quinta-feira, 28 de setembro de 2023
terça-feira, 12 de setembro de 2023
Plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo aprova a indicação de Bertaiolli para o TCE-SP
Marco Aurélio Bertaiolli, que ocupará a vaga deixada por Edgard Rodrigues, defendeu função orientativa do Tribunal de Contas e gasto público qualificado |
O Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, durante sessão extraordinária realizada nesta terça-feira (12), a indicação do deputado federal Marco Aurélio Bertaiolli para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Bertaiolli ocupará a vaga deixada pelo conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, que se aposenta do cargo após 32 anos no TCE-SP. O deputado federal foi escolhido para a vaga ao reunir as assinaturas de 62 dos 94 parlamentares da Alesp. Outros três indicados concorriam ao cargo: Alexandre Manir Figueiredo Sarquis, Maxwell Borges de Moura Vieira e Ricardo Madalena.
A indicação ao quadro de conselheiros do Tribunal de Contas por parte do Legislativo Estadual está prevista na Constituição do Estado de São Paulo e deve ser feita por meio de um projeto de decreto legislativo. Tão logo o PDL 32/2023, aprovado pelo Plenário da Alesp nesta terça, seja promulgado pela Mesa Diretora da Casa, Bertaiolli poderá ser nomeado no TCE-SP.
Na sabatina, o indicado defendeu que o trabalho fiscalizatório do Tribunal, especialmente o incidente sobre as gestões municipais, foque a função orientativa em detrimento da punitiva. “Que a orientação seja cada vez mais presente e a punição apenas uma consequência daquilo que seja inevitável, mas ela [a punição] não pode ser um fim”, frisou o indicado.
Bertaiolli, que exerceu dois mandatos de prefeito de Mogi das Cruzes, traçou um paralelo entre as limitações técnicas dos municípios paulistas. “Precisamos, de uma forma muito consciente, técnica e responsável, separar o erro do dolo. Nosso caminho não é criminalizar a atividade pública, é oferecer condições técnicas de suporte a todos os municípios para que possam ter uma gestão pública de qualidade”, declarou.
Na arguição, o deputado federal ressaltou que, em face de restrições orçamentárias, é necessário qualificar o gasto público. “Cada centavo precisa ser absolutamente analisado na sua eficácia e, acima de tudo, monitorado periodicamente na efetividade dos resultados”, sublinhou.
A maioria dos questionamentos veio da bancada do Partido dos Trabalhadores, com destaque para os impactos das renúncias fiscais promovidas pelo Governo do Estado nos municípios paulistas e a autonomia nas decisões enquanto conselheiro.
Em resposta, Bertaiolli assumiu o compromisso de transparência e seriedade com análises criteriosas e “absolutamente isentas sobre todas as políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado que são de alçada do Tribunal de Contas do Estado”.
Já no caso da Sabesp, o deputado federal reforçou a competência dos parlamentares da Alesp em analisar tais propostas. “É natural que essa privatização só ocorra com a anuência desta Casa de Leis e a norma será analisada pelo Tribunal de Contas”.
Marco Aurélio Bertaiolli na tribuna do Plenário Juscelino Kubitschek |
O indicado
Marco Aurélio Bertaiolli, 55, é natural de Mogi das Cruzes e possui formação em Administração. Atualmente em seu segundo mandato como deputado federal, Bertaiolli possui ampla experiência na Administração Pública: foi secretário municipal (1995-1996), vereador (1997-2004) e prefeito (2009-2016) de Mogi das Cruzes, além de deputado estadual da 16ª Legislatura da Alesp.
Entre as competências da Corte de Contas, está a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e de seus municípios.
Prorrogado até sexta-feira (15) prazo para
gestores atualizarem cadastro de profissionais de enfermagem
Foi prorrogado para a próxima sexta-feira (15)
o prazo para os gestores municipais de saúde de todo o país ajustarem o
cadastro de profissionais. Segundo o Ministério da Saúde, as alterações devem
ser feitas no sistema Invest SUS, que fica dentro do site do Fundo Nacional de
Saúde (FNS). Só assim os municípios poderão receber o retroativo da Assistência
Financeira Complementar da União referente ao piso da enfermagem.
Prazo que, para o vice-presidente do Conselho
Federal de Enfermagem Antônio Marcos Freire Gomes, não é visto com bons olhos,
já que reflete um “tempo a mais para a consolidação dos direitos dos
trabalhadores da enfermagem.” Por outro lado, o representante do Cofen entende
ser uma fase de adaptação.
“Nós tínhamos ideia de que a implantação do
piso no país vai requerer um prazo — que não existe uma delimitação, mas espero
que seja muito breve — para que esse processo se consolide de tal maneira que
vire uma rotina na relação entre os profissionais de enfermagem e seus
empregadores.”
Para o vice-presidente, é necessário que o
Ministério seja mais rígido com os municípios que não cumprirem os prazos para
que, no fim das contas, os profissionais de enfermagem não acabem prejudicados.
Ele ainda chama atenção para a divergência encontrada nos bancos de dados do
Cofen em relação ao Ministério da Saúde.
“Os dados que o Ministério possui não são os
dados que o Conselho Federal tem de registro desses profissionais, daí você ter
algumas prefeituras exibindo informações de que aquele profissional de
enfermagem não consta na base de registro do Conselho Ffederal como se
estivesse exercendo ilegalmente a profissão, quando não é verdade”
Ele conta ainda que, no próprio Cofen, nos
últimos dias essa base de dados foi atualizada mais de dez vezes para evitar
qualquer prejuízo aos profissionais.
Mudança de
vida para a categoria
A enfermeira Márcia Rodrigues dos Santos conta
que, há cinco anos na profissão, viu colegas trabalhando mais do que o corpo é
capaz de suportar, com jornadas exaustivas e salários incompatíveis com a carga
de trabalho. Para ela, o piso da enfermagem é uma conquista que vai além do
reconhecimento dos profissionais.
“Seria um reconhecimento, mas é mais o
cumprimento de um direito, do enfermeiro, do técnico de enfermagem. É uma
iniciativa muito importante porque garante o direito básico do trabalhador. É
um direito nosso, ter pelo menos um piso estabelecido para que muitos dos
nossos colegas não sejam explorados.”
Qualquer atualização ou mudança dos dados
precisa ser feita pelos gestores no Invest SUS. Para isso, o responsável
precisa exportar a planilha atualizada dos meses de maio, junho, julho e agosto
e modificar as informações necessárias. Só assim o cadastro dos profissionais
de enfermagem do Sistema Único de Saúde (SUS) será atualizado, isso vale para
os que não foram incluídos neste período, para a correção dos que foram
inseridos e apresentaram inconsistências e também para a atualização dos
profissionais do mês de setembro.
Os gestores ainda devem ficar atentos aos
seguintes pontos:
- Ao preencher os dados dos profissionais no InvestSUS, todos os
dados declarados são de responsabilidade do município;
- Envie a planilha dos meses de maio, junho, julho e agosto aos
prestadores de serviços contratados para os mesmos ajustes e atualização
de setembro. Em seguida, eles devem devolver o material ao gestor
municipal para subir a informação no InvestSUS;
- Mantenha as informações do Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (SCNES) sempre atualizadas, para não correr o
risco de ficar sem receber este repasse e outros.
O que já
foi pago até agora
Há um ano, em agosto de 2022, o ex-presidente
Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.434/2022, que instituiu o piso salarial
nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. Em
abril deste ano, o Congresso Nacional aprovou crédito especial de R$ 7,3
bilhões no orçamento federal para o pagamento deste piso. Os valores são proporcionais
à carga horária de oito horas diárias e 44 horas semanais de trabalho.
Em agosto de 2023 o Ministério da Saúde fez o
primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da
enfermagem. Até o fim deste ano serão pagas nove parcelas, incluindo o 13º
salário aos profissionais da área de enfermagem das esferas federal, estadual,
municipal ou do DF.
O governo federal garantiu R$ 7,3 bilhões para
viabilizar o pagamento do piso. No início de agosto, os servidores federais que
atuam na categoria de enfermagem já receberam os complementos referentes aos
meses de maio e junho, além da parcela correspondente a julho. (Fonte: Brasil 61)