedade, o que pode confundir os pacientes”, explica a médica Julianny Freitas Rafael. “É fundamental que os indivíduos procurem orientação médica para um diagnóstico preciso.”

Identificação dos sintomas
A médica arritmologista destaca alguns diferenciais importantes:

- Arritmias cardíacas: são detectadas por exames específicos como eletrocardiograma (ECG) e monitoramento Holter, que registram a atividade elétrica do coração.

- Ansiedade e Estresse: são diagnosticados principalmente através de avaliação clínica e psicológica, considerando os sintomas emocionais e físicos relatados pelos pacientes.

A Dra. Julianny Freitas Rafael explica que sentir os batimentos cardíacos acelerados é um sintoma frequente de ansiedade. “Durante crises de ansiedade ou de pânico, os pacientes também costumam relatar tremores, suor excessivo, náuseas, tensão muscular, inquietação e dificuldades para dormir, entre outros sintomas.”

Quando buscar ajuda?
“O cuidado com a saúde deve ser o mais frequente que a pessoa conseguir. Fazer aquele tradicional check-up anual pode ajudar a identificar doenças precocemente”, alerta a Dra. Julianny. A médica arritmologista ainda orienta que, caso as palpitações sejam frequentes e acompanhadas de outros sintomas, o indivíduo deve buscar orientação médica.

Tratamentos e cuidados
“O tratamento para arritmias pode incluir medicamentos, procedimentos como ablação por cateter e, em alguns casos, implante de marca-passo”, explica a cardiologista especialista em arritmias cardíacas. “Já para ansiedade e estresse, terapias comportamentais, técnicas de relaxamento e, se indicado, medicação ansiolítica são eficazes. Neste caso, um psiquiatra poderá fazer a melhor indicação de tratamento.”

Entender as diferenças e buscar tratamento adequado para cada condição é essencial para o bem-estar geral. “Nunca ignore sintomas de palpitações ou desconforto no peito – consulte um especialista para um diagnóstico correto e tratamento adequado”, aconselha a Dra. Julianny Freitas Rafael.

Sobre a Dra. Julianny Freitas Rafael - Médica cardiologista. Arritmologista da Casa de Saúde São José (CSSJ), Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC). Médica Cardiologista da Unidade Coronariana da CSSJ. Mestre em Ciências Cardiovasculares pelo INC. Especialista em Estimulação Cardíaca Eletrônica Implantável pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac)/DECA AMB. Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) /Associação Médica Brasileira (AMB). Especialista em Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca do Hospital Quali Ipanema. Capixaba, mas mora no Rio de Janeiro desde 2012. Mãe orgulhosa da Maria Luiza, de 6 anos.


Doença Silenciosa no Quadril: especialista faz alerta sobre Necrose Avascular da Cabeça Femoral


A necrose avascular da cabeça femoral, também conhecida como osteonecrose da cabeça do fêmur, é uma condição séria que afeta a articulação do quadril a partir da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo para a cabeça do fêmur.

Diversos fatores podem estar relacionados ao desenvolvimento da necrose avascular, entre eles:

Traumas: fraturas ou luxações do quadril podem danificar os vasos sanguíneos que nutrem a cabeça femoral.

Doenças Hematológicas: condições como anemia falciforme ou doença de Gaucher podem afetar o fluxo sanguíneo.

Corticosteroides: o uso prolongado destes medicamentos pode aumentar o risco de necrose.

Outros: doenças autoimunes, consumo excessivo de álcool ou tabagismo também podem estar associados.
 
Principais sintomas
Segundo o ortopedista e oncologista ortopédico Dr. Fábio Elói, médico titular do Núcleo de Ortopedia Oncológica do Centro de Referência de Sarcomas Ósseos e Tecidos Moles do AC Camargo Câncer Center, a necrose avascular pode ser assintomática nas fases iniciais. 

“À medida que a doença progride, pode ocorrer dor persistente na região do quadril, irradiando para a virilha, glúteos ou coxas; dificuldade de movimento na articulação do quadril e dificuldade para caminhar”.

Sem o tratamento adequado, a necrose avascular pode levar ao colapso da cabeça femoral, resultando em artrose grave do quadril e perda da função.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da necrose avascular é feito pelo médico ortopedista, com o auxílio de exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética ou tomografia computadorizada, que avaliarão a extensão do dano.

O tratamento dependerá do estágio da doença e pode incluir:

Repouso: reduzir a carga sobre a articulação para evitar o agravamento da necrose.

Medicamentos: analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor e a inflamação.

Fisioterapia: para fortalecimento dos músculos ao redor da articulação e consequente melhora da mobilidade.

Cirurgia: em casos mais graves, a cirurgia pode ser indicada para reparar o osso danificado ou substituir a articulação do quadril por uma prótese.
 
A importância do diagnóstico
“O diagnóstico correto da necrose avascular, para que o tratamento seja realizado o mais rápido possível, é importante para impedir o avanço, as possíveis complicações relacionadas ao avanço da doença e sequelas”, alerta o Dr. Fábio.

Por este motivo, em caso de suspeita, é importante procurar um médico especialista o mais rápido possível.


Tontura: especialista alerta para risco de queda de idosos



Problema atinge 40% das pessoas com mais de 80 anos, e é uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos

Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas todos os anos. Boa parte dessas quedas são geradas por tonturas, condição perigosa que pode ser potencializada por inúmeras doenças. Sendo assim, torna-se cada vez mais necessária a conscientização da população com relação aos cuidados básicos para garantir a segurança e bem-estar dos idosos.

De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), Alexandre Gasperin, são mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, que têm como sintoma a tontura. “Além da área periférica do sistema de equilíbrio existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, não são uma doença. Um profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que é individualizado caso a caso. A recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto”, alerta o especialista.

Na maioria dos casos, as quedas, que são uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. De acordo com Gasperin, diversas condições podem causar o desequilíbrio em idosos, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.

“Para o tratamento, cada caso tem a sua particularidade, por isso o acompanhamento deve ser individualizado e pode incluir medicações, mudanças comportamentais e tratamentos de reabilitação. O tratamento correto é prescrito após o diagnóstico médico do quadro”, complementa o especialista. 

Conheça algumas medidas simples que podem evitar as quedas:

Escadas: providenciar iluminação suficiente para que seja possível enxergar todos os degraus. Instale corrimão em ambos os lados para permitir o apoio indispensável. Evite piso escorregadio ou coloque um carpete preso nos degraus. 

Cozinha: não guarde alimentos e utensílios em locais altos. Não utilize cadeiras ou bancos para tentar acessar armários. Limpe imediatamente o chão ao derramar algo. Evite cera e tapetes. 

Banheiro: utilize um distribuidor de sabão líquido ao invés de sabonete solto. Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro. Coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas e nunca tranque a porta do banheiro.

Calçados: evite usar saltos e chinelos, opte por um calçado firme no pé. Utilize calçadeira para auxiliar a colocar o sapato.

Orientações gerais: não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar, mas remova os de leitura ao caminhar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se tiver tábuas soltas. Mantenha os números de emergência, entre eles os de hospitais e de parentes e amigos, bem ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.


Teste genético é a chave da prevenção contra o câncer de mama e ovário



Em evento, a FEMAMA e Sociedade Brasileira de Mastologia destacam a necessidade de políticas públicas para garantir o acesso aos testes genéticos para avaliação de mutações patogênicas nos genes BRCA1 e BRCA2

Os cânceres de mama e de ovário são uma preocupação crescente, pois afetam não apenas a saúde das pessoas diagnosticadas, mas também suas famílias. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor maligno hereditário de mama e/ou ovário está associado à presença de variantes patogênicas nos genes BRCA1 (72% para câncer de mama e 44% para câncer de ovário) e BRCA2 (69% para câncer de mama e 17% para câncer de ovário). Por conta disso, familiares desse paciente também podem carregar as mesmas alterações genéticas, aumentando o risco de desenvolvimento da doença. A forma mais confiável para identificar se há favorecimento para desenvolvimento dessas doenças é justamente a testagem genética, disponível pelo SUS apenas em cinco estados brasileiros. 

Como forma de reforçar a importância da aplicação da testagem genética em todos os estados do Brasil, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, de pacientes oncológicos do Sistema Único de Saúde (SUS), a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lançaram durante o Fórum de Acesso ao Painel Genético em Mama, realizado no Brazilian Breast Cancer Symposium (BBCS) o artigo “Implementação de política pública para o acesso aos testes genéticos na detecção de mutações em BRCA no SUS”, enfatizando a necessidade de medidas concretas para garantir o acesso universal a esses testes genéticos no sistema de saúde público.
 
Frentes de ação
Como parte do esforço para melhorar o cenário oncológico atual, foi realizado no dia 16/05, durante o Brazilian Breast Cancer Symposium (BBCS), o Fórum de Acesso ao Painel Genético em Mama. Esse evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), regional Goiás, em parceria com a FEMAMA, foi palco para o lançamento do artigo “Implementação de política pública para o acesso aos testes genéticos na detecção de mutações em BRCA no SUS”, qual traz 17 recomendações para a implementação de uma política pública nacional para testagem de BRCA no SUS, incluindo os critérios de elegibilidade. O material foi elaborado por um Conselho Consultivo formado por renomados especialistas no tema, entre eles Dra Maira Caleffi, Mastologista, Presidente Voluntária da FEMAMA e Chefe do Núcleo Mama do Hospital Moinhos de Vento, e membros da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC). Maira Calef-fi comenta: “A testagem genética oferece informações valiosas sobre a predisposição individual ao desenvolvimento de câncer de mama e ovário, mas a falta de verticalização de uma política pública que possibilite a prevenção, aumenta os índices de mortalidade para essas doenças”. 

Nesse contexto, a testagem genética - procedimento que analisa o material genético de um indivíduo em busca de variantes patogênicas associadas a doenças específicas - permite identificar indivíduos com maior predisposição de desenvolvimento desses tipos de câncer. A especialista ressalta: “O câncer é uma doença que tem cura e, quando identificado uma alteração genética hereditária de forma precoce, nos possibilita criar um plano de prevenção personalizada, adaptado às necessidades individuais de cada paciente, e garante que ele terá uma qualidade de vida melhor, e maiores chances de cura”.
 
Entenda os critérios de elegibilidade
Garantir o acesso ao exame genético, no SUS, é apenas uma parte da batalha. Outro desafio é definir quem está elegível para realizar a testagem genética entre as pacientes oncológicas e seus familiares. No entanto, nos 05 estados onde existem leis de testagem sancionadas, há uma grande variabilidade entre esses os critérios definidos, como idade, histórico familiar e diagnóstico prévio de câncer, dificultando a proposição de uma lei federal e implementação dessa ferramenta em nível nacional, o que é essencial à saúde pública. 

O estabelecimento de critérios de elegibilidade complexos pode dificultar a compreensão do público em geral e prejudicar o recrutamento de pacientes, reduzindo a adesão à testagem genética. Por isso, é crucial encontrar um equilíbrio entre critérios rigorosos e acessibilidade para garantir que a testagem genética esteja amplamente disponível para todos aqueles que podem se beneficiar dela. Isso, por sua vez, contribuirá para uma abordagem mais eficaz na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama e ovário, fundamentais para aumentar a longevidade do paciente.
 
Entenda o cenário nacional 
A testagem genética é uma ferramenta vital na detecção precoce e prevenção do câncer de mama e ovário. Entretanto, sua disponibilidade ainda é restrita em diversas regiões do Brasil, apenas 05 estados (Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Distrito Federal) possuem legislação específica voltada para a detecção e manejo do câncer, porém, os critérios de elegibilidade variam consideravelmente entre eles, dificultando uma implementação uniforme dessa ferramenta essencial de saúde pública. 

Apesar dos desafios, o estado de Goiás tem se destacado. O projeto Goiás Todo Rosa, lançado em 2023, é uma iniciativa pioneira no Brasil, com o objetivo de oferecer testagem genética de forma estruturada para a população. Implementado pelo governo estadual, o programa identifica precocemente indivíduos com predisposição hereditária ao câncer de mama e ovário, especialmente àqueles portadores de variantes nos genes BRCA1 e BRCA2. A concretização do projeto só foi possível devido ao comprometimento da Secretaria de Saúde de Goiás no estabelecimento de uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para a habilitação do Centro de Estudos em Genética Humana da UFG que atualmente realiza a testagem genética para as pacientes do estado.
 
Sobre a FEMAMA
A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama é uma organização sem fins econômicos que trabalha para reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama em todo o Brasil, lutando por mais acesso a diagnóstico e tratamento ágeis e adequados. Com foco em advocacy, a instituição busca influenciar a formação de políticas públicas para defender direitos de pacientes, ao lado de mais de 70 ONGs de apoio a pacientes associadas em todo o país.


Sinais de alerta: 5 sintomas de que seu coração não está bem


Estar atento aos sinais do seu corpo é o primeiro passo para realizar um diagnóstico precoce de doenças e ter maiores chances de recuperação, explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano

O nosso coração é um dos principais órgãos do nosso corpo, ele é o ponto central do nosso sistema circulatório e problemas nele podem desencadear uma série de condições, como infarto, insuficiência cardíaca, arritmia, entre outras.

Para prevenir esse tipo de problema, além de mudanças no estilo de vida, é fundamental realizar um diagnóstico precoce pois quanto mais cedo a doença for detectada, maiores as chances de recuperação, para isso, é importante estar atento aos sinais do seu corpo, explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano.

“Antes de uma doença cardiovascular chegar à sua pior fase ela dá diversos sinais, que o paciente muitas vezes não relaciona com o coração, mas que se forem observados e levados a um especialista, podem facilitar e acelerar o diagnóstico e o tratamento, salvando a vida do paciente”, afirma.

5 sinais de alerta para a saúde do seu coração:
01 - Dor no peito: “Esse é um dos sintomas mais clássicos de problemas no coração, mas tem sido cada vez mais desconsiderado e tido como algo normal quando ocorre ocasionalmente, mas sempre que houver esse problema é importante procurar um médico pois ela pode indicar não só problemas no coração, mas em diversas outras áreas”, explica Dr. Roberto Yano.

02 - Cansaço e falta de ar: “Se você se cansa muito facilmente e fica com falta de ar, tanto ao praticar esportes ou exercícios físicos, mas também em atividades rotineiras que antes fazia normalmente, isso pode indicar uma insuficiência cardíaca, por exemplo”.

03 - Inchaço nas pernas: “Esse problema pode indicar diversos problemas, como obesidade, problemas nas veias das pernas, nos rins ou doença no fígado, mas também pode indicar uma insuficiência cardíaca”, afirma Dr. Roberto Yano.

04 - Palpitação: “O normal é nós não sentirmos o coração bater, quando passamos a perceber os seus batimentos de forma acelerada ou descompassada, pode indicar uma arritmia cardíaca e que em alguns casos pode ser mais grave e até levar à morte se não for bem tratada”.

05 - Tonturas: “Problemas no bombeamento do sangue podem prejudicar a circulação sanguínea e reduzir a quantidade de sangue que chega ao cérebro, o que gera tonturas e até mesmo desmaios”, explica Dr. Roberto Yano.

Sobre Dr. Roberto Yano
Dr. Roberto Yano é médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.


A Idade para Fazer Rinoplastia: O Que Você Precisa Saber


A rinoplastia é um procedimento estético que visa melhorar tanto a aparência quanto a função nasal. Muitas pessoas buscam essa cirurgia para corrigir imperfeições no formato do nariz, como desvios, assimetrias ou alterações indesejadas. No entanto, uma dúvida comum é: qual é a idade ideal para fazer rinoplastia?

Primeiro, é importante entender que a rinoplastia remodela a estrutura nasal, tanto óssea quanto cartilaginosa. Esse procedimento é procurado por muitas pessoas para melhorar queixas estéticas do nariz e para aqueles que possuem dificuldade na respiração. A cirurgia pode tornar o nariz mais harmônico e ajudar a resolver problemas nasais. Ela pode ser indicada para diferentes finalidades, incluindo questões estéticas, funcionais e reparadoras. Seja para melhorar a harmonia facial, corrigir problemas respiratórios ou reparar deformidades causadas por traumas ou condições médicas, a rinoplastia pode oferecer benefícios significativos para pacientes de todas as idades.

O Dr. Guilherme Scheibel, renomado otorrinolaringologista especialista em rinoplastia, esclarece que não existe uma idade única e fixa para todos os pacientes, mas deve considerar as características individuais de cada pessoa. Segundo ele:

“É crucial lembrar que o desenvolvimento facial varia. Para mulheres, a faixa etária que se inicia o desenvolvimento geralmente começa por volta dos 13 aos 14 anos. Já para os homens, ocorre mais tarde, entre os 16 e 17 anos.”

O Dr. Scheibel enfatiza que a confirmação de que o paciente parou de crescer é essencial antes de realizar a cirurgia. Isso é feito por meio de radiografias da pelve, que são as melhores para avaliar o fechamento dos pontos de crescimento. No entanto, existem exceções importantes a essas regras gerais:

“Em alguns casos, crianças e adolescentes podem se beneficiar de uma intervenção cirúrgica mais precoce. Por exemplo, quando há um desvio significativo na pirâmide nasal ou no septo nasal, que afeta a estética e a função respiratória.”

Além disso, a maturidade emocional do paciente é um fator importante a ser considerado. A decisão de realizar uma cirurgia estética como a rinoplastia deve ser tomada de forma consciente e madura, levando em conta as expectativas realistas sobre os resultados e os possíveis riscos envolvidos no procedimento.

Os pais ou responsáveis legais devem estar envolvidos no processo decisório e consentir com a cirurgia se o paciente for menor de idade. É necessário realizar uma avaliação cuidadosa, considerando não apenas a idade do paciente, mas também outros fatores físicos e emocionais antes de recomendar ou realizar a rinoplastia.

“Além da idade e das considerações físicas, avaliamos o bem-estar emocional e psicológico do paciente. A decisão de fazer uma rinoplastia deve ser ponderada e acompanhada por profissionais qualificados.” Comenta Dr. Scheibel.

Como otorrinolaringologista especializado em rinoplastia, o Dr. Scheibel compartilha suas técnicas e precisão de resultados com mais de meio milhão de seguidores no Instagram.

“Diariamente, recebo várias dúvidas nas redes sociais de pessoas do Brasil e do mundo. Tento deixar o conteúdo o mais educativo possível, pois sei que muitos procuram minhas redes para esclarecer suas dúvidas. Além disso, sou o fundador do Virtual Fellow, um programa internacional de ensino em rinoplastia.” – Dr. Guilherme Scheibel

Não há uma idade certa para a rinoplastia, mas sim uma avaliação individualizada. Cada paciente é único, e a medicina e a rinoplastia são personalizadas, considerando o desenvolvimento individual. Se você está considerando esse procedimento, consulte um especialista para obter orientações específicas e alcançar o nariz que sempre desejou.


O poder da plástica reconstrutiva



A cirurgia plástica frequentemente é associada à busca por melhorias meramente estéticas, mas seus benefícios vão muito além da superfície.

A cirurgia plástica reconstrutiva desempenha um papel fundamental na restauração da função, da autoestima e da qualidade de vida de pacientes que enfrentaram traumas, anomalias congênitas e procedimentos para tratar condições médicas graves.

Restaurando a função e a mobilidade
Para muitos pacientes, a cirurgia plástica reconstrutiva é essencial para restaurar a função e a mobilidade após traumas graves, acidentes ou cirurgias para remover tumores. 

Por exemplo, após um acidente que resulta em queimaduras severas, a reconstrução cirúrgica pode ajudar a restaurar a pele danificada e as estruturas subjacentes, melhorando a capacidade de movimento e prevenindo contra deformidades incapacitantes.

Recuperando a autoestima e a confiança
A aparência física desempenha um papel significativo na autoestima e na confiança de uma pessoa. 

Para pacientes que enfrentam deformidades faciais, cicatrizes visíveis ou assimetrias corporais, a cirurgia plástica reconstrutiva pode oferecer uma nova esperança e uma oportunidade de se sentir confortável em sua própria pele. 

Ao corrigir imperfeições físicas, os pacientes muitas vezes experimentam um aumento significativo na autoconfiança e na qualidade de vida emocional.

Empoderando sobreviventes de câncer e outras doenças
Pacientes que enfrentam câncer (como o de mama, por exemplo), muitas vezes passam por procedimentos cirúrgicos agressivos (como mastectomias) que podem deixar cicatrizes emocionais e físicas duradouras. 

A reconstrução mamária após a mastectomia não apenas restaura a aparência estética do seio, mas também desempenha um papel vital na recuperação emocional e no empoderamento das sobreviventes de câncer. 

Outro bom exemplo é o da reconstrução facial após a remoção de tumores ou tratamento de condições como o câncer de pele, que pode ajudar os pacientes a recuperarem sua autoconfiança.

Promovendo a normalização e a inclusão social
A cirurgia plástica reconstrutiva não se trata apenas de corrigir imperfeições físicas, mas também de promover a normalização e a inclusão social para aqueles que enfrentam diferenças físicas visíveis. 

Ao oferecer aos pacientes a oportunidade de se integrarem mais plenamente à sociedade, a reconstrução cirúrgica contribui para uma cultura mais inclusiva e empática, na qual todos são valorizados independentemente de sua aparência.

A cirurgia plástica reconstrutiva é muito mais do que simplesmente melhorar a aparência física; é sobre restaurar vidas e proporcionar aos pacientes uma segunda chance de viver plenamente.

Ao corrigir deformidades, restaurar funções e promover a autoestima, a cirurgia plástica reconstrutiva tem um impacto profundamente positivo na qualidade de vida dos pacientes, capacitando-os a enfrentar o mundo com confiança renovada e otimismo para o futuro. 

Se você ou alguém que você conhece enfrenta desafios físicos que podem ser abordados pela cirurgia plástica reconstrutiva, não hesite em buscar o apoio de um cirurgião plástico qualificado e experiente. A transformação está ao seu alcance, e o primeiro passo começa com uma consulta.

Fonte: Dr. Alexandre Kataoka, Cirurgião Plástico. Perito concursado da Secretaria da Justiça de São Paulo – Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo. Diretor Adjunto do DEPRO – órgão fiscalizador da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Consultor Jurídico da SBCP-SP. Representante da SBCP no CODAME/CFM. Membro Efetivo da Câmara Técnica em cirurgia plástica – CFM. Conselheiro Responsável da Câmara Técnica do Cremesp. Coordenador da Comunicação do Cremesp.


Maio Verde: glaucoma também atinge crianças e pode levar à cegueira




Dados da OMS apontam que 1,5 milhão de crianças entre 0 e 7 anos de idade perderam a visão em decorrência da doença

Maio Verde marca o mês de conscientização sobre o Glaucoma, uma condição que, muitas vezes associada a adultos ou idosos, também pode afetar silenciosamente as crianças. Quando não detectado e tratado a tempo, esse problema ocular pode comprometer significativamente a visão dos mais jovens.

Embora raro, o glaucoma infantil pode ser causado por uma variedade de fatores, como anomalias congênitas no desenvolvimento do sistema de drenagem do olho, traumas, infecções ou condições genéticas. A hereditariedade desempenha um papel crucial, e crianças com histórico familiar de glaucoma estão em maior risco. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma representa 5% dos casos de cegueira em crianças em todo o mundo. Isso implica que, de um total de 1,5 milhão de crianças entre 0 e 7 anos de idade, aproximadamente 75 mil perderam a visão devido a essa condição.

A Dra. Giovanna Marchezine, oftalmopediatra do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), aponta os sintomas como frequentemente sutis e que podem ser facilmente confundidos com problemas oculares menos graves. “Sensibilidade à luz, olhos vermelhos, lacrimejamento excessivo e pupilas dilatadas são sinais que podem passar despercebidos. Às vezes, as crianças podem se queixar de dor ocular ou dor de cabeça, mas esses sintomas também podem ser ignorados”, explica a médica.

O diagnóstico é complexo. Como as crianças ainda estão em fase de desenvolvimento de comunicação para poder descrever seus sintomas com precisão, os médicos dependem de exames oftalmológicos completos. Entre esses exames, destaca-se a tonometria, um procedimento para medir a pressão intraocular.

Existem distintas variantes de glaucoma em crianças, sendo o glaucoma congênito o mais comum. Esse tipo se caracteriza pela manifestação de sinais desde o nascimento ou nos primeiros dois anos de vida, necessitando que pais e pediatras estejam atentos para a busca de avaliação especializada.

No subtipo predominante, conhecido como glaucoma congênito primário, o aumento da pressão intraocular durante o desenvolvimento infantil leva ao aumento do tamanho do globo ocular. “Isso se reflete em sintomas como opacidade da córnea, aumento visível do tamanho do olho, diferença no crescimento entre os olhos e sensibilidade à luz. Essas características diferenciam significativamente o olho afetado e o saudável em crianças dessa faixa etária”, explica a especialista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC).

Outras variantes do glaucoma infantil, como o congênito secundário, podem surgir como consequência de fatores como cirurgias de catarata congênita, uso prolongado de corticoides, traumas oculares ou malformações oculares. No entanto, após essa fase, o glaucoma pode se desenvolver de maneira mais camuflada. Por isso, especialistas recomendam consultas regulares com oftalmologistas, mesmo quando os sintomas não são visíveis, para possibilitar a detecção precoce da doença.

Tratamento e Cuidados Especiais
O tratamento do glaucoma infantil geralmente envolve uma combinação de colírios, cirurgias a laser ou cirurgias convencionais, dependendo da gravidade do caso. A terapia é adaptada a cada criança e requer monitoramento contínuo. Famílias e cuidadores desempenham um papel crucial no sucesso do tratamento, garantindo a adesão às prescrições médicas e comparecendo a consultas regulares. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também destaca a importância do Teste do Olhinho, a ser realizado ainda na maternidade, seguido pela primeira consulta oftalmológica entre 6 meses e um ano de idade.

O glaucoma em crianças é muitas vezes diagnosticado em estágios avançados, quando os danos à visão já ocorreram. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Tratamentos e intervenções oportunas podem preservar a visão e minimizar os impactos futuros.

Dengue: por que pacientes com sintomas podem testar negativo para o vírus?



Especialista do CEUB explica a influência do período da infecção, do limite de detecção do teste, isolamento viral, enzimas e da temperatura

Febre, dor de cabeça forte, dor atrás dos olhos, vômito, manchas vermelhas na pele com teste negativo para dengue. Este pode ser um cenário possível e até mesmo comum. Mas por que pacientes com sintomas clássicos da doença podem isentar a detecção pelo vírus transmitido para o Aedes aegypti? Gil Amaro, professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB) e mestre em Biologia Molecular explica que fatores podem influenciar a acurácia de um exame positivo indicando a doença.

Confira a entrevista, na íntegra: 
Por que vários pacientes testam negativo mesmo tendo todos os sintomas clássicos?
Gil Amaro: Cada fase da doença tem um exame específico. Os testes para o período dos sintomas são o RT-PCR, o do Antígeno NS1 ou o de Isolamento Viral. Se a pessoa usar os testes de Anticorpo IgG/IgM no período de sintomas, o resultado será negativo, porque esse teste IgG/IgM é para outra fase da doença. O segundo motivo é que todo exame tem um limite de detecção, sensibilidade e especificidade. Essas três propriedades afetam quando o exame “acerta” ou “erra”. As configurações de ciclo, enzimas e temperaturas no teste RT-PCR podem diminuir a especificidade, afetar o limite de detecção e dar falso negativo. Por fim, a parte pré-analítica pode diminuir a qualidade da amostra dificultando a detecção. Laboratórios com certificações e acreditações têm chance maior de acertar o exame.

Como é feito o teste de dengue? Há mais de um? Existe a possibilidade de um falso negativo? Se sim, por que isso acontece?
Gil Amaro: O padrão é procurar o vírus da dengue ou os anticorpos gerados contra ele no sangue. Situações especiais usam outros fluídos do corpo como saliva, sêmen, urina, líquor ou líquido amniótico. Tem mais de um tipo de exame e cada exame funciona bem em uma fase da doença. Como todo teste tem um limite de detecção, uma sensibilidade e uma especificidade, há uma chance pequena de falsos negativos, mesmo usando o teste correto de cada fase da doença. 

Além dos três motivos citados acima e dos fatores pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos, até a temperatura de armazenamento do sangue coletado pode afetar o teste. A ciência está em constante melhoria e os testes são otimizados ano a ano para ficarem mais efetivos, acertando quando tem e quando não tem a doença.

Por que alguns pacientes mesmo tendo todos os sintomas clássicos, característicos de dengue, testam negativo para a doença?
Gil Amaro: Isso ocorre por causa das fases da doença e do uso correto dos testes para cada fase. Vale alertar que outros exames, que não medem diretamente o vírus, ajudam no manejo clínico do paciente que tem dengue, mas o teste deu negativo. O conjunto de sinais e sintomas podem determinar a suspeita de dengue mesmo se um teste der resultado negativo. Existem sinais de alarme e gravidade característicos da dengue, além da sazonalidade. É possível determinar dengue pelos testes laboratoriais ou pelo chamado “vínculo clínico-epidemiológico”.

Existe a possibilidade desse paciente que testou negativo ter contraído uma carga viral menor da doença?
Gil Amaro: Sim, é possível. Cada pessoa tem uma constituição genética e fatores ambientais, como nutrição e o histórico de outras doenças, aliados à presença de anticorpos gerada por infecções anteriores do mesmo subtipo de dengue, pode levar à diminuição mais rápida da viremia. Na maioria dos casos, na segunda infecção por dengue do mesmo subtipo, os anticorpos IgG e IgM atacam o vírus rapidamente, sendo o período e a quantidade de viremia menor. 

Em casos raros, a cada nova infecção a saúde da pessoa fica mais comprometida. E, dependendo da saúde no momento da próxima infecção com a dengue, o cenário pode piorar muito. Plaquetas baixas ou imunidade baixa por outras doenças ou medicamentos pode agravar o caso e prolongar a viremia em tempo e em quantidade da carga viral.

Qual a orientação para os pacientes que testaram negativo mas apresentam todos os sintomas da doença?
Gil Amaro: A orientação é procurar as unidades de saúde para avaliação do vínculo-epidemiológico que determina dengue. Outros exames podem determinar a suspeita de dengue e, até mesmo, classificar o grupo de estadiamento (A, B, C ou D), que vai do mais leve até o mais grave. No Brasil existem unidades de saúde especializadas e as tendas para atendimento inicial. Casos graves tem manejo clínico específico e monitoramento constante para evitar falecimento.

É possível que existam ainda mais casos de dengue do que foi notificado por conta dessa testagem negativa?
Gil Amaro: Sim. Além dos casos falso-negativos existem os portadores assintomáticos, que podem transmitir o vírus mesmo sem ter sintomas. Além do período da história natural de toda doença, quando já aconteceu a infecção, quando as alterações fisiológicas e bioquímicas que permitem detectar sinais e sintomas estão baixas. Resumo: quando está bem no início da infecção.

Quais os perigos do autodiagnóstico de dengue ou de um paciente que, por conta do teste negativo, acredita que não contraiu a doença?
Gil Amaro: O autodiagnóstico é perigoso porque toda infecção por dengue gera perda de líquido dos órgãos e essa perda é mais comum que a hemorragia, podendo agravar. O autodiagnóstico não consegue avaliar o corpo no nível que os exames de sangue fazem. Além disso, há grupos de risco: pessoas com situações específicas ou doenças que, se contraírem dengue, tem chance maior de evoluir para casos graves.

Tanto o exame de sangue quanto o exame clínico permitem avaliar a gravidade da doença pelos sinais de hemodinâmicos no início do agravamento, podendo agir para evitar. Enquanto o autodiagnóstico não abarca todas as possibilidades e a doença pode evoluir até causar danos irreparáveis, quando a pessoa perceber que está com sinais críticos, pode ser tarde demais.

Sinais de Alzheimer podem surgir 40 anos antes em quem tem risco familiar


Imagem: iStock

A idade é o principal fator de risco para o Alzheimer e, muitas vezes, seus primeiros sintomas começam a aparecer após 65 anos. Porém, pessoas com Alzheimer familiar (que ocorre quando vários parentes possuem a demência) costumam apresentar sinais da doença bem antes, e um estudo realizado pela Universidade do Arizona (EUA) descobriu que a partir dos 25 anos já podem demonstrar déficit de memória.

Publicado no periódico eLife, o trabalho científico analisou respostas de quase 60 mil pessoas com idade entre 18 e 85 anos no MindCrowd, um dos maiores projetos de avaliação de como funcionam os cérebros saudáveis — que qualquer pessoa pode responder online e atualmente já conta com a participação de mais de 115 mil indivíduos de 150 países.

Ao analisar esses dados, os pesquisadores descobriram que pessoas com histórico familiar de Alzheimer e menos de 65 anos, em média, têm um pior desempenho de aprendizado e memória, quando comparados a pessoas da mesma faixa etária sem parentes com demência. Em alguns casos déficit foi notado em indivíduos com 40 anos de vida a menos que o início típico da doença — ou seja, com idade na casa dos 25 anos.

Os resultados do estudo sugerem que o efeito da história familiar na memória é particularmente pronunciado entre os homens, especialmente àqueles com menor escolaridade, diabetes e portadores de uma mudança genética comum no APOE, gene associado ao risco de Alzheimer.

Segundo os cientistas, como a demência ainda não tem cura e não há forma comprovada de retardar a perda de memória progressiva causada pela doença, conseguir identificar o quanto antes que alguém tem possibilidade de desenvolver o problema pode ajudar que ela se concentre em táticas para prevenir o Alzheimer.

Como prevenir o Alzheimer?
Coma de forma saudável
Priorize o consumo de vegetais, frutas, sementes e peixes, além de limitar açúcar, carboidratos refinados, gordura saturada e trans. Estudos indicam que a dieta mediterrânea pode ser útil para a prevenção das demências. Alguns nutrientes específicos, como ômega 3, a vitamina E e o resveratrol (presente na uva), já foram associados à redução de risco, mas não há evidências de que tomar suplementos com essas substâncias diminua a possibilidade de ter Alzheimer.

Pratique atividades físicas
Além de preservar a saúde como um todo, os exercícios também têm um papel importante para as funções cognitivas.

Tenha hábitos saudáveis
Cuide de eventuais doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, depressão e hipercolesterolemia, e vá ao médico regularmente. Durma bem, não fume e evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Cultive o lazer e tenha uma vida social ativa
Conversar com os amigos, ter um hob-by, fazer cursos e ter uma vida intelectual rica ajuda a garantir uma reserva cognitiva, o que pode adiar os sintomas se a pessoa ficar doente. (Do UOL VivaBem)

5 dicas para tratar a dor do joelho e evitar lesões



Você sai do treino com o joelho doendo? Sente dor no joelho para sentar, levantar ou subir uma escada? Então essas dicas são para você, seja qual for a causa das suas dores.

O Porquê das Dores nos Joelhos
De acordo com a Pesquisa “Os Pés Brasileiros” feita pela Pés Sem Dor com 21.423 pessoas, 34,3% dos homens e 46,9% das mulheres têm dor nos joelhos, e 87,1% dessas pessoas dizem que a dor é intermitente. Os joelhos participam de praticamente todos os movimentos que fazemos com os membros inferiores, caminhar, correr, saltar, girar, sentar, levantar, subir e descer. Quando isso é feito com repetição ou impacto em excesso os joelhos ficam sobrecarregados, podendo doer, sofrer lesões ou desenvolver patologias.

Obesidade e o desgaste nas articulações também estão entre as causas das dores nos joelhos, o peso do corpo sobrecarrega as estruturas dos joelhos podendo causar dores e até lesões, como a condromalácia e a artrose, como explica Mateus Martinez, diretor de Fisioterapia na Pés Sem Dor, no vídeo “Dores nos Pés e Joelhos: qual a relação com o peso”. E o desgaste nas articulações, embora seja mais comum entre idosos, pode acontecer mais cedo. Além, é claro, dos traumas, acidentes envolvendo os joelhos são comuns e, dependendo do grau, podem exigir até intervenção cirúrgica.

Joelhos Valgos e Varos
As pernas de quem tem joelhos valgos formam um “X”: os joelhos são mais próximos do que os pés. Ao contrário, as pernas de quem tem joelhos Varos formam um “arco”: os joelhos se projetam para fora, distanciando-se um do outro, conta Mateus Martinez no vídeo: Saiba o que é Joelho Valgo e Varo.

Essas alterações podem fazer parte da anatomia da pessoa, ou podem ocorrer em função da forma como a pessoa pisa, se a pisada é pronada, ou seja, para dentro, a tendência é que a pessoa tenha o joelho valgo, e se a pisada é supinada, para fora, o joelho tende a ser varo. Ter joelhos varos ou valgos não significa necessariamente que a pessoa vai sofrer com dores. Porém, se os seus joelhos doem é importante verificar se o formato do joelho ou o jeito de pisar não está na causa do problema, ou não está agravando as dores.

Como combater e prevenir as dores nos joelhos
1. Atividade Física – Além de fortalecer e melhorar a mobilidade dos joelhos, a atividade física ajuda na perda de peso, combatendo as causas da dor. Porém, quem já sofre com dores nos joelhos precisa contar com acompanhamento profissional, um educador físico vai definir um programa de exercícios de baixo impacto: natação, pilates, caminhada e hidroginástica são mais indicados por não sobrecarregar os joelhos.

2. Dieta – Além da perda de peso, que vai reduzir a sobrecarga eliminando a causa das dores, quem tem artrose também deve buscar a orientação de um nutricionista para consumir alimentos antiinflamatórios, que estimulem o aumento da síntese de colágeno e cartilagem, elementos que protegem os ligamentos dos joelhos.

3. Fisioterapia para fortalecimento – Além de exercícios específicos, a fisioterapia pode contribuir com diversos recursos fisioterapêuticos que ajudam na eliminação das dores e no fortalecimento. Quando os músculos da coxa, joelho, panturrilha e outros são fortalecidos, passam a absorver parte do impacto que o joelho sofre no dia a dia, protegendo os ligamentos e cartilagens e reduzindo o desgaste.

4. Palmilhas sob medida para joelho valgo e para joelho varo - As palmilhas ortopédicas, feitas sob medida podem ajudar e muito a pessoa que sofre com dores nos joelhos. Primeiro, porque ela corrige a pisada oferecendo suporte para que os seus pés não pisem nem para fora, nem para dentro, alinhando a pisada e os joelhos, evitando lesões e dores. A palmilha também ajuda a absorver impacto nas atividades do dia a dia, poupando tanto os pés, quanto os tornozelos e os joelhos. Quem pratica atividade física pode contar com palmilhas específicas que vão reduzir o estresse pela repetição e proteger pés e joelhos de movimentos que possam provocar dores e lesões.

5. Consulte um especialista – Não subestime suas dores, se o joelho está incomodando, procure a ajuda de um especialista. A Pés Sem Dor conta com quase 80 unidades de atendimento pelo Brasil onde oferece avaliação gratuita dos pés, tornozelos e joelhos. Durante a avaliação é possível conhecer o tipo de pisada, além de verificar se joelhos Valgos ou Varos estão causando estresse, sobrecarga ou lesões. A Pés Sem Dor também orienta sobre a necessidade de acompanhamento médico e exercícios, além de indicar o tratamento com palmilhas ortopédicas sob medida. Interessados podem agendar a avaliação gratuita pelo site https://www.pessemdor.com.br/agendamento/ ou pelo telefone 4003-8883.

A Pés Sem Dor também fornece mais dicas exclusivas sobre todo tipo de dores, inclusive joelhos, em seu perfil oficial no Instagram.


Ter pés chatos pode ser problema?


Todo mundo nasce com os pés sem curvatura, os famosos “pés chatos” ou planos. Mas quem permanece com o problema ao longo da vida pode sofrer com dores nos pés, tornozelos e joelhos. Nos casos mais críticos a pessoa pode até ter dificuldades para caminhar. Já parou para analisar como são os seus pés?

Pés Normais, Chatos ou Cavos?
Existem 3 tipos de pés: o pé normal tem uma leve curvatura conhecida como arco plantar que amortece o impacto que os pés recebem ao caminhar, correr ou saltar, assim explica Mateus Martinez, diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor, empresa renomada na área. 

O pé cavo também tem essa curvatura, mas ela é mais pronunciada. No pé cavo o contato com o chão só ocorre em dois pontos: o calcanhar e a ponta dos pés. Ele também é mas rígido, ou seja, o arco plantar tem menos mobilidade para absorver impacto. 

Por fim, existe o pé chato ou plano. Nele, o arco plantar tem só um pouquinho de curva ou quase nada. Como dizem os profissionais, é um arco “desabado”. O pé chato fica todo apoiado no chão. Não tem amortecimento. 

Segundo pesquisa “Os Pés Brasileiros” realizada pela Pés Sem Dor com 21.423 pessoas, 14% da população tem pés chatos em algum grau. O pé chato tende a aumentar com a idade, pois é comum haver um “desabamento” do arco do pé com a idade, esse processo é conhecido como pé chato “adquirido”. O aumento do peso corporal também contribui para o surgimento do pé chato “adquirido” tanto para homens, quanto para mulheres.

Problemas comuns em quem tem pé chato
Quem tem pés chatos pode sofrer com dores decorrentes de vários problemas. O mais comum é a Fascite Plantar, como conta, Mateus Martinez no vídeo “Pé Chato e Cavo – entenda as diferenças”. A falta de amortecimento expõe a fáscia plantar a muito impacto, podendo gerar um processo inflamatório, a Fascite Plantar. E essa situação é agravada quando a pessoa tem sobrepeso, permanece muito tempo em pé ou pratica atividades físicas de impacto: corrida, vôlei, basquete, enfim, esportes onde os pés são mais exigidos.

Pessoas com pés chatos ou muito chatos também podem ter problemas de dor no tornozelo. E a razão é que o pé chato tende a virar para dentro, ocasionando um desalinhamento no corpo que pode causar dores no tornozelo, na canela e no joelho, explica Mateus. Quem tem pé chato pode sofrer com canelite, por exemplo, ou pode desenvolver uma síndrome femoropatelar, trazendo fraqueza e dores nas articulações dos joelhos.

Como saber o se o seu pé é chato
Primeiro, é importante dizer que nem todo mundo que tem pés chatos está condenado a sofrer com dores. Mas se você tem dor nos pés, tornozelos, canelas ou joelhos é interessante procurar saber se a dor tem relação com o seu tipo de pé. Uma forma de avaliar é observando a marca que os seus pés fazem no chão quando você sai do banho. Se a marca que ficar no chão é bem completa, sem espaços vazios é bem provável que o seu pé seja chato. Nesse caso, o mais indicado é procurar orientação profissional. Na Pés Sem Dor é possível passar por uma avaliação gratuita dos pés e saber qual o tipo do seu pé, como é a sua pisada e qual a relação das dores com essas questões anatômicas e biomecânicas.

Pé chato tem jeito?
Existem exercícios e fisioterapia para ativar o músculo do arco plantar melhorando a curvatura ou impedindo que um pé chato se torne “muito chato” e passe a provocar dores e interferir na forma de caminhar, explica Mateus Martinez no vídeo “Pé Chato – como corrigir”. 

Palmilhas ortopédicas sob medida também costumam ser indicadas no tratamento do pé chato. Como são feitas de acordo com a necessidade específica de cada pessoa, essa palmilha vai proporcionar apoio ao arco plantar, que ajuda a absorver impacto, reduzindo ou eliminando dores. A palmilha sob medida para pés chatos também pode ter uma elevação lateral para ajudar a alinhar o tornozelo melhorando a postura e prevenindo dores no tornozelo, canelas e joelhos, explica Mateus. 

Interessados em fazer uma avaliação gratuita dos pés com um especialista da Pés Sem Dor podem encontrar no site https://www.pessemdor. com.br/agendamento/ a unidade mais próxima de seu endereço e fazer o agendamento. A Pés Sem Dor também atende pelo telefone 4003-8883, de qualquer lugar do Brasil.


O que é o Autismo? 


O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

Entenda
As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio.

O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes sintomas:

Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;

Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;

Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 rotula estes distúrbios como um espectro justamente por se manifestarem em diferentes níveis de intensidade. Uma pessoa diagnosticada como de grau 1 de suporte apresenta prejuízos leves, que podem não a impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. Um indivíduo com grau 2 de suporte tem um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como tomar banho ou preparar a sua refeição. Já o autista com grau 3 de suporte vai manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.

Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de habilidades impressionantes, como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes e à exatidão; capacidade de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo.

Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona, se expressa e se comporta.


Já tomou água hoje? Veja os principais benefícios do consumo da bebida para a saúde



Coordenadora de Nutrição e Dietética destaca o papel vital da água no organismo e discute seus benefícios para a saúde e prevenção de doenças

A água desempenha um papel fundamental em nosso organismo, sendo essencial para o bom funcionamento de diversos sistemas e processos vitais.

Mas, apesar de ser muito importante para a saúde, o hábito de beber água ainda é algo que a maioria das pessoas acaba negligenciando.

1. Mais de 70% do corpo é composto de água
Esse líquido participa de praticamente todas as funções do organismo, sendo essencial aos tecidos corporais e fundamental no transporte e na diluição de diversas substâncias, entre macro e micronutrientes. Participa também do processo de digestão, absorção e excreção e auxilia, ainda, a eliminação de toxinas e a filtração renal.

2. Retarda o envelhecimento
Esse efeito está relacionado ao tópico anterior: nossos órgãos são formados por células e nossas células têm água em sua composição. “Portanto, se o organismo não recebe a quantidade necessária de água, essa falta acelera a oxidação celular, causando o envelhecimento”, esclarece Cintya.

3. Previne desidratação
Quando a ingestão de água é insuficiente, o organismo pode apresentar sintomas de desidratação, como sede exagerada, boca e pele seca, olhos fundos, diminuição da sudorese, cansaço, dor de cabeça e tontura.

4. Ajuda na concentração
Um estudo sobre mulheres publicado no The Journal of Nutrition explorou o estado de hidratação na função cerebral e descobriu que uma perda de 1,4% do peso corporal em líquidos durante o exercício causava uma queda na concentração.

5. Regula a temperatura corporal
Nosso corpo remove o líquido através do suor; assim, precisamos estar hidratados a fim de que esse processo seja realizado com eficiência. “Quanto mais quente o ambiente, mais importante é a água. A desidratação em um ambiente quente pode causar insolação”, afirma a especialista.

6. Ajuda na prevenção de pedra nos rins
Sem água suficiente, a produção de urina cai, o que pode permitir que os minerais formadores de pedras se acumulem nos rins e na bexiga. Da mesma forma, consumir líquido suficiente pode ajudar a controlar o risco de infecções do trato urinário (ITU), pois a sub-hidratação pode promover o crescimento de bactérias causadoras de infecção, de acordo com a UCLA Health.

7. Previne constipação
De acordo com especialistas, não beber líquido suficiente é uma causa comum de constipação.

Como consumir água?
Existe uma recomendação geral de aproximadamente 35 ml por cada kg de peso, ou seja, uma pessoa com 65 kg deve tomar aproximadamente 2,27 litros de água por dia, por exemplo. Assim, a quantidade de água necessária está associada a cada condição individual.

De acordo com a coordenadora de nutrição, “podemos hidratar o organismo de duas maneiras: a ingestão de líquidos é a forma mais eficaz e inclui, além da água, sucos naturais, água de coco e chás como camomila, erva-doce e cidreira. A segunda forma ocorre por meio da ingestão de alimentos que possuem água na composição. Entre as opções que proporcionam mais hidratação, estão frutas e legumes, como melancia, morango, pêssego, abobrinha, pepino e tomate”.

Quente ou fria?
Algumas vantagens podem ser observadas ao consumir água em determinadas temperaturas:

Beber água quente: caso esteja gripado, resfriado ou com sintomas de garganta e fadiga, desfrutar de uma bebida quente em uma caneca pode melhorar um pouco seu ânimo. De acordo com pesquisa publicada na Rhinology, uma bebida quente com frutas aliviou um número maior de sintomas de um resfriado comum, comparada a uma bebida de frutas idêntica, servida em temperatura ambiente;

Beber água fria: consumida em temperaturas frias, a água pode trazer maior eficácia na hidratação após um treino. O Jornal Internacional de Medicina Clínica e Experimental publicou um pequeno estudo no qual observou-se que voluntários beberam mais quando a água estava a 16°C e a consumiram significativamente menos quando a 5°C. O objetivo da análise era avaliar se a temperatura da água afeta o quanto uma pessoa a ingere voluntariamente após um grande esforço.

A hidratação é sempre bem-vinda, em especial ao acordar, durante a atividade física, antes e após comer e ao se deitar. Com sua garrafinha cheia, as chances de manter-se saudável e prevenir doenças é muito maior. (Por Fernanda Martinelli)


Dor no calcanhar tem remédio?



Segundo pesquisa realizada pela Pés Sem Dor com 2.940 pessoas, a dor no Calcanhar incomoda mais de 61% dos trabalhadores brasileiros, sendo a principal queixa de dores nos pés entre homens e mulheres.

Sabia que o calcâneo, o osso do calcanhar, é o maior do nosso pé? Ele é também o ponto que mais carga e impacto recebe no dia a dia, por isso tanta gente se queixa de dores na região do calcanhar; assim observa Mateus Martinez, fisioterapeuta chefe da Pés Sem Dor.

Por que o calcanhar dói?
Fascite Plantar – Caso sinta dores agudas no calcanhar pela manhã, logo nos primeiros passos do dia, é quase certo que esteja sofrendo por causa da fascite plantar: uma inflamação ou degeneração na fáscia, um tecido que abrange toda a planta do nosso pé, dos dedos até o calcanhar, explica Mateus Martinez. 

Na medida em que a pessoa anda, ela “massageia” a sola dos pés dispersando o fluido inflamatório e aliviando as dores. Mas se ficar novamente em repouso, o fluido inflamatório volta a se acumular, trazendo aquela dor aguda de volta. A fascite pode ocorrer por vários motivos: problemas na pisada, pés muito cavos ou muito chatos, sobrepeso e alguns tipos de atividade esportiva que podem sobrecarregar a fáscia e causar a inflamação.

Esporão de Calcâneo – A dor no calcanhar também acontece por causa do esporão: uma “ponta” óssea que aparece na base do calcanhar. Felizmente, o esporão nem sempre causa dores, mas ele pode pegar em algum músculo, tecido ou ligamento, e nesses casos, pode sim causar dores. 

O esporão acontece por causa do excesso de impacto no calcanhar: atividade esportiva com movimentos repetitivos, calçados muito rígidos, obesidade, enfim: tudo o que coloca muita carga no calcanhar pode criar condições para o surgimento do esporão, explica Mateus.

Bursite no Calcanhar – A sua dor é na região posterior do calcanhar, perto do Tendão de Aquiles? Então você pode ter bursite: uma inflamação na Bursa do calcanhar. A Bursa é uma bolsa cheia de líquido que funciona como uma “almofada” protetora entre o osso e o Tendão de Aquiles que ajuda a diminuir o atrito e facilita os movimentos, pontua Mateus Martinez. Quando a Bursa inflama, causa dor intensa que piora com a atividade física ou com pressão na região, também pode provocar inchaço e vermelhidão na região afetada. A dor pode ser forte o suficiente para dificultar movimentos, impedindo, em alguns casos, até que a pessoa fique em pé.

Entre as causas da bursite no calcanhar podem estar o impacto e os movimentos repetitivos de algumas atividades esportivas, mas o problema também pode ser resultado de lesões ou pancadas na região do calcanhar, calçados apertados ou inadequados e outras patologias como artrite, gota, esporão de calcâneo e Tendinite de Aquiles.

Proteja o seu calcanhar e resolva as dores com palmilhas ortopédicas sob medida.
Uma das formas mais eficazes de tratar a dor no calcanhar é com o uso de palmilhas ortopédicas. Mas é importante optar sempre por palmilhas sob medida, feitas de acordo com as dimensões dos pés e as necessidades específicas de cada pessoa. A palmilha ortopédica vai dar suporte ao arco plantar, aumentando as áreas de contato dos pés com o calçado, distribuindo melhor o peso do corpo e aliviando os pontos dolorosos, explica Mateus Martinez. A palmilha não apenas resolve a dor, mas evita que as patologias se agravem, além de corrigir a pisada e alinhar a postura.

Como conseguir uma palmilha sob medida
Embora existam vários profissionais e clínicas desenvolvendo palmilhas sob medida de modo artesanal, a solução mais inovadora e eficaz que há no mercado é a palmilha feita em impressora 3D, com precisão digital. Na Pés Sem Dor, além de imprimir as palmilhas com a tecnologia 3D, também é feita uma avaliação gratuita dos pés da pessoa com um especialista, usando Baropodômetro e scanners 3D para um diagnóstico mais preciso e assertivo. Hoje a Pés Sem Dor conta com mais de 70 unidades pelo Brasil, todas com equipamentos de última geração para avaliar os pés dos clientes. As avaliações gratuitas da Pés Sem Dor são feitas com hora marcada. Interessados podem agendar através do site https://www.pessemdor.com.br/agendamento ou pelo telefone 4003-8883, de qualquer lugar do Brasil.


4 dicas para Amenizar o Inchaço nas Pálpebras




Calor, noites mal dormidas e consumo alto de sal podem levar ao inchaço na região palpebral

Embora o verão esteja com os dias contados, o calor ainda predomina na maior parte dos estados brasileiros. E, nos dias mais quentes, podem surgir alguns desconfortos, como o inchaço nas pálpebras.

Isto ocorre porque o calor leva à dilatação dos vasos sanguíneos para ajudar no resfriamento do corpo. Como consequência, há um extravasamento dos líquidos que se acumulam no espaço entre as células. O resultado é o inchaço que costuma afetar mãos, pés, pernas e, em alguns casos, as pálpebras.

Inchaço nas pálpebras tem outros motivos
Mas, segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista geral e especialista em cirurgia plástica ocular, não é só o calor que pode levar ao edema na região palpebral. “O inchaço nas pálpebras também pode acontecer devido a alguns comportamentos como maior ingestão de álcool, consumo de alimentos com muito sal e sódio e noites mal dormidas”.

Edema pode ser temporário ou permanente
O inchaço nas pálpebras que surge repentinamente, principalmente na presença destes fatores comportamentais, como ingerir álcool, dormir pouco e consumir alimentos ricos em sódio e sal, tende a melhorar quando a pessoa muda estes hábitos.

Por outro lado, se mesmo adotando comportamentos mais saudáveis, o inchaço permanece, é possível que esta manifestação tenha relação com o processo natural do envelhecimento.

“Ao longo da vida, ocorrem diversas mudanças nas estruturas da região periocular, como enfraquecimento dos músculos, perda do volume ósseo e flacidez da pele. Estas alterações podem levar ao escape da gordura, acarretando as temidas bolsinhas embaixo dos olhos”, comenta Dra. Tatiana.

Portanto, quando a pessoa já apresenta estas bolsinhas e se expõe a outros fatores de risco, o inchaço pode se agravar. Apenas lembrando que em alguns casos, o edema palpebral está associado a doenças sistêmicas, como problemas renais e na tireoide.

4 Dicas para amenizar o inchaço das pálpebras
Veja agora algumas dicas para amenizar o inchaço das pálpebras.

1- Hidrate-se
A água é o melhor líquido para se hidratar. Procure ingerir pelo menos 2 litros por dia. Você também pode investir na água de coco, chás gelados e sucos naturais. Porém, prefira sucos sem adição de açúcar.

2- Controle a ingestão de álcool
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas é prejudicial para todo o organismo. Portanto, procure usar o bom senso e o equilíbrio.

Outra dica é que o álcool desidrata o corpo, ou seja, juntamente com a sua bebida alcoólica você deve consumir água, na mesma proporção. Exemplo: para cada taça de vinho, tome também uma taça de água.

3- Cuide da alimentação
Aproveite o calor para consumir mais alimentos naturais, como frutas, verduras e legumes. Nos lanchinhos, procure opções mais saudáveis como castanhas, nozes, iogurtes etc.

Cuidado com o excesso de sal e atente-se aos alimentos ricos em sódio. Lembre-se que até água com gás tem sódio! Leia os rótulos.

4- Aposte nas compressas frias
Uma vez que o calor leva à vasodilatação e suas consequências, como o acúmulo de líquido entre as células, o frio leva à vasoconstrição. Desta maneira, as famosas compressas de água fria nos olhos podem ajudar a amenizar o inchaço nas pálpebras.

“Há várias maneiras de fazer as compressas, como usar saquinhos de chá com água gelada, algodão ou gaze embebido em água gelada ou ainda bolsinhas térmicas específicas para a região ocular. É possível encontrar estas bolsinhas à venda em sites e até mesmo em farmácias. O único cuidado é não colocar gelo diretamente na pele, pois isto pode causar queimaduras”, finaliza Dra. Tatiana.


Estudo indica que alguns fármacos usados para tratar diabetes ajudam a prevenir demência




Apesar das fortes indicações dos efeitos desses fármacos para diabetes na redução do risco de demência, ainda é preciso entender melhor como ocorre esse processo, explica o neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho

A diabetes é uma condição crônica que afeta o metabolismo da glicose, gerando níveis elevados de açúcar no sangue. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 6,9% da população do Brasil sofre da doença atualmente, o que mostra a necessidade de mais estudos sobre a patologia.

As novas pesquisas sobre a doença têm ajudado a compreender melhor a sua formação e impactos na saúde do paciente, incluindo a sua relação com demências e disfunções cognitivas.

Diabetes e demência: Há causalidade?
O novo estudo “Diabetes e demência: Como alguns fármacos para tratar diabetes reduzem o risco de demência”, publicado na revista científica Cuadernos de Educación y desarrollo pelo Neuro-Ortopedista, Dr. Luiz Felipe Carvalho, em parceria com a especialista em Nutrologia Dra. Rosany de Sales e o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, explora a relação entre demência e diabetes.

“Existem diversos estudos que apontam uma relação entre a diabetes e a demência, mostrando também que quanto mais longa for a duração da doença, maiores são os riscos de comprometimento cognitivo.”

“Estudos têm indicado uma relação epidemiológica entre a presença de diabetes tipo 2 e disfunções cognitivas, que podem variar desde um leve comprometimento à demência, com um risco aumentado em relação ao tempo que se tem a doença, impacto que pode ter relação com fatores como a resistência à insulina, hiperglicemia, desregulação energética e neuroinflamação”, explica.

“Além disso, a diabetes tipo 2 gera perdas de memórias em cerca de 10% dos indivíduos que sofrem com a doença e é considerada um risco para demência vascular, doença de Alzheimer, comprometimento cognitivo leve e demência mista, mas ainda é necessário detalhar melhor os fatores envolvidos nessa relação”, ressalta Dr. Luiz Felipe Carvalho.

Impacto dos fármacos antidiabéticos na redução do risco de demência
Ainda segundo o estudo, alguns medicamentos usados tradicionalmente para tratar diabetes também podem ajudar a prevenir a demência, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho.

“Um dos fatores mais indicados na relação diabetes-demência é o mal controle glicêmico e episódios de hipoglicemia severa, mas declínios também podem ser notados ainda no estágio pré-diabético.”

“Alguns medicamentos, por exemplo, foram associados à redução do risco de déficits cognitivos, por exemplo, a sulfonilureia, com redução de 12% no risco de demência por todas as causas, mas aumento de 14% do risco de demência vascular em comparação com a monoterapia com  metformina. Enquanto isso, a monoterapia  com  tiazolidinediona apresentou redução de 22% do risco de demência por todas as causas, 11% no risco de Alzheimer e 57% no risco de demência vascular.”

“Os resultados de estudos clínicos sobre medicamentos antidiabéticos e demência são variados, mas ressaltam a necessidade de pesquisas mais amplas e de longo prazo”, explica o Dr. Luiz Felipe Carvalho.


Fevereiro Laranja: leucemia ocupa décima posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil


Especialista alerta para identificação precoce da doença

A leucemia é um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil. Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, ele ocupa a décima posição entre os mais frequentes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Além disso, o Instituto prevê 11.540 novos casos de leucemia por ano até 2025.

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e cura da leucemia. E é exatamente por isso que a campanha Fevereiro Laranja faz um alerta para a conscientização sobre a doença e importância da doação de medula óssea para o tratamento do câncer.

A leucemia afeta as células sanguíneas, principalmente os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo contra infecções. Andréia Moraes, hematologista da Pró-Saúde, explica as consequências da doença.

“Como a leucemia afeta a produção de células sanguíneas, o indivíduo pode apresentar anemia, sangramentos e hematomas, devido a diminuição de glóbulos vermelhos ou interferência na produção de plaquetas”, alerta a profissional.

“Com isso, os principais sintomas são fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, fraqueza, palidez, sangramentos na gengiva, manchas roxas na pele e infecções frequentes”, completa. 

Tipos de leucemia
Existem diferentes tipos de leucemia, que são classificados de acordo com o tipo de célula acometida e a maturidade dessas células. Dentre os principais estão:

• Leucemia Linfoide Aguda: mais comum em crianças, apresenta células jovens do tipo linfoide;

• Leucemia Linfoide Crônica: comum entre adultos, principalmente a partir dos 50 anos, seu desenvolvimento é lento, e com predomínio de linfócitos maduros.

• Leucemia Mieloide Aguda: mais frequente em adultos, apresentando células imaturas do tipo mieloide;

• Leucemia Mieloide Crônica: apresenta células mieloides com vários níveis de maturação.

Andréia explica que toda célula passa por um processo de amadurecimento que acontece dentro da medula óssea e cada uma apresenta um desenvolvimento diferente no organismo.

“Nas leucemias agudas, observa-se a presença de glóbulos brancos que não amadurecem, manifestando um crescimento rápido. Enquanto nas leucemias crônicas, apesar de se multiplicarem mais rápido e serem prejudiciais, têm seu desenvolvimento mais lento”, esclarece. 

Como ser um doador de medula óssea
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea e ajudar na cura de pacientes com leucemia, é preciso ir ao Hemocentro, realizar um cadastro no REDOME (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) e coletar uma amostra de sangue. Além disso, é preciso ter entre 18 e 35 anos, e não ser diagnosticado com nenhuma doença impeditiva, como hepatite, Aids/HIV e outras doenças autoimunes.


Câncer infantil: sintomas não devem ser ignorados 




As chances de cura ficam em torno de 85%, quando a doença é identificada nos estágios iniciais e tratada em centros especializados

O dia 15 de fevereiro é marcado como a data mundial de conscientização do câncer infantojuvenil, um grupo de várias doenças que pode ocorrer em qualquer local do organismo por conta da proliferação descontrolada de células anormais.

E é importante que pais e/ou responsáveis fiquem atentos aos sintomas: palidez, dor óssea, hematomas, caroços, inchaços, dores de cabeça ou nos membros, alterações oculares, febre persistente, náuseas, sudorese noturna, mudanças de visão, cor esbranquiçada atrás da pupila, e perda de peso repentina.

“As chances de cura ficam em torno de 85%, quando o câncer é identificado nos estágios iniciais e tratado em centros especializados”, revela o prof. Dr. Vicente Odone Filho, oncopediatra e diretor clínico do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil - ITACI.

Segundo o especialista, os tumores mais comuns são as leucemias, que afetam os glóbulos brancos, os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). “Merece atenção o neuroblastoma, um tipo de câncer que ataca as células do sistema nervoso periférico, que se localizam no abdômen; o tumor de Wilms (renal); o retinoblastoma (ocular); o germinativo (das células que criam os ovários ou os testículos); o osteossarcoma (ossos); e os sarcomas (acometem as partes moles)”, enumera o oncopediatra.

A enfermidade representa a principal causa de morte (8% do total) entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil, por isso, a importância da data para a conscientização do diagnóstico precoce. “Ao observar os sintomas, procurar o médico para diagnóstico e começar o tratamento. Na fase inicial da doença, as chances de cura, além de serem maiores, levam o paciente a uma melhor qualidade de vida em comparação com o diagnóstico em estágio avançado”, conclui Dr. Vicente Odone.

Sobre o ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil
Construído a partir de uma parceria entre a Fundação Criança, Ação Solidária Contra o Câncer Infantil (ASCCI) e a Fundação Oncocentro de São Paulo, o ITACI é um hospital público que iniciou suas atividades em 2002 e oferece tratamento a crianças e adolescentes, portadores de câncer e outras doenças hematológicas ou raras, de 0 a 18 anos. Atuante na área de oncologia pediátrica no Brasil, realizou em seu ambulatório, em 2023, mais de 28 mil consultas médicas e multiprofissionais, cerca de 5 mil sessões de quimioterapia e 20 transplantes, entre eles, autólogo, alogênico aparentado e alogênico não aparentado. Entre as especialidades atendidas, leucemias, linfomas, neuroblastomas, sarcomas das partes moles, retinoblastomas, doenças hematológicas não oncológicas e tumores sólidos (do sistema nervoso central, renais, hepáticos, ósseos, e das células germinativas).


Dia Mundial do Câncer: é possível evitar e detectar o tumor de forma precoce? 


Alguns hábitos podem contribuir para minimizar as chances de uma pessoa receber um diagnóstico de câncer — Foto: Freepik (imagem ilustrativa)

Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que, até 2025, o Brasil deverá registrar - por ano- 704 mil novos casos dos vários tipos da doença

Quando se fala em câncer é quase impossível não se esbarrar no que se refere ao diagnóstico precoce. Mas, aí surge a dúvida: é possível identificar a propensão de se desenvolver algum tipo de tumor bem antes de ele se manifestar ou potencializar? Essa preocupação se torna ainda mais relevante, quando se observa a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que, até 2025, o Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer por ano. 

Segundo o instituto, o tumor maligno mais incidente na população brasileira continuará sendo o de pele não melanoma. O levantamento destaca que o câncer de mama — o primeiro mais incidente nas mulheres — deverá provocar 74 mil novos casos anualmente no triênio 2023-2025. Já o de próstata — o primeiro mais recorrente nos homens — totalizará 72 mil diagnósticos. 

Diante dessas expectativas, e com o Dia Mundial de Combate ao Câncer — celebrado neste 4 de fevereiro — como pano de fundo, o oncologista clínico e coordenador do Hospital Integrado do Câncer Mater Dei, de Salvador (BA), Cleydson Santos, detalhou as formas de diagnóstico precoce e de prevenção que podem ajudar a população a se cuidar para não fazer parte das estatísticas. 

Conforme o especialista, os exames genéticos para rastreamento são interessantes, mas não são validados para usar no público em geral. “Eles são realizados somente em pacientes já diagnosticados com câncer, normalmente nos mais jovens, ou nas pessoas que tenham um histórico familiar de recorrentes tumores malignos”, afirma. 

Já em relação aos demais testes para investigar a presença do câncer, o médico destaca que eles são utilizados com o intuito de detectar a doença em seu estágio inicial. “A mamografia, por exemplo, é uma forma de identificar o tumor de mama; o exame de toque e retal de PSA, para o de próstata; a colonoscopia, para o de colorretal; o preventivo, para câncer de colo uterino, dentre outros.” 

Caminhos para prevenção
O oncologista chama atenção para uma preocupação muito comum entre as pessoas: se o câncer é hereditário. “Apenas 10% dos tumores são passados de pai para filhos. Os outros 90% são esporádicos, ou seja, desenvolveram-se por outros fatores. Outro ponto importante é que cerca de 50% dos casos poderiam ser evitados”, alerta Cleydson.

Sobre as formas de prevenção, o médico lista algumas práticas que contribuem para minimizar as chances de um diagnóstico de câncer maligno:

· abandono do tabagismo: o hábito de fumar cigarro está relacionado ao câncer de pulmão, esôfago, bexiga, dentre outros;

· consumo moderado de bebida alcoólica: quem ingere álcool com frequência aumenta o risco de desenvolver diferentes tipos de tumor como o de fígado, faringe, laringe, esôfago e outros;

· prática regular de atividade física: cerca de 50 minutos de exercícios aeróbicos por semana previne a obesidade, que está ligada a vários tumores, como de mama, intestino, etc;

· dosar a ingestão de alimentos industrializados: o consumo em excesso de enlatados e ultraprocessados, assim como de açúcar, aumentam o risco de câncer de intestino, de esôfago, estômago, dentre outros;

· uso de protetor solar: evitar tomar sol das 10h às 16h, reduz as chances de ser diagnosticado com câncer de pele (o mais comum no Brasil);

· utilização de preservativos nas relações sexuais: alguns vírus transmitidos durante o sexo desprotegido podem desencadear tumores. O HIV, por exemplo, pode causar leucemia e outros cânceres de linfomas. Já o HPV pode potencializar o de colo de útero;

· vacinação: a imunização contra a Hepatite B e o HPV reduz as possibilidades de câncer de fígado e de colo de útero, respectivamente.

A imunização aliada a ampliação do rastreamento na saúde básica são fundamentais para a prevenção e para o diagnóstico precoce do câncer, segundo o especialista. “As pessoas precisam entender o impacto disso e saber ainda que os números são subestimados. Mas apesar disso, e, ao contrário de antigamente, os tumores não são uma sentença de morte, porque a qualidade dos tratamentos e cirurgias melhoraram muito”, finaliza Cleydson. (Fonte: Por Nubya Oliveira)


Combinações de remédios e alimentos podem ser perigosos 



Na maioria das vezes, é recomendado comer algo antes de ingerir qualquer medicamento. Entretanto, é importante considerar que os alimentos têm um grande efeito na forma como o corpo processa os medicamentos, podendo aumentar ou reduzir a eficácia do tratamento.

Algumas combinações de medicamentos e alimentos podem resultar em coágulos sanguíneos ou danos no fígado. Segundo o doutor em Farmacologia e coordenador do curso de Farmácia da Universidade Positivo (UP), Felipe Lukacievicz Barbosa, é crucial revisar a bula antes de iniciar um novo tratamento para identificar alimentos que podem ou não ser consumidos durante o uso do remédio. 

Confira a seguir, cinco combinações que, segundo o especialista, devem ser evitadas.

· Antibióticos x laticínios
A ingestão de alguns medicamentos, como certas classes de antibióticos (tetraciclinas e quinolonas), pode ter um efeito negativo se feita com leite. O cálcio presente no leite ou em derivados pode formar um complexo insolúvel com as moléculas dos antibióticos, impedindo a absorção normal pelo corpo. “Ou seja, o organismo pode não absorver a quantidade correta do medicamento, comprometendo o efeito farmacológico. Logo, a doença pode não ser tratada efetivamente”, explica. Mas isso não significa que nenhum medicamento pode ser tomado com leite.  Por isso, na dúvida, é sempre importante consultar um médico ou farmacêutico.

· Estatinas x frutas cítricas
Algumas frutas cítricas, como o suco de toranja (grapefruit), podem conter moléculas que interferem na absorção das Estatinas, medicamentos que exercem o efeito de diminuir os níveis de colesterol no sangue. “Quando ingeridas com esses sucos, as estatinas sofrem um aumento elevado, sendo interpretado como um efeito tóxico no sangue. Apesar de os dados ainda não relacionarem diretamente essa associação de maneira perigosa, na dúvida, é melhor ingerir os medicamentos com água”, explica.

· Anticoagulantes x hortaliças folhosas
As hortaliças folhosas, como espinafre, couve e alface, apresentam abundantes quantidades de Vitamina K, que é  crucial na ativação da cascata da coagulação sanguínea, quando necessário. No entanto, para aqueles que fazem uso de anticoagulantes, cujo objetivo é inibir essa cascata por diversos motivos, a ingestão excessiva dessas hortaliças podem reduzir a eficácia do medicamento, ocasionando a ativação indesejada da cascata de coagulação. Fazendo com que o medicamento perca seu efeito e a pessoa volte a formar coágulos no sangue.

· Analgésicos x bebidas alcoólicas
O consumo de bebidas alcoólicas não deve ser evitado apenas ao tomar antibióticos. Antidepressivos, analgésicos e medicamentos para diabete também podem causar uma série de complicações quando interagem com o álcool. A combinação de analgésicos, como ácido acetilsalicílico e paracetamol, com bebidas alcoólicas também apresenta riscos significativos. Além do aumento do risco de sangramento gástrico, a mistura pode levar à toxicidade hepática, respectivamente. O efeito depressor do álcool no sistema nervoso central também pode potencializar os efeitos dos analgésicos, resultando em sedação excessiva e outros sintomas indesejados.

· Antipsicóticos x café
Os antipsicóticos, projetados para diminuir a atividade do sistema nervoso central, podem ter o efeito comprometido pelo consumo de cafeína presente no café. Em casos de tratamento para condições como esquizofrenia, em que a sedação é desejada, o café pode contrariar esse efeito, causando agitação, distúrbios do sono e aumento da frequência cardíaca. O equilíbrio entre a medicação e o consumo de cafeína deve ser cuidadosamente avaliado pelo profissional de saúde.

“Conhecer e compreender essas interações é essencial para garantir a eficácia dos tratamentos e evitar potenciais complicações à saúde. Sempre consulte um médico ou farmacêutico antes de fazer alterações significativas em sua dieta, ou rotina de medicamentos”, aconselha Barbosa.

Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do Estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil metros quadrados de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR) e uma em Londrina (PR), e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, cinco programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 metros quadrados. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em up.edu.br/


'Alergia - O Corpo em Alerta': entenda como as alergias se desenvolvem e por que algumas pessoas são mais sensíveis 

Alergia ataca sistema de defesa do corpo humano. Foto: TV Globo/Reprodução

Momento do parto é fundamental para o desenvolvimento de alergias. Foto: TV Globo/Reprodução

Na nova série do Fantástico, o doutor Drauzio Varella vai conversar com especialistas e acompanhar a rotina de pessoas que sofrem com as restrições alérgicas

Se você não tem, certamente conhece alguém que tenha. A estimativa é de que 61 milhões de brasileiros sofram com algum tipo de alergia. Respiratória, de pele, alimentar, medicamentosa... são muitas as opções.

Mas, afinal, por que uns têm e outros não? O Doutor Drauzio Varella conversou com especialistas e acompanhou a rotina de pessoas que têm uma vida repleta de restrições - e riscos - por causa da doença. O que acontece dentro do corpo? Como as alergias se desenvolvem?

Quais são os tratamentos promissores? Esses tópicos são discutido na estreia da série "Alergia - O Corpo em Alerta".

O que acontece dentro do corpo?
A alergia é a reação exagerada e equivocada do nosso sistema imunológico contra alguma substância inofensiva.

"O sistema imune está em tudo, está na pele, está nos olhos, está na mucosa respiratória, está no aparelho digestivo. Uma vez que esse radar detectou algo estranho, ele pode amplificar e ligar toda essa rede de comunicação desde uma reação localizada até uma reação que acometa o corpo todo", destaca Ariana Campos Yang, Médica alergista do HC-USP.

A pessoa vai então espirrar, tossir, os olhos vão lacrimejar. Pode também ter inchaços, vômitos, diarreia, coceiras. Na maioria dos casos, essas reações são leves - o próprio organismo resolve.

A intensidade desses sintomas vai depender da quantidade de histamina liberada nesse processo. A histamina é um mediador químico - um mensageiro que controla as reações alérgicas.

"Quando uma reação alérgica acontece, é como se tivesse chovendo histamina no corpo, tivesse chovendo essa substância. Só que, às vezes, a gente tem uma chuva, uma garoinha E, às vezes, a gente tem uma tempestade, um vendaval que causa uma enchente, destruição", completa a médica alergista.

Por que uns têm alergia e outros não?
"É um grande mistério saber por que uma pessoa se torna alérgica. O que nós sabemos é que a alergia é resultado de uma conversa que envolve predisposição genética com fatores ambientais, como poluição, alimentação e medicações (...) o nosso sistema imune começa a ser formado já desde quando a gente está na barriga da nossa mãe, o que tem a ver com a alimentação da mãe e com o estilo de vida dela enquanto o bebê está sendo gerado".

Segundo a especialista, outro momento crucial é o parto, onde há uma força ambiental para predispor à alergia.

"As bactérias presentes no canal vaginal sintonizam um perfil mais regulador, evitando fatores que predisponham à alergia. Quando o bebê nasce por cesariana, as bactérias na pele do bebê não oferecem a mesma ajuda. Isso não significa que quem nasce por cesárea terá ou não alergia, mas é uma variável que influencia".

Outra coisa importante a ser destacado é que a maioria das alergias é mais frequente na infância porque o sistema imune ainda está em desenvolvimento.

Como o Brasil trata as pessoas com alergia?
"A rede pública não está preparada para a questão da alergia. Existem doenças desconhecidas, e é necessário formar mais alergistas. A distribuição de alergistas no Brasil é muito desigual, com cerca de 70% concentrados na região sudeste", destaca Fábio Kuschnir, Presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Felipe Proenço, Diretor de Programa da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, diz que a atenção primária é fundamental para combater problema.

"Primeiro, é crucial garantir a presença da atenção primária em todas as localidades. No início de 2023, 5.000 equipes de saúde da família estavam sem médico. Além disso, o teleatendimento é uma estratégia importante para conectar médicos especialistas a regiões onde a presença física não é viável", afirma.

Tratamentos promissores
A reportagem acompanhou em São Paulo, o dia a dia dos dois maiores centros brasileiros de tratamento de alergias. Há alguns tratamentos que estão melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

"O grande avanço na área de alergia é entender que essas doenças têm um alvo bem específico que alimenta e organiza toda essa inflamação. Temos as novas terapias, conhecidas como terapias-alvo, que são injetáveis e agem como mísseis teleguiados, indo diretamente para o ponto específico", diz a médica alergista do HC-USP.

Crianças amamentadas por mais tempo tem QI mais alto, especialista explica 

Apesar do papel da genética na inteligência, outros fatores, como o tempo de amamentação também influenciam nesse desenvolvimento, afirma o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

A inteligência é influenciada por diversos fatores, desde genéticos a ambientais, que podem afetar, seja positivamente ou negativamente, essa habilidade desde muito cedo. Por isso, cada vez mais estudos têm se dedicado a entender melhor como funciona esse processo de desenvolvimento e as melhores escolhas para ajudá-lo a ocorrer da melhor forma possível.

Um dos fatores que tem recebido destaque nos últimos tempos é a genética, mas apesar de ser um dos mais expressivos, existem outros pontos que podem alterar o desenvolvimento, como a amamentação, como afirma o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

“O desenvolvimento intelectual das crianças é influenciado tanto pela herança genética quanto pelas experiências ambientais. Gosto de fazer uma analogia de uma corrida entre dois carrinhos com rodas, de mesmo peso e mesma reta, a serem empurrados. O carrinho empurrado com mais força chegará mais rapidamente em seu objetivo. A amamentação está associada ao capital humano, que está associado ao QI.”

Amamentação e QI: Uma relação próxima?
De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o período de amamentação ajuda no desenvolvimento da inteligência da criança.

“As crianças amamentadas atingem pontuações de QI mais altas do que as crianças não alimentadas com leite materno, presumivelmente por causa dos ácidos graxos exclusivamente disponíveis no leite materno, mas também pelos nutrientes essenciais obtidos no aleitamento.”

Existem estudos científicos que ajudam a reforçar a relação entre inteligência e o período de amamentação, como o ‘Moderação dos efeitos da amamentação no QI por variação genética no metabolismo dos ácidos graxos’, que demonstrou que a associação entre amamentação e QI é moderada por uma variante genética no FADS2, um gene envolvido no controle genético das vias dos ácidos graxos. Catalogada no GWAS. 

“O estudo, que foi publicado no Journal of Pediatrics, mostrou que a fórmula suplementada com membrana de glóbulos de gordura do leite (MFGM) e lactoferrina por um ano aumentou o QI das crianças em 5 pontos aos 5 ½ de idade. O efeito foi mais perceptível na velocidade de processamento de informações e nas habilidades visual-espacial das crianças.”

Qual é o período ideal de amamentação para o bebê?
O período de amamentação do bebê pode variar de caso a caso, mas em geral, os estudos baseiam-se em uma média de 12 meses de aleitamento materno, sendo que os 6 primeiros meses devem contar com o leite materno de forma exclusiva.

“A amamentação e a inteligência têm uma forte relação, mas essa informação não deve ser tida como uma regra. Temos variantes sentinelas em relatório genético de inteligência que estão relacionadas à amamentação e que podem aumentar, somadas, até 10 pontos de QI. Mas há muitas outras variantes relacionadas ao QI e não somente as relacionadas à amamentação”, ressalta Dr. Fabiano.

Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Dr. Fabiano de Abreu Agrela é Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prémios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido. É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários. Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Hanseníase persiste como desafio global de saúde, revelam dados recentes 


Doença crônica e contagiosa que afeta a pele e as células que dão suporte e proteção aos neurônios. O Brasil é o segundo país com maior incidência de casos

A hanseníase, uma das enfermidades mais antigas da humanidade, continua a representar um desafio significativo para a saúde pública em diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil. Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento ao longo das últimas décadas, a doença ainda mantém uma presença marcante em nível global.

De acordo com informações divulgadas, em 2018, a hanseníase permanecia uma preocupação para 22 países, com altas incidências em todo o mundo. A Índia liderava os casos, seguida pelo Brasil em segundo lugar e a Indonésia completando o cenário. No Brasil, entre 2016 e 2020, foram registrados 155.359 novos casos, com maior prevalência entre homens (55,5%) e pessoas pardas (58,9%), principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A análise demonstrou que a incidência está correlacionada inversamente com os níveis educacionais, com 40,9% dos casos entre indivíduos com ensino fundamental incompleto.

Os dados de 2020 do Ministério da Saúde revelaram que o Brasil diagnosticou 17.979 novos casos, representando 93,6% do total nas Américas. Essa estatística mantém o país classificado pela OMS como um local de alta incidência da doença, ocupando o segundo lugar no ranking global, atrás somente da Índia. Apesar de uma leve diminuição nos registros nos últimos anos, o Ministério da Saúde suspeita que a redução possa ser resultado da subnotificação durante a pandemia de COVID-19.

De acordo com a dermatologista Simone Neri, a hanseníase é uma enfermidade crônica e contagiosa causada pelo Mycobacterium lepra, que afeta a pele e as células que dão suporte e proteção aos neurônios e sistema nervoso periférico. “A transmissão ocorre predominantemente pelas vias respiratórias com consequências que incluem incapacidades físicas e deformidades que afetam a vida social e psicológica dos pacientes, gerando estigma e preconceito. Essa estigmatização tem raízes históricas antigas, não se limitando apenas às dificuldades físicas”, explica a Dra. Simone Neri.

Campanha Janeiro Roxo:
A luta contra a hanseníase ainda é um desafio, por este motivo existe o Janeiro Roxo, Campanha do Ministério da Saúde voltada para conscientização e combate à hanseníase. Durante o mês de Janeiro, diversas atividades são realizadas para disseminar informações sobre a hanseníase, seus sintomas, formas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

O objetivo é reduzir o estigma em torno da doença, promover o acesso aos serviços de saúde para diagnóstico e tratamento, além de incentivar a busca por ajuda médica ao menor sinal de sintomas relacionados à hanseníase.

“A campanha busca não só informar a população em geral, mas também sensibilizar profissionais de saúde, educadores e autoridades para que haja um diagnóstico mais rápido e eficaz, contribuindo para a redução da incidência e para a melhoria na qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição”, diz a Dra. Simone Neri.

Tratamento:
Segundo a Dra. Simone Neri, o tratamento da hanseníase geralmente envolve o uso de antibióticos específicos para combater a infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A duração e o tipo de tratamento podem variar de acordo com a forma clínica da doença, sendo classificada em hanseníase paucibacilar (PB) e multibacilar (MB).

“A Hanseníase Paucibacilar (PB) é o tipo menos grave e pode ser tratado com uma combinação de medicamentos, que são administrados durante seis meses a um ano. Já a Hanseníase Multibacilar (MB) é um tipo mais grave e seu tratamento precisa de mais medicamentos e um período de um a dois anos. Esse tratamento é oferecido gratuitamente pelos serviços de saúde e é crucial segui-lo rigorosamente para garantir a eliminação da bactéria, prevenir resistência aos medicamentos e reduzir o risco de complicações. Além da terapia medicamentosa, também é fundamental monitorar regularmente a pessoa em tratamento para avaliar a melhora clínica, identificar possíveis efeitos colaterais dos medicamentos e oferecer apoio para lidar com possíveis consequências físicas, emocionais e sociais da doença”, finaliza a Dra. Simone Neri.

- Dra. Simone Neri –/ DERMATOLOGISTA E TRICOLOGISTA/ - CRM 80.919/ - Possui 30 anos de formação em Clínica Médica e em Dermatologia. É graduada em Medicina pela Universidade de Santo Amaro UNISA, possui residência em Clínica Médica pela Universidade de Santo Amaro UNISA, residência em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro UNISA. Foi preceptora do Ambulatório de Tricologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro UNISA, médica plantonista do Pronto Socorro do Hospital São Luiz e coordenadora médica do Pronto Socorro do Hospital São Luiz Anália Franco./ Na área de inovações em técnicas cirúrgicas, participou de um grupo de estudos no Instituto Butantã no tema Toxina Botulínica em Processos Inflamatórios do Couro Cabeludo, com apresentações em Congressos Nacionais e Internacionais. Atualmente, realiza Pós-Graduação em Cosmiatria com foco em Tecnologias como Lasers, Ultrassom Microfocado/ e Radiofrequência, além da consagrada técnica de Harmonização Facial “Matemática da Beleza”. Já na área da Dermatologia Clínica investe exaustivamente em atualizações científicas, com tratamentos inovadores como os chamados Medicamentos Imunobiológicos em doenças crônicas como Psoríase e Hidrosadenite. Na área de gestão é Diretora do grupo Simone Neri (Clínica Simone Neri, Academia Skinnews, Skinnews Estética), em Osasco-SP.

Cuidados com a saúde das crianças 


Doenças como desidratação, intoxicação alimentar, insolação, otites e acidentes domésticos são mais comuns nessa época de férias e temperaturas elevadas; Saiba como prevenir e proteger crianças e bebês

O Verão começa oficialmente no próximo dia 22 de dezembro, mas, as altas temperaturas já chegaram a diversas regiões do país, favorecendo doenças típicas dessa época, como desidratação, insolação, intoxicações alimentares e doenças de pele. 

“Já estamos enfrentando ondas de calor significativas, que trazem riscos à saúde, principalmente das crianças que são mais vulneráveis, já que o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento”, ressalta Dra. Fabíola La Torre, Coordenadora Médica da Linha Pediátrica do Hospital São Luiz Osasco. 

Além das doenças, no período de férias, onde as crianças têm mais tempo livre, também é importante ficar atento aos acidentes domésticos, como afogamentos, quedas e queimaduras. 

“E mesmo no verão, é preciso se preocupar com gripes, resfriados e pneumonia, que podem ocorrer em qualquer época do ano”, lembra a pediatra do São Luiz Osasco.

A unidade da Rede D’Or, que conta a maior e mais completa estrutura hospitalar da cidade de Osasco e uma linha de cuidado pediátrico de referência, elaborou uma lista de cuidados e orientações de prevenção para ajudar nos cuidados com as crianças, que integra todos os receituários de atendimentos realizados no pronto-socorro infantil.
 
Confira algumas dicas: 
 - Use protetor solar. 
Utilize produtos específicos para o público infantil, com fator de proteção alto e quantidade adequada. Não se esqueça de regiões sensíveis como pés, orelhas e nuca. Reaplique sempre que a criança sair da água e várias vezes ao longo do dia. 

Atenção, bebês com menos de seis meses não devem ser expostos diretamente ao sol ou utilizar filtro solar. Neste caso, é indicado o uso de barreiras mecânicas, como roupas e guarda-sol, que precisa ser de tecido escuro, como lona.
 
- Atenção com a exposição ao sol. 
Evite os horários de maior incidência dos raios solares, entre 10h e 16h. Além do protetor solar, use chapéus e roupas com proteção UV.

Lembre-se, o efeito da radiação solar é acumulativo e o principal fator de risco para o câncer de pele.
 
- Mantenha as crianças hidratadas. 
Ofereça água e outros líquidos naturais, como sucos e água de coco frequentemente. 

“Não espere a criança pedir, pois ela tende a fazer isso quando a situação já está grave. É importante ficar atento ao suor, urina e diarreia. Caso identifique sintomas como boca seca, pouca urina, sonolência ou pele acinzentada inicie o processo de hidratação e busque atendimento médico”, orienta a pediatra.
 
- Cuidado com a alimentação. 
Com o calor, as comidas estragam rapidamente. Por isso, atenção à conservação e refrigeração dos alimentos e evite consumir itens prontos fora de casa e principalmente nas praias. Alimentos como ovo, carnes, peixes e maionese são os mais suscetíveis. Opte sempre por opções mais leves, naturais e saudáveis. 

“Outra tendência das férias é liberar o consumo de guloseimas. Fique atento à quantidade e não deixe isso virar rotina”, alerta Dra. Fabíola.
 
- Atenção com a pele.
O contato constante com a água, seja pela transpiração ou mergulho em praias e piscinas, faz com que a pele fique úmida por mais tempo, favorecendo o aparecimento de micoses, doença causada por fungos. Ao identificar lesões vermelhas, escamação da pele e coceira, procure um dermatologista.

“Para prevenir, o ideal é secar bem o corpo, principalmente o meio dos dedos dos pés. Além disso, para evitar outras alergias, sempre lave o corpo com água limpa, para retirar cloro, areia e outras substâncias”, reforça a coordenadora do Hospital São Luiz Osasco.
 
- Cuidado com os ouvidos. 
O excesso de água elimina a cera na parte interna do ouvido, reduzindo a proteção e favorecendo quadros de otite. A orientação é secar a água do ouvido, inclinando a cabeça da criança para os dois lados, e usar protetores.
 
- Modere o uso do ar-condicionado.
O equipamento está liberado e pode ser um ótimo aliado para amenizar as temperaturas, mas com alguns cuidados. O aparelho não pode ser instalado próximo ao berço ou cama dos bebês e a temperatura deve ser amena, em torno de 25 graus. Além disso, limpe os filtros semanalmente e busque umidificar o ambiente.
 
- Evite acidentes.
 Em locais com piscina, é essencial incluir barreiras físicas, como grades e portões. No caso de bebês, apenas 2,5 centímetros de água são suficientes para ocasionar afogamento, por isso, atenção também com baldes, bacias, banheiros e lavanderias.

Cuidado com cordões, fios e cordas, que podem causar estrangulamento, assim como itens inflamáveis e tóxicos, como produtos de limpeza, além de tomadas e itens elétricos. Não deixe panelas quentes no forno ou fogão e sempre mantenha os cabos voltados para o lado interno. 

“São diversos riscos presentes em elementos comuns do nosso cotidiano, por isso, nunca deixe as crianças sem supervisão, mesmo em casa”, reforça Dra. Fabíola.

Otoplastia: conheça a cirurgia das orelhas 


A otoplastia é uma cirurgia plástica que tem como objetivo corrigir a forma, a posição e/ou o tamanho das orelhas. Embora muitas vezes seja considerada uma intervenção estética, a otoplastia vai além da aparência física, pois também pode ter um impacto significativo na autoestima e na confiança do paciente.

Por meio dessa cirurgia, é possível corrigir deformidades ou alterações nas orelhas, o que pode resultar em uma melhora na qualidade de vida do indivíduo.

Pensando nesse procedimento, hoje vamos conversar sobre:

· O que é otoplastia?

· Como é realizado o procedimento?

· Quais são as expectativas da otoplastia?

· Cuidados pós-operatórios.

O que é otoplastia?
A autoestima é uma parte essencial da saúde mental e emocional de uma pessoa. Muitas vezes, características físicas que estão fora dos padrões sociais podem causar desconforto e insegurança.

Por meio da cirurgia plástica, é possível corrigir essas características e ajudar o paciente a se sentir mais confiante e satisfeito com sua aparência.

No caso da otoplastia, a cirurgia visa principalmente corrigir orelhas proeminentes, também conhecidas como “orelhas de abano”.

Essa condição ocorre quando as orelhas se projetam para fora em um ângulo mais aberto do que o “normal”, causando um aspecto desproporcional em relação ao rosto.

Além disso, a otoplastia também pode corrigir deformidades congênitas, assimetrias e outros problemas estéticos relacionados às orelhas.

Como é feita a cirurgia?
O primeiro passo antes da realização da otoplastia é uma consulta com um cirurgião plástico especializado.

Durante essa consulta, o médico avaliará a condição das orelhas, discutirá sobre as expectativas do paciente e esclarecerá todas as dúvidas sobre o procedimento.

É importante que o paciente esteja em boas condições de saúde geral e tenha expectativas realistas em relação aos resultados da cirurgia.

No dia da cirurgia, o paciente geralmente recebe anestesia local com sedação ou anestesia geral, dependendo das preferências do cirurgião e do paciente. A otoplastia pode ser realizada em uma clínica ou em um hospital, dependendo da complexidade do caso.

O procedimento em si começa com o cirurgião fazendo incisões na parte de trás das orelhas. Essas incisões são posicionadas de forma estratégica para que as cicatrizes delas resultantes fiquem bem escondidas.

Em seguida, o cirurgião acessa a cartilagem das orelhas e, se necessário, remove ou remodela parte dela para alcançar o resultado desejado, de forma que fiquem mais próximas da cabeça.

Suturas internas mantêm a nova forma da orelha e o cirurgião também pode remover o excesso de pele, se necessário, para obter um resultado mais harmonioso.

O tempo necessário para a realização da otoplastia varia de acordo com a complexidade do caso, mas, geralmente, leva de uma a duas horas.

Quais são expectativas da otoplastia?
É importante que o paciente tenha expectativas realistas em relação aos resultados após a realização da cirurgia de otoplastia. 

Embora a otoplastia seja eficaz na correção de deformidades ou de alterações estéticas das orelhas, é essencial entender que o resultado final pode variar de acordo com a anatomia individual, a habilidade do cirurgião e o processo de cicatrização.

A principal expectativa que o paciente pode ter é a correção das características indesejadas das orelhas.

No caso das orelhas proeminentes, a otoplastia busca reposicioná-las de forma mais próxima da cabeça, proporcionando um perfil mais equilibrado e natural. Com a correção da deformidade, é possível obter uma aparência mais harmoniosa e proporcional em relação ao rosto.

Apesar das melhorias estéticas proporcionadas pela otoplastia, é importante ter em mente que a cirurgia não transformará completamente a aparência das orelhas ou do rosto.

É fundamental compreender que a otoplastia é um procedimento para aprimorar a estética das orelhas, mas não irá alterar drasticamente a estrutura facial ou outras características físicas.

Cuidados pós-operatórios
Após a conclusão da cirurgia, o paciente é levado para uma sala de recuperação, onde será monitorado até que esteja estável e acordado.

São normais sentir algum desconforto e surgirem inchaço e hematoma ao redor das orelhas nos primeiros dias após a cirurgia. O cirurgião pode prescrever analgésicos e recomendar compressas frias para ajudar a aliviar esses sintomas.

É fundamental seguir todas as instruções do médico com relação aos cuidados pós-operatórios.

Isso pode incluir utilizar uma faixa compressiva para ajudar a manter as orelhas no lugar durante a cicatrização, evitar atividades físicas intensas e dormir de lado durante as primeiras semanas após a cirurgia. 

O paciente também deve evitar expor as orelhas a traumas ou fortes impactos durante o período de recuperação.

É importante ressaltar que os resultados da otoplastia não são imediatamente visíveis, uma vez que o inchaço precisa diminuir e as orelhas precisam se adaptar à nova forma.

Fonte: Dr. Alexandre Kataoka, Cirurgião Plástico. Perito concursado da Secretaria da Justiça de São Paulo - Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo. Diretor Adjunto do DEPRO - órgão fiscalizador da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Consultor Jurídico da SBCP-SP. Representante da SBCP no CODAME/CFM. Membro Efetivo da Câmara Técnica em cirurgia plástica - CFM. Coordenador da Câmara Técnica do CREMESP.

Herpes ocular: apesar de rara, doença pode levar à cegueira se não for tratada a tempo, alerta especialista do H.Olhos 

O vírus pode ficar incubado no organismo desde a primeira infância, sem que a pessoa nunca saiba quando foi contaminada

Se engana quem pensa que o herpes respeita barreiras, ficando restrito aos lábios ou à região genital. Causada pelo vírus do herpes simples (Herpes Simplex Virus, HSV), a doença também pode se desenvolver em outras partes ainda mais sensíveis do corpo, como os olhos. Ao serem infectados, pode ocorrer necrose aguda da retina - quando há um processo infeccioso ou inflamatório que destrói e causa morte do tecido retiniano (aquela parte do olho que transforma luz em estímulo nervoso e o envia ao cérebro), levando a pessoa à cegueira.

Especialista em córnea do H.Olhos - Hospital de Olhos e Professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Denise Freitas explica que, em geral, o herpes é adquirido na infância, por contato direto com vírus. “Por exemplo, alguém que esteja com herpes labial ativo e beija outra pessoa, acaba se infectando. O vírus pode não se manifestar clinicamente, mas fica latente (disfarçado) no corpo, por longo período. Durante esse tempo, e por motivos variados, que incluem alteração da resposta imunológica de proteção, o vírus latente pode iniciar sua multiplicação, causando a doença que é considerada uma recorrência e, nos olhos, o contágio pode aparecer nas pálpebras que, por aproximação, acaba afetando o olho”.
 
Doença oportunista
Segundo a médica, a contaminação pelo herpes independe de onde ele está localizado no corpo, mas como o olho está na região do rosto, o herpes facial/labial acaba sendo o mais frequentemente relacionado no contágio. Além disso, embora ninguém esteja imune ao vírus, algumas pessoas estão mais predispostas à doença, como os pacientes atópicos (alérgicos), principalmente os mais severos e, também, os pacientes imunodeprimidos. “A identificação da doença é feita pelo exame clínico oftalmológico. Excepcionalmente, são necessários exames para confirmar o diagnóstico”, diz a especialista.

É preciso se atentar aos sintomas da doença, pois nem sempre o herpes simples tem manifestação clínica (quando aparecem os primeiros sinais), podendo estar presente no organismo desde a primeira infância, sem que a pessoa nunca saiba quando foi contaminada pelo vírus. Os primeiros sintomas podem aparecer na forma de vesículas na pele - aquelas pequenas bolhinhas com líquido em seu interior, em geral, causando muita coceira local. 

No olho, as vesículas podem acometer as pálpebras e por contiguidade (aproximação) a córnea. “A infecção ativa na córnea causa a perda da sua transparência, sendo algumas vezes necessário realizar um transplante de córnea, já que a infecção do herpes na retina causa sua necrose com consequente perda da visão”, comenta a Dra. Denise.
 
Tratamento possível
Antes de explicar como é feito o tratamento, a Dra. Denise ressalta que a doença herpética (herpes) é tratável, embora não seja curável. Isso significa que, uma vez que se contrai o herpes, ele ficará para sempre no organismo. A dúvida é se o vírus vai ou não causar infecção, e se ela será recorrente. 

“Pelo fato do olho perder sua transparência, nos casos de córnea, ou cicatrizar irreversivelmente, nos casos de retina, quando há a contaminação pelo herpes nestes tecidos, o tratamento deve ser agressivo e iniciado o mais rápido possível. Quanto mais tempo o vírus fica no tecido, maior a perda da visão”, alerta Dra. Denise.

A córnea pode ser inicialmente tratada com remédio antiviral tópico, aplicado diretamente no olho, na forma de colírios e/ou pomadas. Já nos casos mais graves e agressivos, o tratamento deve ocorrer com antiviral oral. Porém, se houver acometimento da retina, a intervenção deve ser sempre sistêmica, com medicação oral ou até mesmo endovenosa, com internação do paciente, dependendo da gravidade do acometimento.


Tuberculose: diagnóstico precoce favorece tratamento e cura 

Em 2022 foram registrados 7,5 milhões novos casos da doença no mundo, segundo levantamento divulgado este mês pela OMS

Descoberta no século XIX, a tuberculose pode ser prevenida, tem cura, mas no ano passado foi a segunda doença infecciosa que mais matou em todo o mundo, depois da covid-19. Ela é também a principal causa de morte de pessoas com HIV e uma das principais relacionadas à resistência antimicrobiana. Em 2022, estima-se que foram 1,3 milhões de mortes por tuberculose, incluindo 167 mil pessoas com HIV no mundo.

Ainda que tenha estatísticas elevadas, existe vacina contra a tuberculose, disponível no Brasil desde a década de 1970, e tratamento eficaz disponível no SUS. 

Causada pelo bacilo de Koch, uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos, podendo se tornar fatal se não tratada adequadamente. A transmissão acontece por via respiratória, por meio da tosse, fala ou espirros de uma pessoa infectada. O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar ajuda na dispersão de partículas, por isso é importante manter ambientes ventilados e com luz natural para diminuir o risco de transmissão.

Entre os sintomas mais comuns da tuberculose estão a tosse seca ou com catarro por três ou mais semanas, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Ao observar esses sintomas é fundamental procurar um médico.

“O diagnóstico é rápido e muito assertivo, feito por exames como a baciloscopia e, exames de biologia molecular, como PCR e também de cultura, todos realizados com amostra de escarro. Além de exames de imagem, como radiografia e tomografia de tórax”, explica o médico infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Alexandre Cunha.

O tratamento deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico positivo, por meio de medicamentos. “Apesar de ser uma doença descoberta há séculos, com uma vacina segura e eficaz, diagnóstico rápido e cura, a tuberculose ainda afeta milhares de pessoas mundo afora e segue ocasionando óbitos”, alerta Alexandre.

“A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin) é a principal medida preventiva, o imunizante protege contra formas mais graves da doença e deve ser aplicado ainda na infância, entre o nascer e até completar 5 anos de idade”, complementa o médico. O imunizante está disponível na rede pública e também no Sabin, onde pode ser adquirido pelo e-commerce, nas cidades onde há unidade de vacina da empresa.

Nos últimos anos, houve uma redução importante da cobertura vacinal da BCG. Até 2018, o índice de vacinação estava acima do patamar de 95%. Porém, desde 2019, a cobertura não ultrapassa os 88%. Essa queda representa aumento do risco de casos graves e óbito pela doença.

Anualmente, milhões de pessoas sofrem com a enfermidade mundialmente e mais de um milhão vão a óbito por ela, só o Brasil notifica a cada ano cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose, segundo o Ministério da Saúde.

Grupo Sabin | Referência em saúde, destaque em gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades onde está presente, o Grupo Sabin nasceu na capital federal, fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984. Hoje conta com cerca de 7.000 colaboradores unidos pelo propósito de inspirar pessoas a cuidar de pessoas.

Presente em 15 estados, além do Distrito Federal, a empresa oferece serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental às 78 cidades em que está presente e atende mais de 6,5 milhões de clientes ao ano em 350 unidades distribuídas de norte a sul do país.

O ecossistema de saúde do Grupo Sabin integra um portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo. Além disso, contempla também serviços de atenção primária contribuindo para a gestão de saúde de grupos populacionais por meio de programas e linhas de cuidados coordenados, e a plataforma integradora de serviços de saúde - Rita Saúde - solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência.

Oncologista explica melhor método para diagnosticar o câncer de próstata 

Seis em cada dez casos são identificados em homens com mais de 65 anos

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente em homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não melanoma, sendo também a segunda maior causa de morte, depois do de pulmão. Para o triênio 2023-2025, estimam-se 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano.

Ao encarar esses dados, o diagnóstico precoce se torna uma opção crucial, pois não apenas aumenta significativamente as perspectivas de cura, mas também reduz a taxa de mortalidade, evita o sofrimento e minimiza a necessidade de tratamentos invasivos para controlar a doença. No entanto, surge a questão: qual é o método de diagnóstico mais eficaz?

Entre as abordagens disponíveis, destacam-se o exame de toque retal e o PSA (antígeno prostático específico). Porém, há uma resistência por parte dos homens em relação ao exame de toque retal, frequentemente devido a preconceitos.

Segundo uma pesquisa conduzida pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, 20% dos pacientes atendidos recusaram-se a permitir que o médico urologista realizasse o exame de toque retal. Por outro lado, o teste PSA, realizado por meio de exame de sangue, não enfrentou resistência significativa por parte dos pacientes.

A Dra. Fauzia Naime, oncologista do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), especializada em câncer de próstata, afirma que 20% dos diagnósticos da doença são descobertos por meio do exame de toque retal, pois são tumores mais agressivos e não produzem PSA em grande escala.

“O ideal é combinar o toque retal e o PSA, isso possibilita em 80% o diagnóstico. Muitas vezes, quando o tumor é muito pequeno, não é possível diagnosticar por meio do toque retal. Por outro lado, alguns tumores maiores, apesar de serem tocados, podem não expressar PSA. Além disso, exames de imagem são fundamentais”, diz a oncologista do IPC. Entre os exames estão a ressonância multiparamétrica da próstata, ultrassons e também biópsias para confirmar o diagnóstico.

Após o diagnóstico, cada caso deve ser avaliado individualmente antes de optar por um tratamento. Eles podem variar entre radioterapia, hormonioterapia, quimioterapia, prostatectomia radical (cirurgia), entre outros.

Como e em qual idade os homens desenvolvem câncer de próstata?
Ocorrências de câncer de próstata são mais comuns em homens de idade avançada. De acordo com dados do INCA, aproximadamente seis em cada dez casos são identificados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. A média de idade no momento do diagnóstico é de 66 anos.

“O paciente tem a diminuição dos jatos urinários e um gotejamento maior após a micção. Às vezes, o homem pode sentir sensação de que a bexiga não está completamente vazia. Além disso, o aumento da frequência urinária, incontinência urinária, dor na pelve em casos mais avançados, sangue na urina e até mesmo nas fezes também podem ser sintomas de um câncer de próstata”, explica a oncologista.

À medida que os homens envelhecem, a capacidade de reparo celular diminui. Isso, em comparação com a juventude, aumenta a probabilidade de um crescimento anormal e desregular das células, o que desempenha um papel fundamental no surgimento de um câncer de próstata. Contudo, a idade não pode ser vista como uma sentença deste câncer, pois existem outros fatores que contribuem para o diagnóstico.

“Em resumo, não existe um método isolado para diagnosticar o câncer de próstata. Deve existir uma combinação de exames, alinhados com métodos de prevenção. Evitar alimentos que podem aumentar a incidência do câncer, como, por exemplo, carne vermelha, leite de vaca, embutidos, frituras, alimentos industrializados, não possuir uma vida sedentária e realizar exames de rotina, principalmente em homens com histórico familiar”, finaliza a Dra. Fauzia.

Dor na região abdominal pode significar varizes pélvicas


Sintomas podem ser confundidos com os de endometriose, mas doenças são bastante distintas

Dores na região da pélvis podem ter vários significados, entre eles, a endometriose e as varizes pélvicas. Apesar de terem sintomas semelhantes, os dois diagnósticos são bem diferentes. A endometriose, doença que atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, ocorre quando o endométrio cresce para fora do útero, atingindo outros órgãos. Enquanto isso, as varizes pélvicas são caracterizadas pela dilatação das veias na região próxima ao ovário e útero.

No caso das varizes pélvicas, a dilatação das veias leva ao aumento do fluxo sanguíneo na área mencionada, que por consequência leva ao desenvolvimento de dor de intensidade variável, que é tolerável pela manhã, mas à noite tende a se transformar em uma sensação de opressão difícil de controlar. “A doença é pouco conhecida entre as mulheres, por isso, pode ser confundida com outras, como a endometriose. Além disso, há demora no diagnóstico, o que leva a um sofrimento desnecessariamente prolongado”, expõe Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

A explicação por trás dos altos e baixos de dor está na circulação venosa insuficiente. Quando se está deitado, o sangue que fica estagnado na região pélvica flui para o coração, reduzindo a intensidade da dor. Quando em pé, a massa de sangue se acumula no baixo-ventre, pesando nos tubos venosos da pelve e o desconforto aparece. 

Para detectar o problema é necessário um exame realizado tanto externamente, com a sonda apoiada na pele, quanto endovaginalmente, usando ultrassom. O tratamento é feito com cirurgia e a técnica utilizada para este tipo de distúrbio é altamente avançada e minimamente invasiva. Não envolve cortes ou incisões de qualquer tipo e é realizada em regime ambulatorial.

Já a endometriose ocorre quando os restos da menstruação não são expelidos adequadamente e são liberados nas trompas de falópio ou no interior da pélvis. Isso faz com que o endométrio comece a crescer sobre outros órgãos além do útero, formando manchas de tecido endometrial. Esse tecido se insere e se desenvolve em áreas periféricas como ovários, intestino, bexiga, e, em casos mais incomuns, podendo invadir áreas mais distantes, como o pulmão, fígado e até mesmo o coração.

Entre os principais sintomas da endometriose que afetam a vida da mulher, destacam-se as cólicas de forte intensidade e a dificuldade em engravidar. Observar essas dores é importante para identificar se é o caso de recorrer a um médico. “Cólicas mais intensas, que afetam a rotina, ou com características diferentes das habituais devem ser encaradas como sinal de alerta. Por isso, o acompanhamento médico e uma relação franca com seu ginecologista é tão importante. O diagnóstico precoce é fundamental para devolver a qualidade de vida à mulher com endometriose”, frisa Bellelis. 

Clínica Bellelis - Ginecologia
O ginecologista Patrick Bellelis é Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva  - pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), do Hospital de Câncer de Barretos.

Taxa de detecção precoce de câncer de próstata é quatro vezes maior com exame de sangue PSA














Comparação é feita com diagnósticos realizados pelo exame do toque; novembro é marcado por incentivo ao cuidado com a saúde do homem

O método mais amplamente conhecido para a detecção do câncer de próstata é o exame de toque. Ele é empregado por profissionais de saúde para avaliar a glândula prostática em busca de inchaços ou caroços que sejam incomuns no reto e possam indicar câncer. No entanto, um estudo realizado pelo Centro Alemão de Pesquisa do Câncer sugere que outros métodos devem ser incorporados à rotina médica para identificar a doença em suas fases iniciais. De acordo com a pesquisa, o teste PSA, que verifica o nível de antígeno específico da próstata, detectou quatro vezes mais casos de câncer de próstata em homens de 45 anos na comparação com o exame do toque. O PSA é realizado por meio de uma amostra de sangue, que é coletada do paciente em laboratório. 

O ensaio foi feito com 46.495 homens, com idade de 45 anos, inscritos entre 2014 e 2019. Metade dos participantes realizou o teste PSA já aos 45 anos de idade, enquanto a outra metade fez o exame do toque aos 45 anos e realizou o PSA até, no máximo, 50 anos. Os resultados demonstraram que o teste de PSA aos 45 anos detectou quatro vezes mais casos de câncer de próstata. A pesquisa foi conduzida por quatro universidades da Alemanha - Universidade Técnica de Munique, Universidade de Hanôver, Universidade de Heidelberg e Universidade de Düsseldorf. O estudo foi apresentado durante o Congresso Anual da Associação Europeia de Urologia, em Milão, no primeiro semestre deste ano.

“O PSA é, atualmente, a principal recomendação para o rastreio do câncer de próstata. Trata-se de um exame simples, realizado apenas com a coleta de sangue, e proporciona ao médico informações relevantes para o cuidado do paciente. É fundamental que os homens compreendam a importância de solicitar o exame e contar com acompanhamento do urologista”, observa o urologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Gino Pigatto Filho.

Quando fazer exames de próstata
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais causa mortes entre o público masculino no país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar média de 71,7 mil novos casos por ano, entre 2023 e 2025.

Nesse contexto, o ideal é que os homens estejam atentos à própria saúde e realizem acompanhamento frequente. De acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), homens a partir dos 50 anos devem realizar exames anuais com um urologista. Por outro lado, homens pretos ou com parentes de primeiro grau com histórico de câncer de próstata devem iniciar a rotina de acompanhamento aos 45 anos. “A nossa recomendação é o acompanhamento com urologista. A combinação do exame PSA com o exame de toque reduz a probabilidade de falha no diagnóstico precoce para cerca de 5%”, orienta o urologista dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Bruno Pimpão.

O médico também ressalta os avanços tecnológicos para rastreamento e identificação de tumores. “A ressonância magnética está ganhando cada vez mais espaço não só no rastreamento, mas principalmente como guia para biópsias prostáticas, que é o exame confirmatório. Após a confirmação, a cintilografia óssea, tomografia e até mesmo o PET-CT podem ser úteis para tomada de decisões e também no estadiamento da doença”, complementa.

A orientação médica com urologista deve ser buscada de forma antecipada em casos de dor ou ardência ao urinar, aumento frequente da necessidade de fazer xixi, dificuldade de esvaziar a bexiga, presença de sangue na urina ou no sêmen e dificuldades de ereção.

Tratamento câncer de próstata
O mês de novembro é dedicado ao aconselhamento e orientação para que os homens estejam mais atentos à saúde. A campanha Novembro Azul enfatiza a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, uma vez que quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de cura. 

Quando o câncer está localizado, ou seja, limitado à próstata, o procedimento mais comum é a cirurgia para remoção do tumor e/ou radioterapia. Quando a doença avançou dentro da própria região da próstata, pode ser necessária uma combinação da radioterapia com tratamento hormonal. Em casos de metástase, ou seja, quando a doença se espalhou para outros órgãos ou tecidos, a terapia hormonal é a abordagem mais indicada.

Em todo o mundo, são registrados cerca de 1,4 milhão de casos de câncer de próstata atualmente, de acordo com a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença é responsável por aproximadamente 375 mil mortes a cada ano.

Cuidados para prevenção
Hábitos saudáveis auxiliam na prevenção do câncer, conforme orientações da Organização Mundial da Saúde. Dentre os principais, destaca-se o controle da obesidade e sobrepeso, a moderação no consumo do álcool, frituras e doces, bem como o controle do tabagismo. A prática de exercícios físicos é apontada pelas entidades de saúde como um dos diferenciais para uma vida saudável. Além disso, é preciso gerir o estresse do cotidiano, uma vez que ele é altamente prejudicial para a saúde do organismo.

Zumbido, um problema que atordoa 14% da população mundial


Comunidade médica do país se mobiliza neste mês de novembro para alertar o público sobre as causas associadas ao distúrbio que, além de comprometer a audição, pode ser indicativo de doenças mais graves

Levantamento publicado em 2022 pela revista científica JAMA Neurology aponta que o chamado “zumbido de ouvido” (também chamado de tinnitus ou acúfenos) está presente na vida de aproximadamente 740 milhões de pessoas pelo mundo. Ou seja, 14% da população mundial adulta sofre com esse problema.

No Brasil, são cerca de 28 milhões que fazem parte dessa atordoante estatística, conforme dados da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde. Uma questão, portanto, que desafia toda a sociedade mundial e, claro, merece a nossa atenção.

É por essa razão, a propósito, que, anualmente, a comunidade médica se mobiliza em torno da campanha “Novembro Laranja”. O objetivo é justamente conscientizar a população sobre a realidade preocupante do aumento de problemas do ouvido em todas as idades e motivar mais profissionais da saúde a abraçarem as causas relativas ao zumbido.

“Não se trata propriamente de uma doença, mas de um sintoma que pode ser provocado por inúmeros problemas clínicos, otológicos ou neurológicos. Por isso, o zumbido sempre deve ser investigado. Quando o indivíduo começa a apresentar esse tipo de sintoma, deve procurar um médico para avaliação”, alerta o Dr. José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista - referência em saúde de ouvido, nariz e garganta.

De acordo com o médico, algumas condições que levam ao zumbido podem ter origem no próprio sistema auditivo ou em outros sistemas que afetam o ouvido de forma indireta. A perda da audição é a mais comum e pode ser decorrente da deterioração das células sensoriais do ouvido, problemas que alteram a condução do som, exposição a ruídos intensos ou mesmo à presença de excessiva de cerume nos canais auditivos.

Outras causas associadas são possíveis alterações dos ossículos da audição; doença de Ménière (que causa zumbido, vertigem e perda de audição); e neurinoma do acústico (tumor raro que acomete o nervo auditivo), dentre outros distúrbios relacionados à articulação têmporo-mandibular, metabolismo, sistema cardiovascular e, até mesmo, a quadros de depressão e hábitos de consumo pouco saudáveis.

Diagnóstico e tratamentos
O diagnóstico, segundo o especialista, depende da avaliação do tipo de zumbido (ou seja, qual a emissão sonora que é captada); quando surge; o tempo que dura; além dos sintomas associados, que eventualmente podem incluir tontura, desequilíbrio ou palpitações, por exemplo.

Um dos exames mais recomendados é a acufenometria, que consiste na emissão de sons com determinadas frequências até o paciente identificar um som semelhante ao zumbido que o incomoda. O procedimento é realizado a partir da avaliação de um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista, com o audiômetro – equipamento utilizado para a obtenção dos limiares auditivos.

Esse trabalho de investigação, ainda segundo o médico, também inclui a observação interna dos ouvidos, mandíbula e vasos sanguíneos da região, além de exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que podem identificar de forma mais precisa alterações cerebrais ou na estrutura dos ouvidos.

“Para tratar o zumbido, é necessário conhecer a sua causa. Algumas vezes, o tratamento é simples, podendo incluir a remoção de cera pelo médico otorrinolaringologista, o uso de antibióticos para tratar a infeção ou uma cirurgia para corrigir defeitos no ouvido, por exemplo”, afirma. 

Entretanto, em alguns casos, conforme o Dr. Testa, o tratamento é demorado e mais complicado, podendo necessitar de um conjunto de terapias que podem ajudar a aliviar os sintomas ou a diminuir a percepção do zumbido. “Por isso, é importante que as pessoas tenham consciência sobre o tema e investiguem as causas”, finaliza.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui quase cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.

Em vez de descongestionante, que tal optar pela lavagem nasal?


Além de não oferecer riscos à saúde, procedimento também é eficaz para desentupir as narinas e ainda serve como método preventivo a crises de rinite alérgica; médica do Hospital Paulista ensina o passo a passo

Todo mundo sabe que o uso recorrente de descongestionantes nasais, além de viciar, causa efeitos colaterais bastante danosos, especialmente ao coração.

“Mas como viver sem eles, se o meu nariz vive entupido?”. Essa é a pergunta que a maioria das pessoas faz aos médicos quando alertadas sobre a necessidade de evitar o uso desse tipo de medicamento, principalmente quem tem rinite alérgica, justamente pela ocorrência mais frequente de obstrução nasal.

A resposta nem sempre agrada, mas não resta dúvida que a lavagem nasal é a opção mais segura e eficaz para eliminar esse desconforto – seja em bebês, crianças, adultos ou idosos.

“Embora um pouco mais trabalhosa de se fazer, a lavagem nasal não causa riscos à saúde e pode ser até mais eficaz em termos de resultados, já que não provoca o chamado ‘efeito rebote’, típico dos descongestionantes. Isto é, quando o efeito passa, o nariz volta a entupir, até com mais intensidade. Com a lavagem, isso não ocorre”, explica a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista – referência em saúde de ouvido, nariz e garganta.

O procedimento consiste na introdução de uma solução salina suave e estéril nas narinas para ajudar a limpar o muco, aliviar a congestão nasal e reduzir a inflamação dentro do nariz. A dosagem recomendada varia conforme a idade e deve ser aplicada de acordo com a seguinte escala: 1ml (para bebês de 0 a 6 meses); 3ml (para crianças de 6 meses a 2 anos); 3ml a 20ml (2 a 6 anos) e 10ml a 20ml (a partir de 7 anos).

O ideal, segundo a especialista, é utilizar o soro fisiológico comprado pronto na farmácia com a ajuda de um aplicador (parecido com um conta-gotas). Mas também é possível fazer uma mistura caseira em casos de emergência: um litro de água que tenha sido fervida com, aproximadamente, uma colher de chá de sal.

“Além de melhorar a respiração nos momentos de crise, a lavagem também serve para prevenir infecções sinusais e reduzir a frequência de episódios de sinusite em pessoas com rinite. Portanto, pode ser feita regularmente”, enfatiza a médica.

Como fazer?
A frequência da lavagem nasal pode ser de duas a três vezes ao dia. É recomendado usar de 10-20 ml de solução salina por narina na seringa. Se for um jato contínuo, de 3 a 10 segundos. Se for na garrafinha, use uma específica para esse fim, de 120 a 240 ml, mantendo a proporção de 10-20 ml de solução salina por narina. Seguidas tais recomendações, os próximos passos são:

1. Inclinar o dorso levemente para a frente (cerca de 15 graus);

2. Abrir a boca e iniciar uma respiração oral. Essa manobra irá realizar uma elevação do céu da boca, protegendo os ouvidos, impedindo dor na região, devido à pressão da solução no tubo auditivo (canal que liga a parte de trás do nariz ao ouvido).

3. Colocar a ponta da seringa, ou de outro material que for usado, sem agulha, na narina, realizando uma boa vedação. Evite que a seringa machuque o septo e a concha nasal inferior, posicionando adequadamente a ponta da seringa.

4. Após vedar a narina, inclinar lateralmente a cabeça, em um ângulo de mais ou menos 30 graus para o lado contrário de onde está o material usado, e esguichar a solução. Não se esqueça de realizar a lavagem nasal com movimentos suaves para evitar lesões traumáticas.

De acordo com a Dra. Cristiane, é recomendável repetir esse procedimento de 3 a 4 vezes em cada narina, dependendo da necessidade. Além disso, pode-se encher a seringa com mais quantidade de soro, já que será eliminado pela outra narina.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui quase cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.


Exame Covid-AG com resultado em
até 1 hora no Laboratório AnaLab

Com aumento do número de casos da COVID19, sabemos da importância de um diagnóstico rápido e preciso.

No Laboratório AnaLab você realiza seu exame durante todo nosso horário de atendimento com resultado em até 1 hora.

Somos o único laboratório realizando os testes para Covid19 e Influenza.

Se você estiver com sintomas ou contato com paciente positivo, realize seu exame, o diagnóstico é a única forma de conter o avanço da pandemia.

Contate nosso setor de atendimento

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Ribeirão Grande inicia vacinação contra a covid aos adolescentes com comorbidades

Jovem do Ferreira dos Matos foi o primeiro a receber a primeira dose da vacina Pfizer

A Prefeitura Municipal de Ribeirão Grande, através da diretoria de Saúde, iniciou nesta última terça-feira, dia 17, uma nova etapa do seu plano de imunização contra a Covid-19 com a aplicação da primeira dose da vacina aos adolescentes de 12 a 17 anos que possuem comorbidades, grávidas e puérperas.

Feliz da vida, o adolescente Pedro Henrique Jacinto Ferreira, de 13 anos, morador do bairro Ferreira dos Matos, foi o primeiro a receber o imunizante da Pfizer. Sua mãe, Priscila Daniele Ferreira, de 37 anos, comemorou a vacinação. “A gente fica meio assustada por ele ter comorbidade, mas ao mesmo tempo, ficamos tranquila por ter recebido a vacina”, disse.

A vacinação está ocorrendo no Posto de Saúde da cidade, das 08h00 às 16h00, e vai até o dia 25 de agosto, segundo o Governo de São Paulo, responsável pela entrega das vacinas aos municípios paulistas. Para os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades, a vacinação deve começar a partir do dia 30 de agosto.

Os adolescentes deverão apresentar documentos como cartão SUS, RG, CPF, comprovante médico da comorbidade e com acompanhamento de um responsável.

Para o prefeito Marcelo Nunes, a imunização destes jovens tem também como objetivo dar maior segurança às famílias para o retorno das aulas presenciais. “É, sem dúvida, mais um passo importante no enfrentamento à Covid-19, para a segurança das famílias e o retorno das aulas presenciais”, comentou.

Ribeirão Grande inicia vacinação de jovens a partir de 18 anos

Cidade foi a primeira da microrregião de Capão Bonito
a vacinar essa faixa etária

A Prefeitura Municipal de Ribeirão Grande, através da Diretoria de Saúde, iniciou nesta segunda-feira, dia 9, a vacinação para os jovens acima de 18 anos. A imunização começou às 13h00 na Unidade Básica de Saúde do município, e encerrou às 19h00.

De acordo com o diretor de Saúde, Miguel Ferreira, até as 17h00, cerca de 250 jovens já haviam recebido a primeira dose da imunização. Ao todo, a cidade recebeu do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, 422 doses da vacina contra a Covid-19.

O prefeito Marcelo Nunes também foi decisivo na antecipação da vacinação para essa faixa etária na cidade. “Para seguirmos a abertura mais ampla dos setores econômicos proposta pelo Governo de São Paulo, entendemos a vacinação como primordial para garantirmos a saúde de todos os ribeirãograndenses. Apesar de recebermos um pequeno lote de vacinas, tivemos a coragem de antecipar a imunização aos jovens acima de 18 anos”, comentou.

A cidade de Ribeirão Grande virou referência na região pelas políticas públicas adotadas no enfrentamento da Covid-19. O município, sob o comando do prefeito Marcelo Nunes e do vice-prefeito Ricardo de Lima, conseguiu disponibilizar um auxílio financeiro no valor de R$ 1.000,00 aos comerciantes e gratificação salarial a todos os servidores municipais que atuaram na linha de frente.

Amanhã é feriado e o Laboratório AnaLab
estará ABERTO para atendimento
exclusivo de exames COVID-19



Horário de funcionamento: 7h-13h. ⁣

Pacientes com suspeita de covid-19 entre
em contato conosco e agende o seu exame. ⁣

Caso possua dúvidas, contate nosso setor
de atendimento ao cliente: ⁣⁣

📍UNIDADE I - CAPÃO BONITO⁣⁣⁣

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cuidar de quem você ama.

Covid-19: nova linhagem do vírus
é identificada no interior paulista

Variante tem circulado na região das cidades
paulistas próximas da divisa com MG

Foi confirmada pela Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), nesta terça-feira (25), a identificação de uma nova linhagem brasileira de coronavírus, a chamada P4, que tem circulado em algumas cidades paulistas.

O estudo de identificação, fomentado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostrou que a nova linhagem apresenta a mutação L452R na proteína do vírus. Segundo a SBV, a nova variante tem circulado na região das cidades paulistas próximas da divisa com Minas Gerais, como Mococa, Caconde e Itapira.

A P4 também tem circulado na região de Porto Ferreira, Descalvado, Itirapina, Capão Bonito, São Miguel Arcanjo, Itapetininga, Iperó e Cesário Lange. Ainda não há informações se a nova linhagem é mais transmissível ou mais letal que as demais.


Exame toxicológico no Laboratório AnaLab


Atenção motoristas! Desde o dia 3 de maio, o Laboratório AnaLab voltou a realizar o exame toxicológico.

Lembrando que a obrigatoriedade desse exame é para os motoristas da categoria C, D e E.

A não regularização do exame, pode resultar em multa, pontos na carteira e suspensão da mesma por meses. 

Agende seu exame conosco:

📍UNIDADE I - CAPÃO BONITO⁣
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📞(15) 3542-4159/(15) 99797-4159⁣
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O Laboratório AnaLab informa que está realizando o exame de sorologia para Coronavírus (COVID-19).

Esse exame deve ser realizado por pacientes que possuam sintomas ou que tenham entrado em contato com alguém infectado há pelo menos 7 dias.

Lembrando que a avaliação do resultado deve ser feita por seu médico.

O exame deverá ser agendado previamente pelos telefones.

📍UNIDADE I - CAPÃO BONITO
Rua Silva Jardim, 597 – Centro
Telefones (15) 3542-4159 / (15) 99797-4159 

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Cerca de 70% dos dentistas sofrem
com problemas nos membros superiores

Lesões por Esforços Repetitivos afetam, principalmente,
as mãos; SBCM orienta para prevenção

Nas mãos do dentista estão a entrega de um sorriso mais saudável e bonito, mas também, estão dores. Isso porque esses profissionais são comumente acometidos pelas LERs/Dort, doenças caracterizadas por dor crônica que comumente afetam músculos e nervos e membros superiores, e cuja etiologia está relacionada aos movimentos repetitivos realizados no trabalho. Segundo o CROSP (Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo), cerca de 70% dos profissionais da área relatam algum tipo de dor pelo corpo, principalmente nos membros superiores.

“O dentista emprega força em muitas ações realizadas durante os tratamentos, necessitando ainda de precisão e execução de movimentos finos em grande parte dos procedimentos. Essa situação aumenta o risco desses profissionais desenvolverem variadas patologias”, explica o presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), Dr. João Baptista Gomes dos Santos. A entidade lança campanha, em parceria com o CROSP, de conscientização aos dentistas, com orientações para evitarem problemas.

Lesões mais frequentes
Síndrome do túnel do carpo: trata-se da compressão do nervo mediano em nível de punho. “Além da dor, esse problema traz perda de sensibilidade e impotência funcional durante a flexão do primeiro, segundo e terceiro dedos”, explica o especialista, completando que essa síndrome está mais ligada à repetição do movimento do que à força empregada.

Síndrome do túnel ulnar: atinge a face flexora e extensora do quarto e quinto dedos e região hipotenar. Provoca dor, alterações na sensibilidade, perda de força e impotência funcional atingindo a face ulnar da mão.

Tendinites: inflamações que acometem os tendões. “Uma das doenças mais comuns é a síndrome de De Quervain, tendinite que afeta o polegar”, pontua o presidente da SBCM.
Tenossinovites: são inflamações das bainhas tendinosas e que, geralmente, acometem os músculos flexores ou extensores do punho e dedos, causando dor e dificuldades de realizar movimentos. “Nesse problema, há a presença de edema e perda de força muscular”, salienta o Dr. João.

Diagnóstico e tratamento
O presidente da SBCM explica que o diagnóstico das LERs/Dort é basicamente clínico, no qual é feita uma análise da vida profissional pregressa, da história da doença e de exame físico minucioso. “O médico irá analisar o tipo de função realizada no trabalho, a frequência dos movimentos, os equipamentos empregados, o tempo na função e a existência de pausas durante o trabalho”, lista.

O tratamento para as LERs/Dort vai desde o uso de medicação, fisioterapia e exercícios físicos, até cirurgias em casos mais avançados. “Nas fases iniciais, os sintomas das LERs/Dort são mais leves, o que possibilita tratamentos mais simples. Caso a pessoa não dê muita atenção logo no início, isso pode levar a evolução da doença a estágios mais severos, onde os sintomas são mais acentuados, as dores permanentes e com maior dificuldade de cura” ressalta o médico.

Prevenção
Exercícios de alongamento nas mãos são importantes para prevenir as LERs/Dort. “Além de reduzir as tensões musculares, a prática previne lesões”, destaca o Dr. João.

Realização de pausas durante a jornada diária também são fundamentais para manter o exercício da profissão sem transtornos.

Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão
A SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão), fundada em 1959, congrega médicos especialistas em Cirurgia da Mão e Reconstrutiva do Membro Superior. A instituição promove a formação de profissionais, além de fornecer condições para atualização permanente, sob a forma de ensino, pesquisa, educação continuada, desenvolvimento cultural e defesa profissional.
Mais informações em http://www.cirurgiadamao.org.br/

Automedicação é um perigo
para a saúde bucal

Uso autoprescrito de medicamentos dificulta tratamento e pode agravar doenças


Todos conhecemos, ou até mesmo somos, aqueles que montam uma farmácia particular em casa com uma variedade de remédios para dores musculares, dores de cabeça, coriza, febre, indigestão, entre outros sintomas que podem nos acometer no dia-a-dia. Mas, não atentamos para o fato de que a automedicação pode se tornar um problema sério quando vira rotina. 

Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), mostram que os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em seres humanos e o segundo lugar nos registros de mortes por intoxicação. O Sistema também aponta que apenas 50% dos pacientes, em média, tomam seus remédios corretamente, ou seja, cumprem a duração e intervalo de uso de medicamentos estipulados por profissionais da saúde.  

Além de mascarar sintomas recorrentes que podem indicar alguma doença grave, o uso de medicamentos autoprescritos pode ser nocivo para a saúde bucal. De acordo com cirurgião-dentista Sidney das Neves, integrante da Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), a utilização indiscriminada de antibióticos e antiinflamatórios é a mais preocupante. 

Segundo ele, a automedicação para tratar uma infecção na região da boca pode resultar em graves consequências para a saúde geral. “Os processos infecciosos na região maxilofacial e cervical evoluem de maneira muito rápida, por isso, o tratamento sem um acompanhamento do cirurgião-dentista pode resultar em uma terapia ineficaz, podendo até mesmo contribuir para o agravo da condição”, informa Neves. 

Usar esses medicamentos sem prescrição de um profissional qualificado também pode alterar os efeitos do uso de outro remédio que o paciente esteja utilizando, diminuindo ou anulando completamente o resultado terapêutico desejado. “Especificamente no caso dos antibióticos, o uso inadvertido, ao invés de combater de forma adequada o micro-organismo responsável pelo processo infeccioso bucal, por exemplo, poderá auxiliar na seleção de uma bactéria muito mais resistente, levando risco à pessoa”, afirma o cirurgião-dentista.

Não só a população, mas os próprios profissionais da saúde devem estar atentos ao receitar antimicrobianos. Cirurgiões-dentistas e médicos devem seguir as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aconselha a indicação de medicamentos que ofereçam o máximo de efeito terapêutico com o mínimo de toxicidade e de potencial de desenvolvimento de resistência microbiana. 

Bisfosfonatos e os problemas maxilares
Outro tipo de medicamentos que podem vir a causar problemas para a saúde bucal são os bisfosfonatos. Os bisfosfonatos são uma classe de medicamentos que previnem a diminuição da densidade mineral óssea, geralmente usados no tratamento de osteoporose e outras doenças que causam fragilidade dos ossos, como alguns cânceres.  

Apesar de seus benefícios, esta classe de remédios coloca seus usuários em risco de uma doença dos maxilares chamada de osteonecrose bisfosfonada. A doença provoca a morte do osso pelo corte do suprimento de sangue, causando dor e dificuldade de movimento da mandíbula.  

O maior risco de desenvolvimento da osteonecrose no maxilar é a presença de focos infecciosos na gengiva ou dente de pacientes que recebem estas medicações. Por isso, é aconselhado as pessoas que realizam tratamentos com bisfosfonatos (alendronato, ibandronato, risedronato, pamidronato, clodronato e ácido zoledrônico), procurarem um cirurgião-dentista experiente ou um cirurgião bucomaxilofacial para acompanhamento e controle da saúde bucal.  

Sobre o CROSP/ – O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. Hoje, o CROSP conta com mais de 130 mil profissionais inscritos. Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária. Mais informações: / www.crosp.org.br

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